odisseia da cura3.pdf

e todos. A água que os ventos provocados pelas quedas
lançavam sobre eles era como de uma tempestade. Quando
olharam para trás, perceberam que as serpentes os seguiam
e ficaram desesperados:
_ Andem rápido! As cobras estão logo atrás de nós! _ exclamou
Guímel apavorado com a aproximação das víboras.
_ Estamos tentando! Mas a ponte é muito trêmula. _ disse
Kedáre em resposta, caminhando lentamente sobre a ponte.
Não bastando às serpentes, bem próximo deles havia um
ninho acima das cataratas num grande galho de árvore
que saía do meio das quedas. Aves gigantescas, que lá habitavam,
ouvindo o barulho dos gritos voaram de dentro
do ninho em direção ao grupo. Eram animais diferentes,
tinham dentes e bicos enormes, além de garras afiadas e
asas descomunais. Rapidamente, iniciaram um ataque em
bando, sem qualquer piedade com os invasores. Ágata e
Kedáre tentavam lutar contra elas, porém, não podiam
se descuidar da ponte, para não caírem no abismo que se
culminava na morte. Bilsã lançou uma granada contra as
aves ferindo uma delas na asa esquerda, o que deixou suas
companheiras furiosas! Em seguida, voaram ferozmente
em direção a Bilsã, mas, erroneamente, acabaram acertando
Guímel, que caiu da ponte e com apenas uma mão se
segurou numa corda solta.
_ Guímel, segure-se em minha mão! _ pedia seu pai lhe
oferecendo uma das mãos, enquanto usava a outra para se
equilibrar na ponte que não parava de se sacudir.
_ Não consigo! As aves estão nos atacando e a ponte treme