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Mini curso de química da atmosfera<br />

1. Monitoramento Atmosférico Aplicado a Unidades<br />

Industriais - Dr. Laerte de Castro<br />

2. Efeitos da poluição atmosférica à saúde humana, Estudos<br />

realizados no Brasil - Profa. Eliane Ignotti<br />

3. Aerossóis, amostragem, qualidade do ar em ambientes<br />

fechados e efeitos na saúde - Profa. Adriana Gioda<br />

4. Radiação atmosférica e aplicação em modelos - Prof.<br />

Henrique Barbosa


O que é poluição?<br />

Estado indesejável do ambiente natural<br />

contaminado por substâncias nocivas como<br />

consequência de atividades humanas.<br />

O que é poluição do ar?<br />

Estado indesejável da atmosfera natural<br />

contaminada por substâncias nocivas como<br />

consequência de atividades humanas.


OK, mas...<br />

na atmosfera que substâncias ou<br />

tipo de substâncias nocivas<br />

estamos falando?<br />

gases aerossóis


OK, mas...<br />

Todo gás é poluente atmosférico?<br />

OK, mas...<br />

Claro que não!! O 2, N 2,...<br />

Por exemplo, o CO 2, é um poluente?<br />

Depende...<br />

Vem de atividade humana?


Ok, mas...<br />

Todo aerossol é poluente atmosférico?<br />

Claro que não!! Sal marinho, poeira,...<br />

Ok, mas...<br />

O que é mesmo aerossol??<br />

O termo aerossol se refere às partículas<br />

líquidas e/ou sólidas, em suspensão em um<br />

gás (Seinfeld e Pandis, 1998).


OK, mas...<br />

Então a composição da atmosfera não é<br />

apenas N 2=78.08%, O 2=20.95% e<br />

Ar=0.93% ??<br />

19


OK, mas...<br />

Esta não era para ser uma aula de<br />

radiação e modelagem ?!?<br />

Sim!! E ainda é...<br />

Acontece que os gases, aerossóis e nuvens que<br />

compõe a atmosfera interagem com a radiação!<br />

Isso significa que a poluição do ar<br />

(gases+aerossóis) afetam não apenas a saúde<br />

humana, mas também o balanço de radiação.


Energia do sol<br />

Radiação eletromagnética:<br />

Ultra-violeta próximo<br />

Visível<br />

Infra-vermelho próximo<br />

A energia é repartida:<br />

30% é refletida<br />

50% é absorvida na superfície<br />

20% é absorvida na atmosfera


Efeito Estufa<br />

Sem o efeito estufa, a temperatura<br />

média seria de apenas -18 o C<br />

Com o efeito estufa, ela fica em<br />

torno de +15 o C


Distribuição da radiação<br />

O ar quente no<br />

equador sobe<br />

O ar frio desce em<br />

latitudes mais altas<br />

Saldo de radiação solar no topo da<br />

atmosfera, média anual (W/m2)<br />

Radiação de onda longa no topo da<br />

atmosfera, média anual (W/m2)<br />

Trenberth and Stepaniak, J. Clim. (2003)


Circulação atmosférica


Circulação oceânica


Um pouco de História...<br />

As previsões de tempo começaram baseadas na observação de padrões<br />

repetitivos:<br />

Em 650 AC os babilônios previam o tempo a partir do padrão de<br />

nuvens e da posição dos astros<br />

Em 340 AC, Aristóteles descreveu uma série de situações<br />

meteorológicas no livro Meteorológica<br />

Desde pelo menos 300 AC que os chineses faziam algum tipo de<br />

previsão de tempo<br />

Vamos explicar o trovão (…). Existem dois tipos de exalação: úmida<br />

e seca (...). A úmida se condensa em nuvem (…). O calor radiado se<br />

dispersa na parte de cima, esfriando. Uma exalação seca, que fica<br />

presa durante o esfriamento do ar, será ejetada e vai colidir com as<br />

nuvens vizinhas. O barulho do impacto é o que chamamos de trovão.<br />

– Aristoteles Meteorologica


Era moderna<br />

1400's<br />

Hygrometer - Cryfts (1450)<br />

Anemometer - Alberti (1450)<br />

1500's<br />

Thermoscope - Galileo<br />

1600's<br />

Barometer - Torricelli (1643)<br />

Les Meteores - Descarte (1637)<br />

1700's<br />

Trade winds - Hadley (1730)<br />

1800's<br />

Three-cell model - Ferrel (1855)<br />

Weather maps of surface pressure<br />

1900's<br />

Weather prediction - Bjerknes (1903)<br />

Polar front theory - Bjerknes (1921)


Era numérica<br />

1900's<br />

Numerical weather prediction<br />

Richardson (1922)<br />

First computer forecast<br />

Charney / von Neumann (1948)<br />

Daily balloon observations (1940's)<br />

Weather satellites (Tiros I, 1960)


Previsão Numérica de Tempo<br />

Durante a 2ª guerra, os EUA financiaram a<br />

construção do primeiro computador (em segredo)<br />

Em 1946 o ENIAC foi apresentado ao mundo<br />

Em 1950, Charney, von Neumann e outros<br />

cientistas usaram o ENIAC para fazer a 1ª<br />

previsão numérica de tempo<br />

A partir de 1955 as previsões<br />

de tempo tornaram-se<br />

sistemáticas


Que equações são resolvidas?<br />

p RT<br />

dpa a<br />

gdz<br />

<br />

v<br />

v<br />

T T q 608 . 0 1 <br />

a<br />

a<br />

dv<br />

1<br />

<br />

dt c<br />

V<br />

t<br />

d<br />

p<br />

<br />

T<br />

v<br />

v<br />

v<br />

dQ<br />

dt<br />

V<br />

V<br />

<br />

V<br />

P<br />

<br />

<br />

<br />

1000<br />

hPa <br />

<br />

<br />

v Tv<br />

pa<br />

<br />

2 v <br />

Resolvemos os movimentos: da atmosfera, das correntes<br />

oceânicas, da água em um cano, do ar passando sobre uma asa,<br />

das estrelas em uma galáxia<br />

<br />

g<br />

d<br />

dt<br />

<br />

t


Como resolver?<br />

N<br />

t<br />

<br />

<br />

<br />

x<br />

(Nu)<br />

Dividir o problema em<br />

pequenos pedaços<br />

(discretização numérica).<br />

As equações são calculadas<br />

apenas nos pontos<br />

definidos por essa grade.<br />

N<br />

i<br />

t1<br />

N<br />

t<br />

i<br />

t<br />

<br />

<br />

Nu<br />

i<br />

t<br />

1<br />

Nu<br />

2x<br />

i1<br />

t


Como resolver?<br />

N<br />

t<br />

<br />

<br />

<br />

x<br />

(Nu)<br />

Neste exemplo, precisamos:<br />

u(x,t=0) e N(x,t=0)<br />

u(x=0,t) e N(x=0,t)<br />

u(x=L,t) e N(x=L,t)<br />

Problema de C.I. em t e<br />

problema de CC em x<br />

N<br />

i<br />

t1<br />

<br />

N<br />

i<br />

t<br />

<br />

Nu<br />

i<br />

t<br />

1<br />

Nu<br />

2x<br />

i1<br />

t<br />

t


As eq. básicas resolvem tudo?<br />

Como<br />

incluir<br />

processos<br />

sub-grade?


Como incluir processos sub-grade?<br />

Nuvens,<br />

chuva,<br />

vegetação,<br />

cidade, rios,<br />

etc, etc,<br />

etc...


Como incluir processos sub-grade?<br />

Poluição,<br />

aerossóis,<br />

turbulência,<br />

etc, etc,<br />

etc...


Como incluir processos sub-grade?<br />

Fisiologia,<br />

atividades<br />

humanas,<br />

etc, etc,<br />

etc...


Parametrização<br />

Temp., pres.,<br />

umid. e vento<br />

15m<br />

100km<br />

500m<br />

5km<br />

é um conjunto de<br />

equações empíricas<br />

usadas para determinar o<br />

qual o efeito médio de<br />

um processo sub-grade<br />

Apenas modelos de altíssima<br />

resolução conseguem<br />

resolver explicitamente<br />

alguns destes processos.


Modelo numérico da atmosfera<br />

Equações que descrevem a física da atmosfera<br />

Parametrizações para processos sub-grade ou aqueles<br />

muito complicados<br />

Código fonte:<br />

um texto escrito em<br />

uma linguagem de<br />

programação<br />

Compilador<br />

Programa<br />

executável:<br />

Linguagem de<br />

máquina


Modelo numérico da atmosfera<br />

Equações que descrevem a física da atmosfera<br />

Parametrizações para processos sub-grade ou aqueles<br />

muito complicados


Complexidade Computacional<br />

A alta complexidade de um modelo atmosférico requer<br />

muitos pesquisadores e muitos anos para o seu<br />

desenvolvimento.<br />

PROGRAM PARES<br />

DO I=1,5<br />

PRINT I*2<br />

ENDDO<br />

END PROGRAM<br />

Programa de 3 linhas para<br />

escrever na tela os 5<br />

primeiros números pares<br />

2<br />

4<br />

6<br />

8<br />

10<br />

Atmosfera<br />

Oceano<br />

Superfície<br />

Química<br />

Modelo Climático<br />

100k<br />

80k<br />

60k<br />

50k<br />

100-300 MIL linhas de código


O resultado da previsão é bom??<br />

A qualidade da nossa solução (previsão de tempo) vai<br />

depender de vários fatores:<br />

A resolução espacial e temporal adequada


Resolução espacial


Resolução espacial


Resolução espacial


Resolução espacial


O resultado da previsão é bom??<br />

A qualidade da nossa solução (previsão de tempo) vai<br />

depender de vários fatores:<br />

A resolução espacial e temporal adequada<br />

Qualidade da condição inicial<br />

Melhorou muito com os satélites a partir de 1970<br />

É o limitante da qualidade hoje em dia


Apenas 1 satélite<br />

nos dá muito mais<br />

informações<br />

Radio sondagens,<br />

esforço de muitas<br />

pessoas, todos os<br />

dias


O resultado da previsão é bom??<br />

A qualidade da nossa solução (previsão de tempo) vai<br />

depender de vários fatores:<br />

A resolução espacial e temporal adequada<br />

Qualidade da condição inicial<br />

Melhorou muito com os satélites a partir de 1970<br />

É o limitante da qualidade hoje em dia<br />

Processos físicos incluídos<br />

Radiação<br />

Biosfera-atmosfera<br />

Química<br />

...<br />

Quais processos físicos<br />

incluir depende do problema<br />

que queremos resolver!


An example of long range transport (advection) of smoke<br />

27 August 2002<br />

AOT Córdoba Buenos Aires<br />

26–29 Aug 2002 26–29 Aug 2002


Vertical cross section showing vertical velocity and the<br />

transport of CO from the PBL to the high troposphere<br />

PBL<br />

S. Freitas - INPE


Radiação eletromagnética<br />

É uma forma de energia emitida e absorvida por partículas<br />

carregadas e que se propaga no espaço como uma onda e<br />

como partícula ao mesmo tempo;<br />

É formada por um campo magnético e um campo elétrico<br />

que vibram em fase, perpendiculares entre si e a direção de<br />

propagação;<br />

A velocidade de propagação<br />

no vácuo é a constante e<br />

dada pela razão E/B = c


Espectro eletromagnético


Espectro Solar e Terrestre


Radiação na Atmosfera<br />

A extinção e a emissão são as principais interações da<br />

radiação com a atmosfera<br />

Extinção:<br />

É um processo que diminui a quantidade de radiação.<br />

Pode ser devido a absorção ou espalhamento<br />

Absorção: transforma energia E.M. em outra forma<br />

Espalhamento: muda a direção de propagação<br />

Emissão:<br />

É um processo que aumenta a quantidade de radiação.<br />

Todo corpo com T>0K emite radiação<br />

Pode haver radiação espalhada na direção do feixe


Lei de Beer-Bouguer-Lambert<br />

O processo de extinção é proporcional a intensidade<br />

da radiação e a quantidade de matéria<br />

I I dI<br />

ds<br />

Portanto, a fração de fótons que sofre extinção é:<br />

dI <br />

<br />

I<br />

<br />

<br />

NAds<br />

A<br />

A<br />

σ = sessão de choque<br />

N = # / vol<br />

N A ds = #


Lei de Beer-Bouguer-Lambert<br />

Portanto, em termos da seção de choque, σ:<br />

dI NIds<br />

Ou em termos do coeficiente de extinção, α:<br />

dI I<br />

ds<br />

Podem haver os dois processos de extinção, então:<br />

<br />

<br />

absorção espalhamen<br />

to


Extinção ao longo da trajetória<br />

Resolvendo a equação diferencial, encontramos:<br />

I<br />

<br />

s <br />

( s)<br />

I<br />

( s0)<br />

exp <br />

<br />

( ,<br />

s')<br />

ds'<br />

s0<br />

<br />

E se há vários tipos de partículas diferentes:<br />

I<br />

<br />

) exp <br />

<br />

s<br />

( s)<br />

I<br />

( s0<br />

<br />

i(<br />

<br />

i s0<br />

<br />

( s0,<br />

s)<br />

<br />

, s')<br />

ds'


Emissão de radiação<br />

A função de Planck explica a intensidade (radiância)<br />

emitida por um corpo negro (ideal):<br />

B<br />

2<br />

2 hc<br />

5 / <br />

<br />

hc kT<br />

e 1<br />

Unidades: W m −2 sr −1 m −1<br />

No caso não ideal, há<br />

a emissividade:<br />

B λ cinza = Bλ negro • ε


Lei de Kirchoff<br />

A lei de Kirchoff diz que, se um corpo está em<br />

equilíbrio em equilíbrio termodinâmico, então:<br />

Emissividade = Absortividade<br />

Portanto a radiância devido ao processo de emissão<br />

térmica tem a mesma constante α:<br />

dI B<br />

ds<br />

<br />

I I dI<br />

ds<br />

A


Observação 1<br />

Se a direção de propagação (s) não<br />

for a vertical (z), aproximamos:<br />

cos(<br />

dI<br />

ds<br />

<br />

dI<br />

dz<br />

I<br />

<br />

<br />

B<br />

<br />

) I<br />

B<br />

E a solução fica ainda mais complicada...<br />

s<br />

θ<br />

z


Observação 2<br />

Para concluir a aproximação de<br />

atmosfera plano paralela, temos<br />

que considerar toda a radiância em<br />

uma direção:<br />

Fluxo para<br />

cima<br />

Fluxo para<br />

baixo<br />

cos( )<br />

<br />

z


A parametrização de radiação<br />

resolve a equação...<br />

Para cada comprimento de onda<br />

Para cada gás<br />

Para cada tipo de aerossol<br />

Para cada tipo de nuvem<br />

( s<br />

0<br />

, s)<br />

<br />

esp ( ,<br />

s')<br />

<br />

constituinte<br />

<br />

s<br />

s<br />

0<br />

<br />

abs<br />

Medidas<br />

experimentais!<br />

( ,<br />

s')<br />

ds'


Absorção gasosa<br />

Teoria e medidas em<br />

laboratório para<br />

determinar a<br />

absorção de cada<br />

constituinte


Espalhamento<br />

Teoria eletromagnética clássica para a interação da<br />

radiação com a matéria:<br />

Rayleigh - moléculas<br />

Mie – aerossóis e gotas<br />

Tamanho λ<br />

Complicado!<br />

Propriedades das<br />

partículas de aerossol...


A interação do<br />

aerossol com a<br />

radiação vai<br />

depender:<br />

do tamanho<br />

da forma<br />

da superfície


Os aerossóis são muito diferentes


Amazonia: 3 different types of aerosols<br />

Biogenic (primary and SOA) Biomass Burning Dust from Sahara<br />

Each with VERY different properties and impacts


Medidas do espalhamento da<br />

radiação pelas partículas de<br />

aerossol<br />

Medidas in-situ<br />

SMPS, DMPS, Nephelometer, MAAP, TEOM,<br />

Aethalometer, etc...<br />

Sensoriamento remoto do chão<br />

Fotômetros<br />

Lidar<br />

Sensoriamento remoto do céu<br />

Satélites


Medidas In-situ na Amazônia


Artaxo et al., 2013: Faraday Discuss., 165, 1-31


Manaus<br />

Porto Velho<br />

Artaxo et al., 2013: Faraday Discuss., 165, 1-31


Manaus wet<br />

Porto Velho dry<br />

Artaxo et al., 2013: Faraday Discuss., 165, 1-31


Exemplo: Lidar<br />

Clouds<br />

Aerosol<br />

Back<br />

scattering<br />

LIDAR<br />

Telescope<br />

Laser pulses<br />

at 10Hz<br />

Speed of light is 3 x 10 8 m/s and<br />

we measure at 20Mhz, hence<br />

vertical resolution is 7.5m<br />

We measure light intensity vs time


Exemplo: Lidar


Exemplo: Lidar


http://www-calipso.larc.nasa.gov/


Yearly deforestation with MODIS AOD and hot pixels from NOAA<br />

Yearly deforestation over the Brazilian Amazon region (INPE, 2010) compared to MODIS daily<br />

smoke optical depth and the daily number of hot pixels from NOAA-12 and NOAA-15.


Amazonia<br />

Average aerosol forcing clear sky<br />

Top: - 10 w/m²<br />

Atmosphere: + 28 w/m²<br />

Surface: - 38 w/m²<br />

Conditions: surface: forest vegetation<br />

AOT (=0.95 at 500nm); 24 hour average<br />

7 years (93-95, 99-02 dry season Aug-Oct)<br />

Procópio et al. (2004)<br />

INDOEX<br />

average aerosol forcing clear sky<br />

Top: - 7±1 w/m²<br />

Atmosphere: + 16±2 w/m²<br />

Surface: - 23±2 w/m²<br />

Conditions: surface: ocean<br />

AOT (=0.3 at 630 nm); 24 hour average<br />

Jan-Mar 99


Radiative forcings of the global climate system IPCC 2007


Estimates of the aerosol direct radiative forcing by<br />

different climate models<br />

Best estimate: -0.5 W/m 2 Range: -0.9 to -0.1 W/m 2


Combining all anthropogenic effects<br />

What is being doing to this component is critical to the final forcing<br />

•Combined anthropogenic forcing is not straight sum of individual terms.<br />

•Tropospheric ozone, cloud-albedo, contrails asymmetric range about the central estimate<br />

•Uncertainties for the agents represented by normal distributions except: contrail (lognormal);<br />

discrete values trop. ozone, direct aerosol, cloud albedo<br />

•Monte Carlo calculations to derive probability density functions for the combined effect


Aerosol-cloud-precipitation feedbacks<br />

CCN = cloud condensation nuclei and IN = ice nuclei.<br />

Cloud/Aerosol<br />

Radiative<br />

Transfer<br />

Cloud Dynamics<br />

CCN Activation<br />

AEROSOLS<br />

Cloud Microphysics<br />

PRECIPITATION<br />

Ice Nuclei Activation<br />

Aerosol Wet<br />

Removal


(Lauer & Hendicks, 2006)


CN concentrations from a model with detailed<br />

treatment of new particle formation<br />

Spracklen et al., 2008


AOT500<br />

Observations of CCN and AOT<br />

1.000<br />

0.100<br />

0.010<br />

Remote Marine<br />

Remote Continental<br />

Polluted Marine<br />

Polluted Continental<br />

y = 0.0027x 0.6397<br />

R 2 = 0.8758<br />

10 100 1000 10000<br />

CCN 0.4 [cm -3 ]<br />

CCN concentrations and AOT over the cleanest<br />

continental sites are similar to the cleanest marine sites!


Large scale low cloud<br />

suppression<br />

Terra and Aqua satellite images<br />

of the east Amazon basin, 11<br />

August 2002. (A) The clouds<br />

(Terra, 10:00 local time) are<br />

beginning to form. (B) The<br />

clouds (Aqua, 13:00 local time)<br />

are fully developed and cover the<br />

whole Amazon forest except for<br />

the smoke area. The boundary<br />

between forest and Cerrado<br />

region is marked in white on<br />

both images, and the seashore is<br />

marked in green. (From Koren et<br />

al., 2004)


Relationships between cloud properties and aerosol loading in Amazonia<br />

Koren et al., Science 2008<br />

Microphysics absorption effects<br />

Aerosol Optical Thickness


ZF2<br />

Manaus<br />

ATTO<br />

Aconvex

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