odisseia da cura3.pdf

Lysa mal tinha forças para falar e com a voz fraca e os olhos
pesando e brigando entre o fechar e manterem-se alertas
e vivos, pediu-lhe que chamasse uma ambulância imediatamente.
Álefe sabia que seu estado anormal era devido
à doença respiratória, e esta não era a primeira vez que
acontecia isso.
Chegando a ambulância, a equipe médica levou-a imediatamente
ao hospital e Álefe foi junto. Depois de ser examinada,
Lysa ficou sob observação e o médico, também
amigo da família, explicou a situação ao rapaz:
_ Meu filho, sua mãe sofreu um princípio de insuficiência
respiratória, mas agora está sob controle. No entanto, por
precaução, é necessário que ela durma aqui até amanhã,
caso venha a passar mal outra vez. Pode ir para casa descansar,
pois ela estará em boas mãos. E amanhã cedo, já
poderá vê-la, pois certamente estará bem melhor! _ disse o
médico com leve sorriso, acalmando e convencendo Álefe.
O jovem concordou e ao retornar ao lar, já em seu quarto,
debruçou sobre a cama em prantos e começou a lamentar
desesperadamente a si mesmo:
_ Por quê? Por que não consigo curar minha mãe? Por que
recebi esses dons se nessa hora não me valem para nada!?
Exclamava aflito, expressando em tom de revolta todo seu
amor pela mãe, que antes de tudo, era uma grande amiga
e companheira nas horas alegres e nos momentos difíceis.
Lysa e o filho tinham uma relação sem cobranças, à base
eram o respeito mútuo e a leveza. Ela o educava sem opressão.
Mesmo nas difíceis fases de crescimento e da adolescência,
em que tudo parecia mais difícil, Álefe tinha na mãe uma grande aliada.