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Gêneros literários da Bíblia - Juerp

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PARA COMEÇAR<br />

Em busca <strong>da</strong><br />

restauração <strong>da</strong> aliança<br />

Este trimestre terá Gênesis como foco de estudo. Recomendo que o professor<br />

leia-o integralmente antes de começar o trimestre, talvez na semana que antecede<br />

à primeira aula. Se isso acontecesse, uma visão geral do primeiro livro <strong>da</strong> Escritura<br />

seria adquiri<strong>da</strong> antes de estudá-lo em partes menores.<br />

Esta leitura revelaria, entre outras coisas, que um tema teima em percorrer<br />

ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s narrativas: o tema <strong>da</strong> aliança, do pacto. O que é ensinado em ca<strong>da</strong><br />

história, que liga ca<strong>da</strong> um dos patriarcas, de Abraão a Jacó, é a aliança rma<strong>da</strong> com<br />

Deus. Neste pacto, a terra de Canaã é prometi<strong>da</strong> como herança à descendência<br />

dos patriarcas. Como sinal, a circuncisão é exigi<strong>da</strong>. Surge o elemento visível de<br />

um pacto muito maior do que eles poderiam compreender naquele momento.<br />

O lho mais velho de Abraão foi Ismael, mas Deus escolheu Isaque para <strong>da</strong>r<br />

continui<strong>da</strong>de à promessa. O lho mais velho de Isaque e Rebeca foi Esaú, mas<br />

Deus escolheu Jacó para levar avante o pacto. O lho mais velho de Jacó foi<br />

Rúben, mas Deus escolheu Judá para ser o progenitor <strong>da</strong> linhagem messiânica, e<br />

José como o elemento que transformou o clã numa nação ao levá-los para o Egito.<br />

Posteriormente, entretanto, nem o próprio José chegou a culpar seus irmãos<br />

pela sua i<strong>da</strong> para o Egito. Para ele, Deus determinou os eventos <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> com<br />

vistas ao bem de todos. Com isso, ele nos ensina que Deus dirige a história, usando<br />

vasos frágeis na direção do cumprimento <strong>da</strong> promessa.<br />

Um bom trimestre.<br />

Pr. Valtair Miran<strong>da</strong> – Re<strong>da</strong>tor<br />

Autor dos planos de aula – O autor dos planos de aula deste trimestre é<br />

Célio Garcia. Formado em Educação Física pela Universo, é estu<strong>da</strong>nte de<br />

Teologia no Seminário Batista de Niterói, RJ.<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 1


Atitude Professor é uma revista de orientações<br />

didáticas para professores de jovens na Escola<br />

Bíblica Dominical seguindo a matriz curricular <strong>da</strong><br />

revista Atitude aluno<br />

Publicação trimestral do<br />

Departamento de Educação Religiosa <strong>da</strong><br />

Convenção Batista Brasileira<br />

CGC (MF): 33.531.732/0001-67<br />

Endereços<br />

Caixa Postal, 40002<br />

Rio de Ja nei ro, RJ – 20720-020<br />

Tel.: (21) 2157-5557<br />

<br />

Eletrônico – secretariacbb@batistas.com<br />

Site – www.batistas.com<br />

Direção Geral<br />

Sócrates Oliveira de Souza<br />

Coordenação Editorial<br />

Solange Cardoso de Abreu d’Almei<strong>da</strong> (RP/16897)<br />

Re<strong>da</strong>ção<br />

Valtair Miran<strong>da</strong><br />

Produção Editorial<br />

Studio Anunciar<br />

2<br />

ISSN 1984-8382<br />

Literatura Batista<br />

Ano CVII – N O 425 – Jan.Fev.Mar. 2013<br />

<br />

<br />

Distribuição<br />

EBD-1 Marketing e Consultoria Edi to ri al Lt<strong>da</strong>.<br />

<br />

E-mail: pedidos@ebd-1.com.br<br />

ATITUDE PROFESSOR<br />

SUMÁRIO<br />

Para começar<br />

Pauta musical<br />

Recursos bíblico-teológicos<br />

Sugestões didáticas<br />

Lição 1– A criação do universo 9<br />

Lição 2 – O ser humano – Razão de ser<br />

<strong>da</strong> criação 12<br />

Lição 3 – O ser humano desvia-se do<br />

propósito de Deus 15<br />

Lição 4 – Distanciando-se de Deus 18<br />

Lição 5 – Uma nova chance 21<br />

Lição 6 – Novo povo sendo formado 24<br />

Lição 7 – Deus age contra o pecado 27<br />

<br />

Lição 9 – A ver<strong>da</strong>deira casa de Deus 33<br />

Lição 10 – A bênção <strong>da</strong> reconciliação 36<br />

Lição 11 – Os desencontros familiares 39<br />

Lição 12 – Mais desencontros familiares 42<br />

Lição 13 – A história do princípio de tudo 45<br />

Próximo trimestre 48<br />

Autora dos planos de aula<br />

Neste trimestre, os planos de aula, que o<br />

aju<strong>da</strong>rão a dinamizar a sua aula, foram elaborados<br />

por Maria Inês de Castro Guedes, bacharel em<br />

Teologia e Educação Religiosa pelo Seminário<br />

Teológico Batista Equatorial – Belém, PA. A autora<br />

tem também licenciatura plena em Pe<strong>da</strong>gogia<br />

(Campinas, SP).<br />

Nossa missão: “Viabilizar a<br />

co ope ração entre as i grejas ba tis tas<br />

no cum pri men to de sua mis são como<br />

co mu ni <strong>da</strong> de lo cal”<br />

1<br />

3<br />

4


Pauta Musical<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 3


A Escritura é forma<strong>da</strong> por um corpo<br />

literário extremamente rico. Nela encontramos<br />

poesia, profecia, evangelho,<br />

apocalipse, narrativas, leis etc. Ca<strong>da</strong> tipo<br />

literário possui características próprias<br />

que in uenciam na leitura e interpretação<br />

do mesmo. Ca<strong>da</strong> gênero literário<br />

é caracterizado por uma determina<strong>da</strong><br />

forma de se comunicar.<br />

O conhecimento do gênero literário<br />

ou do estilo de determinado livro <strong>da</strong><br />

<strong>Bíblia</strong> aju<strong>da</strong> a transmitir a essência do<br />

livro, de forma que versículos e parágrafos<br />

possam ser vistos à luz do todo.<br />

Assim ca mais fácil evitar o problema<br />

de tirar os versículos de seu contexto.<br />

É um meio de esclarecer a natureza e o<br />

propósito de um livro.<br />

As formas de construção aju<strong>da</strong>m-nos<br />

a entender por que determina<strong>da</strong>s passagens<br />

encontram-se onde estão. A atenção<br />

ao gênero literário impede-nos também<br />

de transformar uma passagem no que<br />

ela não é.<br />

4<br />

ATITUDE PROFESSOR<br />

Recursos Bíblico-teológicos<br />

<strong>Gêneros</strong> <strong>literários</strong><br />

<strong>da</strong> <strong>Bíblia</strong><br />

Pr. Valtair Miran<strong>da</strong><br />

Rio de Janeiro, RJ<br />

Narrativa. Iniciaremos a descrição<br />

dos gêneros <strong>literários</strong> pelas narrativas,<br />

justamente porque este é o estilo que<br />

mais aparece em to<strong>da</strong> a Escritura. Não<br />

precisamos ser especialistas para perceber<br />

que grande parte <strong>da</strong> <strong>Bíblia</strong> foi<br />

escrito na forma de narrativa. Mas, o<br />

que é uma narrativa?<br />

“Mãe, conta uma historinha”, diz<br />

meu lho pequeno, pouco antes de ir<br />

para a cama. Quem não gosta de uma<br />

bela história? Nós crescemos aprendendo,<br />

por meio de histórias, conceitos como<br />

mentira (Pinóquio), nobreza (Os<br />

sete anões), mal<strong>da</strong>de (O lobo mau),<br />

companheirismo ( Joãozinho e Maria),<br />

ganância (A galinha dos ovos de ouro).<br />

Se queriam nos ensinar alguma coisa<br />

nos contavam uma história. Que criança<br />

trocaria uma boa história de 10 minutos<br />

por um discurso de 5 minutos?<br />

Ensinar por meio de histórias sempre<br />

foi um excelente recurso pe<strong>da</strong>gógico. Se<br />

alguém tiver alguma dúvi<strong>da</strong> sobre isso


asta olhar para a <strong>Bíblia</strong>, palavra que<br />

Deus deixou para seus lhos. Cerca de<br />

60% <strong>da</strong> Escritura Sagra<strong>da</strong> está em forma<br />

de narrativas. Desde os profetas do Antigo<br />

Testamento, passando por Jesus, até o<br />

Novo Testamento com seu livro de Atos<br />

dos Apóstolos, as narrativas se apresentam<br />

como o principal gênero literário.<br />

Uma narrativa bíblica é uma história<br />

relata<strong>da</strong> com o intuito de transmitir<br />

uma mensagem por meio dos<br />

personagens, dos seus problemas e <strong>da</strong>s<br />

circunstâncias. As narrativas bíblicas são<br />

seletivas e ilustrativas. Seu objetivo não<br />

é compor biogra as completas, repletas<br />

de detalhes sobre a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas.<br />

Os autores bíblicos selecionaram<br />

cui<strong>da</strong>dosamente o material que deveria<br />

ser incluído visando atingir propósitos<br />

<br />

determinados. Normalmente, seu objetivo<br />

estava relacionado com o contexto<br />

à sua volta. Neste caso, é de grande valia<br />

descobrir a <strong>da</strong>ta que a narrativa foi<br />

composta ou escrita. Exempli cando,<br />

observe as narrativas do livro Atos dos<br />

Apóstolos, escrito em torno do ano 70<br />

depois de Cristo, e perceba que, de alguma<br />

forma, elas estão ensinando algo aos<br />

cristãos de sua época. Nenhuma narrativa<br />

entrou no livro gratuitamente. To<strong>da</strong>s<br />

querem atingir determinados objetivos<br />

nas comuni<strong>da</strong>des que iriam ler o livro.<br />

As narrativas não foram escritas só<br />

para preservar fatos ou eventos. Elas queriam<br />

mu<strong>da</strong>r a vi<strong>da</strong> dos leitores mediante<br />

lembrança desses fatos ou eventos.<br />

As narrativas bíblicas parecem ser<br />

dividi<strong>da</strong>s em alguns tipos distintos:<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 5


cadência<br />

de um indivíduo, do apogeu<br />

ao desastre. A vi<strong>da</strong> de Sansão, Saul e<br />

Salomão são exemplos de tragédia.<br />

<br />

contém uma série de episódios centralizados<br />

numa pessoa ou grupo de pessoas.<br />

Exemplo disso é a peregrinação<br />

dos israelitas no deserto.<br />

<br />

abor<strong>da</strong> a relação romântica entre um<br />

homem e uma mulher. O livro de Rute<br />

apresenta esse tipo de narrativa.<br />

ma<br />

história teci<strong>da</strong> em torno <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e dos<br />

feitos de um herói ou protagonista, uma<br />

pessoa que por vezes representa outros ou é<br />

um exemplo para outros. Abraão, Gideão,<br />

Davi e Daniel enquadram-se neste caso.<br />

<br />

<strong>da</strong> exposição <strong>da</strong>s falhas ou <strong>da</strong> loucura<br />

humanas por meio <strong>da</strong> ridicularização<br />

ou <strong>da</strong> crítica. O livro de Jonas é uma<br />

sátira, visto que Jonas é ridicularizado<br />

por rejeitar o amor de Deus por todo o<br />

tipo de pessoas. Ironicamente, ele estava<br />

mais preocupado com uma planta do<br />

que com os pagãos de Nínive. A humilhação<br />

de Jonas é um bom nal para a<br />

sátira, e os israelitas haveriam de enxergar<br />

no comportamento do profeta um<br />

reexo de si próprios e de sua atitude<br />

para com as nações pagãs.<br />

6<br />

ATITUDE PROFESSOR<br />

<br />

agressivamente ou contesta as ideias de<br />

terceiros. Temos exemplos desse estilo<br />

no episódio <strong>da</strong> conten<strong>da</strong> de Elias com<br />

os 450 profetas de Baal (1Reis 18.16-<br />

46) e nas dez pragas contra os deuses e<br />

deusas do Egito.<br />

Para seu controle, observe estas<br />

dicas para o estudo <strong>da</strong>s narrativas <strong>da</strong><br />

Escritura:<br />

Normalmente uma narrativa não<br />

ensina diretamente uma doutrina.<br />

Antes, ela ilustra uma doutrina que<br />

<br />

outro lugar.<br />

As narrativas bíblicas registram o que<br />

aconteceu e nem sempre o que deveria<br />

ter acontecido. Isto faz com que, muitas<br />

vezes, a ação do personagem não seja<br />

um bom exemplo (o caso extraconjugal<br />

de Davi e Bate-Seba é um exemplo).<br />

Apesar disso, não encontramos,<br />

normalmente, uma emissão de juízo<br />

durante a narrativa.<br />

To<strong>da</strong>s as narrativas são seletivas. O<br />

que se encontra narrado é tudo o que<br />

o autor sagrado considerou importante<br />

comunicar e preservar.<br />

As narrativas podem ensinar, mas<br />

comumente de forma implícita.<br />

A grande função <strong>da</strong>s narrativas dentro<br />

do texto bíblico é ilustrar a relação de<br />

Deus com os homens e mulheres.<br />

Deus é o herói de to<strong>da</strong>s as narrativas.<br />

Sendo assim, to<strong>da</strong>s as narrativas<br />

estão ensinando algo sobre Deus e<br />

seu modo de agir na história humana.


Leis. Embora as leis estejam mais relaciona<strong>da</strong>s<br />

aos cinco primeiros livros <strong>da</strong><br />

<strong>Bíblia</strong>, elas podem ser encontra<strong>da</strong>s em<br />

outras porções tanto do Antigo, quanto<br />

do Novo Testamento. É ver<strong>da</strong>de que as<br />

mais conheci<strong>da</strong>s porções legais estão<br />

em Êxodo 20-40, Levítico, Números 5,<br />

6, 15, 18, 19, 28-30, 34, 35 e em quase<br />

todo Deuteronômio.<br />

Os especialistas utilizam alguns termos<br />

para agrupar as leis. Eles dizem que existem<br />

as leis apodíticas e as leis casuísticas.<br />

Não se preocupe se estas palavras não comunicam<br />

muita coisa para você – observe<br />

os exemplos para entender melhor.<br />

A lei apodítica inicia com a palavra<br />

“não”, como acontece nos dez man<strong>da</strong>mentos<br />

(Ex 20.3-17) e em Levítico 18.7-<br />

24; 19.9-19, 26-29, 31, 35. A intenção<br />

inibidora é clara. Pretende-se, com elas,<br />

impedir que o povo cometa esta ou<br />

aquela ação contra a vontade de Deus.<br />

As leis casuísticas são mais especí-<br />

cas e diretas. Nesses tipos de man<strong>da</strong>mento,<br />

a lei é apresenta<strong>da</strong> na forma<br />

condicional. Exemplo: se o povo obedecer,<br />

Deus trará a paz sobre a terra.<br />

Se o povo não obedecer, Deus enviará<br />

a guerra. Leia, para car mais claro, as<br />

passagens de Levítico 20.9-18, 20, 21<br />

e Deuteronômio 15.7-17.<br />

Poesia. Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes<br />

e Cantares são os cinco principais<br />

livros poéticos do Antigo Testamento.<br />

Contudo, há poesia em muitos outros<br />

livros <strong>da</strong> <strong>Bíblia</strong>. Várias versões <strong>da</strong> <strong>Bíblia</strong><br />

apresentam os textos poéticos numa estrutura<br />

e forma diferente, para que seja<br />

perceptível a identicação <strong>da</strong> poesia.<br />

Uma característica singular <strong>da</strong> poesia<br />

bíblica é o paralelismo entre duas (e às<br />

vezes três ou quatro) linhas. Esta é uma<br />

diferença <strong>da</strong> poesia ocidental que, normalmente,<br />

é caracteriza<strong>da</strong> por métrica<br />

e rima, elementos esses que a poesia hebraica<br />

desconhece na maioria dos casos.<br />

Os salmos são classicados como:<br />

lamentação coletiva (12, 44, 80, 94 e<br />

137), lamentação individual (3, 22, 31,<br />

39, 42, 57, 71, 120, 139 e 142), salmo<br />

comunitário de ação de graças (65, 67,<br />

75, 107, 124 e 136), salmo individual<br />

de ação de graças (18, 30, 32, 34, 40, 66,<br />

92, 116, 118 e 138) e hino de louvor (8,<br />

19, 104, 148: exaltação de Deus como o<br />

criador; 66, 100, 111, 114, 149: louvor<br />

a Deus por ser o protetor de Israel; 33,<br />

103, 113, 117, 145-147: louvor a Deus<br />

na quali<strong>da</strong>de de Senhor <strong>da</strong> história).<br />

Além desses, existem alguns salmos<br />

chamados de cânticos de Sião (46, 48,<br />

76, 84, 87, 122), salmos de sabedoria<br />

(36, 37, 49, 73, 112, 127, 128, 133) e<br />

cânticos de conança (11, 16, 23, 27,<br />

62, 63, 91, 121, 125, 131).<br />

Os salmos devem ser vistos como<br />

uma orientação para a adoração e para<br />

aprendermos a ter um relacionamento<br />

honesto com Deus, onde expressamos<br />

alegria, desapontamento, raiva ou outras<br />

emoções. Os salmos podem servir ain<strong>da</strong><br />

para incentivar-nos a reetir e meditar<br />

sobre o que Deus tem feito por nós.<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 7


8<br />

PROCEDIMENTOS DE<br />

LEITURA DE POESIA BÍBLICA<br />

Distinguir as categorias de poesias e<br />

os elementos em ca<strong>da</strong> uma delas.<br />

Reconhecer a existência <strong>da</strong>s diversas<br />

<br />

<br />

a corça anseia pela água”).<br />

Notar os tipos de paralelismo nos versículos.<br />

Estu<strong>da</strong>r o contexto histórico <strong>da</strong>s poesias,<br />

para tentar encontrar o que estava<br />

acontecendo com o poeta no momento<br />

que ele compôs a poesia.<br />

Descobrir a ideia ou mensagem central<br />

<strong>da</strong> poesia.<br />

Epístola. Apesar de haver um pouco<br />

de epístola em ca<strong>da</strong> obra <strong>da</strong> <strong>Bíblia</strong>, as<br />

epístolas puras estão no Novo Testamento,<br />

entre Atos e Apocalipse. Paulo<br />

foi o grande escritor de epístola do Novo<br />

Testamento. Epístola é uma espécie de<br />

carta antiga.<br />

Elas foram escritas de um cristão<br />

para outro, de uma comuni<strong>da</strong>de cristã<br />

para outra, ou de um cristão para uma<br />

comuni<strong>da</strong>de cristã. Sendo assim, como<br />

nós não somos os destinatários originais,<br />

precisamos, para compreendê-las melhor,<br />

resgatar o máximo que pudermos<br />

do contexto que as produziu, principalmente<br />

sobre os motivos que as geraram.<br />

As epístolas foram documentos<br />

circunstanciais. Seu autor as produziu<br />

para atender um problema especí co<br />

que precisava <strong>da</strong> sua interferência. As<br />

cartas que temos nas mãos são respostas<br />

ATITUDE PROFESSOR<br />

0001321463302<br />

que um homem – inspirado pelo Espírito<br />

de Deus – deu aos problemas dos<br />

seus destinatários. Os argumentos <strong>da</strong>s<br />

epístolas são as respostas que o contexto<br />

<strong>da</strong> época necessitava.<br />

Além de epístola, leis e narrativas, há<br />

outros gêneros <strong>literários</strong> na <strong>Bíblia</strong> que<br />

deixaremos para comentar em uma outra<br />

oportuni<strong>da</strong>de. O importante, em qualquer<br />

caso, é ler o texto como seu autor<br />

gostaria que ele fosse lido para, quem<br />

sabe, compreender como os primeiros<br />

leitores compreenderam. Somente assim<br />

o texto bíblico poderá ser atualizado para<br />

novas reali<strong>da</strong>des, como as dos leitores<br />

brasileiros do século XXI.


SUGESTÕES DIDÁTICAS<br />

<br />

Plano de aula 1<br />

A criação do universo<br />

Texto bíblico – Gênesis 1.1-2.6Texto áureo – Gênesis 1.31<br />

<br />

Caro professor, você já parou para<br />

pensar sobre a criação de Deus? Esta<br />

lição vai exigir que você re ita bem sobre<br />

essa ver<strong>da</strong>de bíblica antes de <strong>da</strong>r a<br />

aula.<br />

É importante que você tenha a certeza<br />

que foi Deus que tudo criou, tudo<br />

sustenta e que tudo dirige. Se, por acaso,<br />

não tem esta certeza, ore ao Senhor<br />

e peça iluminação. Procure também o<br />

seu pastor e fale sobre as suas di cul<strong>da</strong>des.<br />

<br />

<br />

vro de Gênesis.<br />

<br />

<br />

dor do universo.<br />

<br />

poder de sua palavra e do seu Espírito,<br />

deu origem a to<strong>da</strong>s as coisas visíveis.<br />

<br />

pode ocorrer a partir de algo existente.<br />

<br />

coisas ocorreu a partir <strong>da</strong> criação de Deus.<br />

<br />

criado de uma forma totalmente diferente<br />

e nova.<br />

<br />

foi criado do pó <strong>da</strong> terra, e recebeu o<br />

sopro de vi<strong>da</strong> (alma).<br />

<br />

feito a imagem e semelhança de Deus.<br />

<br />

que Deus descansou um dia, o ser humano<br />

também precisa de um dia de descanso.<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 9


Quebra-gelo: No encontro é importante<br />

o educador cristão fazer um<br />

círculo e perguntar como todos estão.<br />

Em segui<strong>da</strong>, orar pelas necessi<strong>da</strong>des expostas.<br />

Geralmente, inicia-se com a pergunta:<br />

“Como foi a sua semana?”<br />

Exaltação: Momento de louvor<br />

ao Senhor, em que todos os presentes,<br />

com posse de uma música na mão,<br />

cantam o cântico a m de adorar o<br />

único digno de ser gloricado. Esse<br />

momento é importante para que todos<br />

entrem em sintonia com Jesus<br />

Cristo, que está no centro, conduzindo<br />

todo o encontro.<br />

Momento <strong>da</strong> exposição<br />

oral. Ler o texto bíblico antes de<br />

começar. Após esta leitura, pedir uma<br />

oração de forma voluntária (caso ninguém<br />

queira orar, o próprio professor<br />

conduz a oração). Evitar ler a revista<br />

durante a aula. Mostrar elementos importantes,<br />

como os objetivos traçados<br />

anteriormente.<br />

Evangelismo: Momento de fun<strong>da</strong>mental<br />

importância. Objetiva convi<strong>da</strong>r<br />

o jovem a praticar o que aprendeu na<br />

lição. Nesse caso, o desao é: “procure<br />

uma pessoa que você gostaria muito<br />

que estivesse com você estu<strong>da</strong>ndo esta<br />

lição. Fale para esta pessoa como foi interessante<br />

o conteúdo estu<strong>da</strong>do.” Pedir<br />

10<br />

ATITUDE PROFESSOR<br />

aos alunos para compartilharem sobre a<br />

alegria de ter um grupo de jovens dinâmicos,<br />

companheiros, amigos e irmãos.<br />

Neste momento, orar pela aula ocorri<strong>da</strong><br />

e pelo desao traçado.<br />

<br />

1 Reunir a turma em<br />

círculo, em pé, de mãos <strong>da</strong><strong>da</strong>s. Perguntar<br />

como foi a semana. Dar a<br />

oportuni<strong>da</strong>de para que ca<strong>da</strong> aluno expresse<br />

o seu pedido ou agradecimento<br />

ao Senhor. Logo após, orar e entregar<br />

os pedidos e agradecimentos a Deus.<br />

Não se esquecer de também pedir oração<br />

pelo encontro que está iniciando.<br />

2 Quebra-Gelo: Fazer a seguinte<br />

pergunta para todos os presentes:<br />

“Qual a coisa mais bonita cria<strong>da</strong> por<br />

Deus?” Caso não tenha um voluntário<br />

para iniciar, responder você, primeiramente.<br />

Logo após, caso não comecem<br />

a responder, perguntar para um aluno<br />

diretamente.<br />

3 Exaltação: Permanecendo como<br />

estão (em círculo, de preferência), entregar<br />

uma cópia do cântico a ser entoado<br />

para ca<strong>da</strong> pessoa presente. Desta<br />

forma, se tem a certeza que nenhum<br />

visitante ou membro novo irá se constranger<br />

por não saber o cântico. Caso<br />

tenha alguém que saiba tocar um instrumento,<br />

utilizá-lo neste momento, se<br />

possível.


4 Momento do estudo<br />

proposto. Ler o texto bíblico de<br />

Gênesis 1.1-31 e 2.1-3. Pedir para que<br />

ca<strong>da</strong> aluno <strong>da</strong> turma leia um versículo.<br />

Evitar ler a revista durante a aula.<br />

Apontar os principais temas, como:<br />

<br />

do universo? O texto diz em Gênesis<br />

1.1 que Deus criou primeiro os céus e<br />

a terra, e que esta estava sem forma e<br />

vazia (Gn 1.2). Em segui<strong>da</strong>, pelo poder<br />

<strong>da</strong> sua palavra, to<strong>da</strong>s as outras coisas<br />

foram cria<strong>da</strong>s (Gn 1.3-6, 9,11,14, 20).<br />

<br />

universo? Em Gênesis 1.1 ca claro<br />

que foi Deus quem criou o universo.<br />

<br />

seu Espírito, deu origem a to<strong>da</strong>s as coisas<br />

visíveis. To<strong>da</strong>s as coisas tiveram como origem<br />

a Palavra e o Espírito de Deus. Gênesis<br />

1.2 mostra como o Espírito estava<br />

presente, pairando sobre as águas.<br />

<br />

de algo existente. A evolução <strong>da</strong>s coisas,<br />

assim como a degra<strong>da</strong>ção, só pode ocorrer<br />

a partir de algo criado. E este algo foi Deus<br />

quem criou, conforme descrito na <strong>Bíblia</strong>.<br />

<br />

ocorre a partir <strong>da</strong> criação de Deus.<br />

Deus criou o mundo e to<strong>da</strong>s as coisas<br />

existentes e deu sabedoria e liber<strong>da</strong>de<br />

para o ser humano dominar, cui<strong>da</strong>r de<br />

to<strong>da</strong>s as aves, peixes, animais e vegetais<br />

(Gn 1.28-30).<br />

<br />

mem<br />

e mulher foram criados a imagem<br />

e semelhança de Deus. Ambos receberam<br />

o Espírito, algo que os outros animais<br />

não tinham.<br />

cansou<br />

um dia, a humani<strong>da</strong>de também<br />

precisa de um dia de descanso. O Senhor<br />

criou to<strong>da</strong>s as coisas até o sexto<br />

dia, e no sétimo dia descansou. Possuímos<br />

um corpo físico que também<br />

precisa de descanso. Deus não precisa<br />

de descanso. Ele fez isso de forma educativa<br />

para que nós pudéssemos separar<br />

um dia para descansar.<br />

5 Evangelismo: Fazer um desao<br />

à turma perguntando se eles têm algum<br />

amigo que eles gostariam que estivesse<br />

presente, estu<strong>da</strong>ndo sobre a criação do<br />

mundo. Orientar no sentido de que eles<br />

se aproximem de pessoas que não conhecem<br />

a Cristo, ou estejam afasta<strong>da</strong>s<br />

para testemunhar sobre a maneira agradável<br />

como ocorrem os estudos bíblicos.<br />

6 Professor, não se esqueça de<br />

que você é o espelho dos alunos. Se<br />

você tiver uma vi<strong>da</strong> de comunhão,<br />

evangelismo, discipulado, amor, carinho<br />

e dedicação a Deus e ao próximo,<br />

eles vão desejar as mesmas coisas.<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 11


12<br />

SUGESTÕES DIDÁTICAS<br />

<br />

<br />

Caro professor, você já parou para<br />

pensar sobre a importância do ser humano<br />

criado à imagem e semelhança<br />

de Deus? Esta lição vai exigir que você<br />

re ita bem sobre essa ver<strong>da</strong>de bíblica<br />

antes de <strong>da</strong>r a aula.<br />

<br />

<br />

razão de ser <strong>da</strong> criação.<br />

<br />

em que Adão e Eva viviam tinha tudo<br />

que eles precisavam.<br />

<br />

para estar ao lado do marido.<br />

<br />

dim, e deu liber<strong>da</strong>de para que homem e<br />

mulher pudessem desfrutar dele.<br />

ATITUDE PROFESSOR<br />

Plano de aula 2<br />

O ser humano<br />

Razão de ser <strong>da</strong> criação<br />

Texto bíblicoTexto áureo – Gênesis 2.7<br />

<br />

a árvore <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> no Jardim, mas Eva e<br />

Adão preferiram comer do fruto proibido<br />

e morreram espiritualmente.<br />

<br />

<strong>da</strong>de de escolha, mas o melhor para a<br />

nossa vi<strong>da</strong> é fazer a sua vontade.<br />

<br />

ao mundo para ser propagador de vi<strong>da</strong>.<br />

<br />

ao mundo para viver para sempre.<br />

<br />

ao mundo em estado de felici<strong>da</strong>de,<br />

porém, o pecado o afastou de Deus.<br />

<br />

Ponto alto e ponto baixo<br />

<strong>da</strong> semana. Neste momento, sentado<br />

em círculo, o professor cristão pergunta<br />

pelo ponto alto e ponto baixo <strong>da</strong> sema-


na. Ca<strong>da</strong> aluno responderá com o que de<br />

melhor aconteceu na sua semana e o que<br />

de pior aconteceu. Com isso, todos saberão<br />

o que agradecer a Deus e o que pedir<br />

na oração que vai <strong>da</strong>r início ao encontro.<br />

Exaltação: Momento de adoração<br />

a Deus, podendo ser conduzido por<br />

alguém tocando algum instrumento. É<br />

importante ter algumas cópias <strong>da</strong> música<br />

em questão para que não venha constranger<br />

um visitante ou um novo irmão<br />

na fé. Este momento pode ser composto<br />

por mais de um hino. Mas, cui<strong>da</strong>do para<br />

não tomar todo o tempo com o louvor.<br />

Estudo do texto bíblico<br />

do dia. Sair <strong>da</strong> sala e procurar um<br />

local calmo para que todos se sentem,<br />

talvez debaixo de uma árvore. Contemplar<br />

a criação: árvore, pássaro,<br />

céu, ser humano etc. Em segui<strong>da</strong>, ler<br />

o texto bíblico <strong>da</strong> lição. Ca<strong>da</strong> aluno lê<br />

um versículo. Debater por que, apesar<br />

de Deus ter feito tudo perfeito, haver<br />

tanta mal<strong>da</strong>de entre as pessoas, e por<br />

que o ser humano vive em conito<br />

com a natureza, destruindo-a.<br />

Evangelismo: Momento de colocar<br />

em prática o que foi aprendido.<br />

Fazer um desao: após o culto, os alunos<br />

farão uma limpeza, inicialmente<br />

dentro do patrimônio, e depois no<br />

quarterão onde se encontra a igreja,<br />

para retirar lixo e separá-lo para reciclagem.<br />

Destacar a separação do plástico,<br />

que se depositado na natureza,<br />

demorará até 400 anos para degenerar.<br />

Orientar os alunos para que orientem<br />

a família, amigos e vizinhos sobre<br />

a prática <strong>da</strong> separação do lixo.<br />

<br />

1 Arrumar os bancos<br />

ou cadeiras na disposição de círculo.<br />

Iniciar com a dinâmica do “ponto alto<br />

e ponto baixo” <strong>da</strong> semana. Após as<br />

respostas, conduzir um momento de<br />

oração pelas necessi<strong>da</strong>des levanta<strong>da</strong>s<br />

pela dinâmica.<br />

2 Exaltação: Pedir que os alunos<br />

quem de pé para o canto de alguns<br />

louvores. Entregar cópia <strong>da</strong>s músicas<br />

para todos, sem excluir ninguém. É<br />

importante que este momento seja<br />

de adoração ao Senhor Jesus. Tentar<br />

contagiar os alunos com a própria<br />

participação. Para tanto, o professor<br />

deve evitar ativi<strong>da</strong>de paralela como<br />

conversas, leituras de revistas, atenção<br />

exagera<strong>da</strong> ao relógio etc.<br />

3 É o momento do<br />

estudo proposto. Sair com os alunos <strong>da</strong><br />

sala de aula para um lugar fresco e com<br />

material para sentar ao ar livre e contemplar<br />

a natureza. Debaixo de uma árvore<br />

pode ser um ótimo local. Ler o texto bíblico<br />

junto com os alunos, pedindo que<br />

ca<strong>da</strong> um leia um versículo, na forma de<br />

rodízio. Ler o texto inteiro proposto na<br />

revista do aluno. Após a leitura bíblica,<br />

contemplar a natureza em volta, apon-<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 13


tando to<strong>da</strong> a criação de Deus. Apresentar<br />

os principais temas, como:<br />

<br />

<strong>da</strong> terra (Gn 2.7).<br />

<br />

para formar o ser humano. Este ser humano,<br />

após a morte espiritual, irá voltar<br />

para o pó <strong>da</strong> terra.<br />

<br />

vi<strong>da</strong>, tornando-se alma vivente (Gn 2.7).<br />

<br />

os animais, tem uma alma (sopro de<br />

vi<strong>da</strong>). O que o difere dos animais é o<br />

espírito.<br />

<br />

man<strong>da</strong>va o trabalho do homem e <strong>da</strong><br />

mulher (Gn 2.5).<br />

<br />

motivo disto é que ain<strong>da</strong> não havia ser<br />

humano para lavrar o solo.<br />

<br />

e colocou nele o ser humano que acabara<br />

de criar (Gn 2.8).<br />

<br />

Éden, Adão e Eva precisavam cui<strong>da</strong>r e<br />

ordenar tudo o que Deus zera.<br />

<br />

mano (Gn 2.9). O Pai celestial sempre<br />

14<br />

ATITUDE PROFESSOR<br />

deu liber<strong>da</strong>de para que ca<strong>da</strong> pessoa pudesse<br />

escolher o que queria <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />

<br />

2.10). Desde a criação se vê como Deus<br />

trabalha estrategicamente. Tinha um<br />

rio que regava o jardim e que se dividia<br />

em quatro braços, indicando que<br />

“abrangia os quatro cantos <strong>da</strong> terra”.<br />

<br />

para ser propagador de vi<strong>da</strong>, e para viver<br />

para sempre (Gn 1.28 e 2.15). O<br />

homem não foi criado eterno, mas cabia<br />

a ele decidir se queria a eterni<strong>da</strong>de,<br />

bastando, para isso, comer <strong>da</strong> árvore <strong>da</strong><br />

vi<strong>da</strong>. Desde o início, Deus nunca proibiu<br />

o casal de comer <strong>da</strong> árvore <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />

<br />

estado de felici<strong>da</strong>de. Deus estava feliz<br />

com a sua criação. A avaliação divina<br />

foi que tudo era bom.<br />

4 Evangelismo: Conscientização<br />

do cui<strong>da</strong>do que o ser humano precisa ter<br />

com o meio ambiente (criação de Deus).<br />

Reunir a classe e caminhar com eles pelo<br />

pátio <strong>da</strong> igreja procurando lixo para recolher<br />

(copos descartáveis, papel de bala, latas,<br />

garrafas plásticas etc.). Fazer uma coleta<br />

seletiva, separando ca<strong>da</strong> tipo de lixo<br />

para reciclagem. Orientar a turma para<br />

que compartilhe esta perspectiva com os<br />

pais, amigos e vizinhos. Cui<strong>da</strong>r do planeta<br />

é ser bom mordomo <strong>da</strong> criação que<br />

Deus fez para a humani<strong>da</strong>de.


SUGESTÕES DIDÁTICAS<br />

<br />

Plano de aula 3<br />

O ser humano desvia-se<br />

do propósito de Deus<br />

Texto bíblicoTexto áureo – Gênesis 3.6,7<br />

<br />

Professor, você é o líder-espelho deste<br />

grupo. Esta lição destaca o ser humano<br />

desviando-se do propósito de Deus.<br />

Sabendo que devemos ser o exemplo,<br />

que a nossa prática é tão importante quanto<br />

a nossa retórica (fala), convido ca<strong>da</strong><br />

professor a orar ao Senhor e pedir para que<br />

ele dê força para se afastar de tudo que o<br />

desagra<strong>da</strong>. Para que você possa ser bênção<br />

na vi<strong>da</strong> dos jovens <strong>da</strong> sua igreja.<br />

<br />

<br />

tou de Deus.<br />

<br />

tentados.<br />

<br />

quando nos vem dúvi<strong>da</strong> sobre a Palavra<br />

de Deus.<br />

<br />

ção quando não nos satisfazemos com<br />

aquilo que o Senhor nos tem <strong>da</strong>do.<br />

<br />

tação quando <strong>da</strong>mos ouvidos aos desejos<br />

e à perspectiva <strong>da</strong> natureza humana.<br />

<br />

mem poderiam vencer a tentação,<br />

pois estavam sem quaisquer vícios.<br />

<br />

humano tem solução pelo sangue do<br />

Cordeiro.<br />

<br />

lher viria o Salvador Jesus Cristo.<br />

<br />

Iremos repetir o procedimento<br />

metodológico do encontro anterior<br />

dos quatro Es (4Es). Os quatro “Es”<br />

(encontro, exaltação, edi cação e<br />

evangelismo) funcionam como diretriz<br />

para o professor apresentar o<br />

tema proposto de forma leve e participativa.<br />

Este método é importante<br />

pela exibili<strong>da</strong>de e conduz o aluno a<br />

participar de forma natural e espontânea.<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 15


O momento de Encontro é o momento<br />

de integração de todos. Por isso,<br />

é importante fazer uma pergunta de<br />

quebra-gelo para que todos se envolvam.<br />

Neste instante de descontração se<br />

faz o preparo por meio de uma simples<br />

frase: “Vamos adorar ao Senhor?”<br />

O segundo momento é o <strong>da</strong> exaltação,<br />

quando todos os alunos estão voltados<br />

para a adoração a Deus por meio<br />

dos cânticos entoados. É preparo para<br />

a audição e estudo <strong>da</strong> Palavra de Deus.<br />

O momento de edicação é o momento<br />

do estudo <strong>da</strong> Palavra. É importante,<br />

então, apresentar os objetivos<br />

anteriormente destacados.<br />

Usar a estratégia de perguntas sobre<br />

o que mais chamou atenção no<br />

texto <strong>da</strong> <strong>Bíblia</strong> lido e, em segui<strong>da</strong>, no<br />

decorrer <strong>da</strong> discussão, apontar os objetivos<br />

um a um para produzir a reexão<br />

entre os alunos.<br />

O último momento é o do evangelismo.<br />

Ele é responsável pela convocação<br />

em direção à prática de todos os princípios<br />

espirituais estu<strong>da</strong>dos na lição em<br />

questão. Enfatizar bastante a necessi<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> prática para que aconteça o crescimento<br />

espiritual de ca<strong>da</strong> aluno.<br />

16<br />

<br />

Reunir o grupo de alunos<br />

na forma de um círculo. Eles ain<strong>da</strong><br />

estão sentados. Fazer uma pergunta<br />

sobre coisas importantes que aconteceram<br />

durante a semana que os deixou<br />

ATITUDE PROFESSOR<br />

alegres. Orar agradecendo ao Senhor<br />

as bênçãos recebi<strong>da</strong>s. Fazer deste momento<br />

um instrumento de interação<br />

para que todos os alunos se sintam à<br />

vontade para perguntar e participar<br />

<strong>da</strong> aula no momento de edicação.<br />

Exaltação: Cantar um ou dois cânticos<br />

para que todos compreen<strong>da</strong>m a<br />

importância de uma aula <strong>da</strong> Palavra<br />

de Deus. Estu<strong>da</strong>r a Palavra é estar na<br />

presença do próprio Deus. Pedir que<br />

todos quem em pé para se sentirem<br />

mais à vontade para adorar ao Senhor.<br />

Providenciar cópias dos louvores a<br />

serem cantados para que ninguém se<br />

sinta excluído deste momento.<br />

Fazer a leitura de Gênesis<br />

3.1-24, e repetir o versículo 7.<br />

Pedir que um aluno ore pedindo<br />

direção de Deus para o estudo.<br />

Começar com a seguinte pergunta: o<br />

que mais chamou sua atenção neste texto?<br />

Caso ninguém fale, apresentar os<br />

objetivos propostos e perguntar o que<br />

ca<strong>da</strong> aluno acha.<br />

Como o tema é eminentemente prático,<br />

lançar a questão: por que as pessoas<br />

se afastam de Deus? O que devemos<br />

fazer para nos aproximar dele? Estas<br />

perguntas, enquanto são respondi<strong>da</strong>s, já<br />

abrangem o conteúdo estu<strong>da</strong>do.<br />

Evangelismo: Reunir a turma e fazer<br />

um desao: vamos nos afastar de tudo<br />

aquilo que desagra<strong>da</strong> a Deus! Separar a


turma em duplas. Ca<strong>da</strong> dupla terá um<br />

jovem mais experiente na fé cristã.<br />

O jovem mais experiente terá o<br />

compromisso de, durante a semana,<br />

acompanhar o jovem menos experiente,<br />

visitando-o, contatando-o por telefone, e<br />

marcando pelo menos dois encontros antes<br />

que chegue o próximo domingo, para<br />

que possam conversar sobre dicul<strong>da</strong>des<br />

que fazem com ele se afaste dos propósitos<br />

de Deus para a vi<strong>da</strong> dele. Daremos o<br />

nome de mentor para o mais experiente.<br />

É sensato que os pares sejam de rapazes<br />

com rapazes e moças com moças. O<br />

mentor deverá, acima de tudo, orar pelo<br />

jovem menos experiente.<br />

No domingo seguinte, o educador<br />

pode pedir para que contem suas experiências<br />

de cui<strong>da</strong>r e ser cui<strong>da</strong>do. O<br />

foco precisa ser no cui<strong>da</strong>do para com<br />

o próximo.<br />

<br />

Qual seria a origem do pecado é uma<br />

pergunta que certamente nos surge. Seria<br />

Deus o autor do pecado? O autor do<br />

pecado, conforme a narrativa bíblica e<br />

as demais narrativas existentes, seria um<br />

ser externo ao ser humano, geralmente<br />

caracterizado por uma serpente. O<br />

Novo Testamento vai explicitar ain<strong>da</strong><br />

mais, indicando que a serpente era Satanás.<br />

Mas não foi Deus que criou Satanás?<br />

Sim, mas ele foi criado livre para<br />

agir, obedecer e desobedecer. A escolha<br />

é a ocasião do pecado.<br />

Vale ressaltar que o ser humano tem<br />

esta mesma capaci<strong>da</strong>de de escolha, o<br />

que não nos permite transferir para Satanás<br />

to<strong>da</strong> a culpa de nosso pecado. Precisamos<br />

assumir nossa responsabili<strong>da</strong>de<br />

perante Deus, pagando por nossos erros<br />

e arcando com as consequências.<br />

Aqui entra o plano de salvação, na<br />

pessoa de Cristo. Nele assumimos nossa<br />

culpa pelos pecados cometidos por ele,<br />

o castigo é pago, mas as consequências<br />

de nossos erros permanecem conosco.<br />

Talvez essa seja a grande lição <strong>da</strong> narrativa<br />

<strong>da</strong> que<strong>da</strong> do ser humano. Satanás<br />

trabalha para destruir o que Deus fez,<br />

mas cabe ao ser humano, por livre escolha,<br />

decidir o que quer para sua vi<strong>da</strong>;<br />

não só escolher o que quer, mas também<br />

assumir as implicações de sua escolha.<br />

O fato do ser humano ter sido expulso<br />

do paraíso não indica que Deus<br />

o abandonou, mas, sim, que o ser humano,<br />

por sua escolha, teria de sofrer as<br />

consequências de seu pecado. Isto nos<br />

leva a reetir se antes de reclamar com<br />

Deus <strong>da</strong> situação em que vivemos, antes<br />

de culpar a Deus pela degra<strong>da</strong>ção humana,<br />

ou mesmo antes de culpar a Satanás<br />

pelos males existentes, não precisaríamos<br />

avaliar nossa responsabili<strong>da</strong>de?<br />

Por que tanta violência? Por que a<br />

fome? Por que o desequilíbrio ecológico?<br />

Outra questão interessante é a permissão<br />

que Satanás tem para trabalhar<br />

em uma obra destruidora. Nos planos<br />

de Deus, há lugar para a ação de Satanás,<br />

mas estas ações se reverterão contra<br />

ele mesmo no nal.<br />

1 O TRIMESTRE – 2013 17

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