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Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça

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P R O V E D O R D E J U S T I Ç A<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> conceptual para a não operacionalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r cometi<strong>do</strong> às<br />

entida<strong>de</strong>s fiscaliza<strong>do</strong>ras.<br />

Note-se que um conceito semelhante (da<strong>no</strong> substancial) é usa<strong>do</strong> <strong>no</strong> Código<br />

Penal, o que fala por si. Parece exigir-se uma lesão ou perigo <strong>de</strong> lesão <strong>de</strong> nível<br />

criminal para justificar medidas correntes <strong>de</strong> polícia administrativa.<br />

Talvez contribuísse para o incremento da eficácia na aplicação <strong>do</strong> regime a<br />

expressa consignação <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar a suspensão da ativida<strong>de</strong>, nas<br />

situações em que a ativida<strong>de</strong> permanente não se conforme com os pertinentes<br />

requisitos acústicos. Isto, abstrain<strong>do</strong> da pon<strong>de</strong>ração da gravida<strong>de</strong> <strong>do</strong> da<strong>no</strong> para<br />

a saú<strong>de</strong> humana e o bem-estar da população. Deveria bastar o prejuízo para a<br />

tranquilida<strong>de</strong> pública, sustenta<strong>do</strong> <strong>no</strong> <strong>de</strong>srespeito <strong>do</strong>s parâmetros estabeleci<strong>do</strong>s<br />

na lei. À Administração Pública seria concedi<strong>do</strong> o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar o<br />

encerramento <strong>do</strong> estabelecimento, a interdição da ativida<strong>de</strong> ou a restrição <strong>do</strong><br />

horário.<br />

Crê-se, por fim, ser pon<strong>de</strong>rar o aditamento <strong>de</strong> uma <strong>no</strong>rma que fizesse<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r o reinício da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autorização expressa da entida<strong>de</strong> com<br />

po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> superintendência técnica, não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> esta ser concedida<br />

enquanto não fosse feita prova bastante da conformida<strong>de</strong> com o Regulamento<br />

Geral <strong>do</strong> Ruí<strong>do</strong>. Esta solução compagina-se com o carater provisório das<br />

medidas <strong>de</strong> polícia e com o princípio da correção na fonte <strong>do</strong>s da<strong>no</strong>s ao<br />

ambiente, que impõe o <strong>de</strong>ver <strong>do</strong> polui<strong>do</strong>r, enquanto fonte subjetiva ou causa<strong>do</strong>r<br />

da poluição, modificar a sua conduta, expurgan<strong>do</strong>-a <strong>de</strong> ações lesivas <strong>do</strong><br />

ambiente ou retifican<strong>do</strong>-a <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a reduzir ao mínimo a agressão ambiental.<br />

Do mesmo passo, importaria <strong>de</strong>finir pressupostos <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> medidas<br />

suspensivas das ativida<strong>de</strong>s gera<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> ilícito, sem precedência <strong>de</strong><br />

<strong>Boas</strong> <strong>Práticas</strong> <strong>no</strong> <strong>Controlo</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> Ruí<strong>do</strong><br />

Prove<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong>, 2013<br />

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