Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça
Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça
Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
P R O V E D O R D E J U S T I Ç A<br />
respetivos <strong>de</strong>monstram, sem margem para equívoco ou dúvida, a<br />
ina<strong>de</strong>quação ou insuficiência das medidas fixadas para a prevenção e<br />
redução <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong>.<br />
Tais medidas reconduzem-se, amiú<strong>de</strong>, a advertências <strong>de</strong>ixadas ao<br />
responsável contra as emissões rui<strong>do</strong>sas <strong>de</strong>sproporcionadas ou lesivas<br />
<strong>do</strong> <strong>de</strong>scanso <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res. Usam-se fórmulas genéricas,<br />
reiteradamente reproduzidas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da natureza e duração<br />
<strong>do</strong> evento. Falta a especificação <strong>de</strong> condições concretas, com o objetivo<br />
<strong>de</strong> precaver ou controlar a incomodida<strong>de</strong> imputada à ativida<strong>de</strong> rui<strong>do</strong>sa,<br />
pon<strong>de</strong>radas as suas caraterísticas e as circunstâncias em que ocorre.<br />
Não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> <strong>no</strong>s surpreen<strong>de</strong>r, pela negativa, o registo <strong>de</strong> numerosas<br />
licenças que não especificam suficientemente a própria ativida<strong>de</strong> ou<br />
evento rui<strong>do</strong>so. Observou-se, ainda, um número restrito <strong>de</strong> câmaras<br />
municipais que afirmam ter <strong>de</strong>feri<strong>do</strong> licenças especiais, pese embora <strong>no</strong>s<br />
enviem cópias <strong>de</strong> alvarás <strong>de</strong> licença <strong>de</strong> recinto, ou meras guias<br />
contabilísticas ou outros <strong>do</strong>cumentos que não reproduzem nem a licença<br />
nem o alvará <strong>de</strong> licença especial <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> (ex. <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> <strong>de</strong>ferimento<br />
exara<strong>do</strong> sobre o próprio requerimento da licença).<br />
O número <strong>de</strong> câmaras municipais que <strong>de</strong>clara ter promovi<strong>do</strong> ações <strong>de</strong><br />
fiscalização <strong>do</strong> cumprimento das condições licenciadas é muito reduzi<strong>do</strong>.<br />
Note-se que, algumas <strong>de</strong> entre estas, tão-pouco fixam verda<strong>de</strong>iras<br />
medidas <strong>de</strong> prevenção e redução <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong>, como se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong> da<br />
apreciação <strong>do</strong>s alvarás cujas cópias exibem. Na apreciação <strong>de</strong>ste item<br />
(ponto 2.4.), estimou-se a totalida<strong>de</strong> das câmaras municipais que afirma<br />
ter leva<strong>do</strong> a cabo ações <strong>de</strong> fiscalização, abstrain<strong>do</strong>-se da natureza das<br />
<strong>Boas</strong> <strong>Práticas</strong> <strong>no</strong> <strong>Controlo</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> Ruí<strong>do</strong><br />
Prove<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong>, 2013<br />
73