24.09.2013 Views

Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça

Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça

Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

P R O V E D O R D E J U S T I Ç A<br />

se com a emissão <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> termos <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong>. Ficou já <strong>de</strong>monstrada a escassez <strong>do</strong>s meios huma<strong>no</strong>s e<br />

técnicos afetos à fiscalização da legislação <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong>, não se encontran<strong>do</strong> a<br />

larga maioria <strong>do</strong>s municípios provi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> recursos idóneos ao exercício <strong>de</strong> uma<br />

pronta fiscalização.<br />

Em face <strong>do</strong> exposto, sugere-se que seja pon<strong>de</strong>rada uma solução legal que<br />

estabeleça que, em caso <strong>de</strong> queixa por incomodida<strong>de</strong> rui<strong>do</strong>sa, o responsável<br />

pelo equipamento, ativida<strong>de</strong> ou estabelecimento reclama<strong>do</strong> seja onera<strong>do</strong> com<br />

o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> fazer prova bastante <strong>do</strong>s requisitos previstos <strong>no</strong> regulamento geral<br />

<strong>do</strong> ruí<strong>do</strong>, num prazo razoável.<br />

Expira<strong>do</strong> o prazo, sem que a prova fosse apresentada, ficaria o órgão<br />

municipal vincula<strong>do</strong> a a<strong>do</strong>tar uma medida cautelar que poria termo à<br />

incomodida<strong>de</strong> e cujos efeitos perdurariam até que fosse <strong>de</strong>monstrada a<br />

improcedência <strong>do</strong> prejuízo para a tranquilida<strong>de</strong>. A <strong>no</strong>tificação da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ser feita a pertinente prova, em prazo <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>, conteria <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo a<br />

advertência <strong>de</strong> que o incumprimento implicaria a suspensão <strong>do</strong> funcionamento<br />

<strong>do</strong> equipamento, da ativida<strong>de</strong> ou <strong>do</strong> estabelecimento. De outro mo<strong>do</strong>, a inércia<br />

<strong>do</strong> promotor <strong>do</strong> incómo<strong>do</strong>, secundada pela inércia municipal, beneficiará os<br />

interesses daquele, em manifesto <strong>de</strong>trimento <strong>do</strong> que se <strong>de</strong>clara lesa<strong>do</strong>.<br />

O conceito <strong>de</strong> da<strong>no</strong> grave para a saú<strong>de</strong> humana e para o bem-estar das<br />

populações, enuncia<strong>do</strong> <strong>no</strong> artigo 27.º <strong>do</strong> Regulamento Geral <strong>do</strong> Ruí<strong>do</strong>, como<br />

pressuposto <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> medidas cautelares a ativida<strong>de</strong>s que violem as<br />

suas disposições, comporta uma margem <strong>de</strong> extrema discricionarieda<strong>de</strong> – e<br />

não <strong>de</strong> simples discricionarieda<strong>de</strong> técnica – contribuin<strong>do</strong> a sua me<strong>no</strong>r<br />

<strong>Boas</strong> <strong>Práticas</strong> <strong>no</strong> <strong>Controlo</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> Ruí<strong>do</strong><br />

Prove<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong>, 2013<br />

45

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!