odisseia da cura3.pdf

tentavam se desviar, mas sem sucesso, pois eram muitas.
Elas viajavam em grande velocidade e acertaram todos os
soldados, matando-os ali mesmo. Somente Kedáre e seu
pai ainda estavam vivos. Ambos correram desesperados
e se protegiam como lhes era possível. Porém, Kedáre foi
acertado na perna por uma lança e caiu no chão ferido.
_ Kedáre! Você está bem? Consegue andar? _ socorreu-o
Bilsã aflito.
_ Não! A lança atravessou minha perna! _ respondeu, sem
conseguir se levantar.
_ Vou tentar te carregar até a cerca! Está tão perto! _ disse
Bilsã se esforçando ao máximo, colocando Kedáre nos braços
e caminhando em direção à divisa do jardim.
Estavam a apenas três metros dela e finalmente atravessaram.
Assim que o fizeram, as lanças cessaram os ataques.
Ambos ficaram aliviados por terem saído do jardim dos
duendes, no entanto, Kedáre estava gravemente ferido. Bilsã,
desesperado em o filho machucado, não conseguia pensar
numa solução, pois se simplesmente arrancasse a lança
da perna do rapaz, o mesmo poderia sofrer uma hemorragia
e morrer rapidamente. A única maneira era tentar curá-
-lo de alguma forma.
_ Pai, não se preocupe comigo, siga em frente e vá até a
Palma Sagrada, você precisa pegá-la o mais rápido possível
antes que Valentim a alcance. Eu não morrerei! _ sugeriu
Kedáre ao pai que se negava totalmente a abandoná-lo.
_ Você acha que vou deixá-lo aqui neste estado? Não pude
salvar Guímel, mas tentarei até minhas últimas forças salvar
você!