odisseia da cura3.pdf

muito! Não posso suportar! _ respondeu Guímel, que embora
tentasse, não conseguia agarrar a mão de Bilsã, devido
à instabilidade da ponte.
Ágata, Kedáre e nenhum dos soldados podia fazer alguma
coisa, pois não havia como voltar para ajudar Guímel.
As estranhas aves não cessavam o ataque e para piorar,
a ponte era estreita, permitindo somente a passagem de
um por vez. Já cansado de se segurar, Guímel tomou uma
decisão:
_ Pai não pode continuar aqui! Se me salvar, as serpentes
te matarão e se eu continuar pendurado, as aves me levarão
com elas! Vou me soltar da ponte! _ exclamou o rapaz a
Bilsã, que não concordou com sua decisão.
_ Você não pode fazer isso! Não o deixarei aqui!
_ Não tem outra escolha! Não deve colocar em risco a vida
de todos pela minha! Vão em frente e alcancem a Palma. _
insistia Guímel, pois não suportava mais se segurar na mão
do pai. Ele finalmente soltou-se e caiu na correnteza do rio,
desaparecendo no meio das fortes águas correntes:
_ Guímel! _ exclamou Bilsã em desespero.
As serpentes invadiram a ponte, arrastando mais um soldado
pelas pernas. Os outros conseguiram chegar ao outro
lado da travessia, mas as serpentes continuaram a perseguição
juntamente com as aves. Bilsã, como último recurso,
pegou todas as granadas e as lançou sobre a ponte com
lágrimas nos olhos:
_ Isso é por você meu filho! _ disse em voz baixa e entristecida.