Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça
Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça
Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
P R O V E D O R D E J U S T I Ç A<br />
melhor seria <strong>de</strong> qualificar na lei como ruí<strong>do</strong> <strong>do</strong>méstico, porque justamente na<br />
charneira entre a esfera pública e a esfera privada, constitui um campo<br />
privilegia<strong>do</strong> para os serviços públicos <strong>de</strong> mediação, cuja ativida<strong>de</strong>, em caso<br />
algum, po<strong>de</strong> impedir o recurso aos tribunais.<br />
VII<br />
Si<strong>no</strong>s e amplifica<strong>do</strong>res so<strong>no</strong>ros<br />
84) Se bem que assumin<strong>do</strong> uma expressão pouco significativa <strong>no</strong> universo das<br />
queixas por ruí<strong>do</strong>, não <strong>de</strong>vem ser me<strong>no</strong>sprezadas as reclamações por<br />
incomodida<strong>de</strong> imputada ao toque <strong>de</strong> si<strong>no</strong>s em igrejas ou torres próprias, com<br />
efeitos sensíveis em zonas habitacionais. As queixas apresentadas têm por<br />
objeto, quase sempre, o perío<strong>do</strong> <strong>no</strong>tur<strong>no</strong> e estão associadas à instalação <strong>de</strong><br />
emissores e amplifica<strong>do</strong>res so<strong>no</strong>ros nas torres sineiras.<br />
85) Não se po<strong>de</strong> ig<strong>no</strong>rar a importância que a balada <strong>do</strong>s si<strong>no</strong>s assume para a<br />
comunida<strong>de</strong> local (religiosa ou simplesmente civil), ao transmitir uma<br />
mensagem que se faz representar por meio <strong>de</strong> algum som ou toque especial.<br />
Os si<strong>no</strong>s assinalam o passar das horas, convocam à oração, invocam<br />
momentos festivos ou fúnebres e são uma expressão <strong>do</strong> exercício da liberda<strong>de</strong><br />
religiosa (artigo 41.º da Constituição).<br />
86) A intervenção <strong>do</strong> Prove<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong> tem procura<strong>do</strong> fomentar o diálogo <strong>do</strong>s<br />
lesa<strong>do</strong>s com as autorida<strong>de</strong>s eclesiásticas. Embora alheias à jurisdição <strong>de</strong>ste<br />
<strong>Boas</strong> <strong>Práticas</strong> <strong>no</strong> <strong>Controlo</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> Ruí<strong>do</strong><br />
Prove<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong>, 2013<br />
32