24.09.2013 Views

Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça

Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça

Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

P R O V E D O R D E J U S T I Ç A<br />

custos com a medição, a <strong>de</strong>slocação e a remuneração <strong>do</strong>s peritos e outras<br />

<strong>de</strong>spesas com materiais, equipamentos e <strong>de</strong>spesas administrativas. A<br />

Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Miranda <strong>do</strong> Corvo <strong>de</strong>clara cobrar € 30,00 e ainda as<br />

<strong>de</strong>spesas com a empresa que presta o serviço. Em alguns casos, a taxa<br />

engloba uma componente fixa e uma componente variável.<br />

O Prove<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong> já tomou posição sobre a exigência <strong>do</strong> <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong><br />

uma caução nestas situações, na Recomendação n.º 13/A/2010, dirigida à<br />

Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> São João da Ma<strong>de</strong>ira, argumentan<strong>do</strong> não po<strong>de</strong>rem os<br />

municípios restaurar por regulamento uma condição abolida por regulamento<br />

<strong>de</strong> nível superior (artigo 241.º da Constituição) e, por maioria <strong>de</strong> razão,<br />

através <strong>de</strong> ato legislativo.<br />

65<br />

Enten<strong>de</strong> o Prove<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong> que não é <strong>de</strong> admitir que um município<br />

pretenda transferir para os particulares queixosos os custos <strong>de</strong> uma tarefa<br />

pública que lhe compete. A questão é <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m pública e não apenas<br />

privada.<br />

Além <strong>do</strong> mais, fazer recair sobre os interessa<strong>do</strong>s o ónus da prova <strong>do</strong> ilícito,<br />

seria introduzir um fator <strong>de</strong> injustiça social extremamente pe<strong>no</strong>so. Com efeito,<br />

só os reclamantes que dispusessem <strong>de</strong> recursos financeiros para custear as<br />

<strong>de</strong>spesas com o ensaio acústico po<strong>de</strong>riam ver atendidas as suas<br />

interpelações aos municípios. Ao invés, os mais <strong>de</strong>sfavoreci<strong>do</strong>s seriam<br />

priva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um direito que a to<strong>do</strong>s assiste por igual.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, confiar à entida<strong>de</strong> explora<strong>do</strong>ra a realização <strong>de</strong> medições<br />

oferece me<strong>no</strong>res garantias <strong>de</strong> imparcialida<strong>de</strong>, abre portas a que venha o<br />

<strong>Boas</strong> <strong>Práticas</strong> <strong>no</strong> <strong>Controlo</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> Ruí<strong>do</strong><br />

Prove<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong>, 2013

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!