odisseia da cura3.pdf

Em meio às lembranças, viu-se no jardim da casa em que
vivia quando menina, e lá estava sozinha com seus animaizinhos
de estimação. Todos os dias ela colhia flores e as levava
para seu pai, como não tinha mãe, era extremamente
apegada a ele. Segundo Juliano, seu nome era Ágata porque
sua mãe usava um lindo colar de ágatas azuis semelhante à
cor de seus olhos.
A menina cresceu ouvindo da parte dele, histórias como
essa da mãe falecida. Quando perguntava por ela, dizia
Juliano que a mesma havia morrido logo após seu nascimento
e a pequena, conformava-se com a ideia. Sua paixão
eram seus bichinhos de estimação e seu jardim.
Juliano muitas vezes sentava-se com ela para lhe contar
seus propósitos, já que sonhava em ser rei de Plêiades. A
garotinha ouvia tudo atentamente e sempre lhe respondia:
_ Papai, você será o melhor rei que Plêiades terá! Quando conquistar
a coroa, permitirá que eu seja a Princesa de Alioth?
_ Claro! _ respondia Juliano. _ Quem mais seria além de você?
Você é a menina mais linda de toda a constelação e será adorada
por todos. Quando eu possuir o reino, darei um castelo só para
você.
Ágata se empolgava com os sonhos do pai, que
incessantemente a iludia com promessas de um reino
perfeito. Como era uma menina muito doce e meiga,
nunca brigava com ninguém. Era sempre gentil, amigável
e companheira de todos. Porém, sempre foi invejada por
muitas meninas, devido à sua beleza incomparável e na
maioria das vezes, desprezavam-na.
O sonho de Juliano era que ela se tornasse numa grande