Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça
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P R O V E D O R D E J U S T I Ç A<br />
fomentar a colaboração das forças policiais. Saúda-se a prática <strong>de</strong> dar a<br />
conhecer à autorida<strong>de</strong> policial o teor <strong>de</strong> todas as licenças especiais <strong>de</strong><br />
ruí<strong>do</strong> emitidas, alertan<strong>do</strong> para a ocorrência <strong>do</strong> evento rui<strong>do</strong>so e as<br />
condições impostas. A i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> responsável pelo evento e <strong>do</strong> seu<br />
contacto telefónico parece-<strong>no</strong>s, também, benéfica por permitir o melhor<br />
controlo da incomodida<strong>de</strong> em caso <strong>de</strong> reclamação.<br />
Seria <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>rar a atribuição <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res à polícia municipal e,<br />
eventualmente, à policia <strong>de</strong> segurança pública, secundada <strong>de</strong> ações <strong>de</strong><br />
formação, em or<strong>de</strong>m a que possam or<strong>de</strong>nar a imediata diminuição ou a<br />
cessação da incomodida<strong>de</strong>, em especial <strong>no</strong> perío<strong>do</strong> <strong>no</strong>tur<strong>no</strong>, à<br />
semelhança <strong>do</strong> que suce<strong>de</strong> <strong>no</strong> <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong> <strong>de</strong> vizinhança. Não só o<br />
ruí<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> pelas ativida<strong>de</strong>s temporárias assume maior expressão e<br />
<strong>no</strong>torieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> que o habitual ruí<strong>do</strong> <strong>de</strong> vizinhança, pelo que será mais<br />
facilmente i<strong>de</strong>ntificável, como é mais amplo o leque <strong>do</strong>s potenciais<br />
afeta<strong>do</strong>s (em especial quan<strong>do</strong> as ativida<strong>de</strong>s rui<strong>do</strong>sas se <strong>de</strong>senvolvam em<br />
espaços abertos, ao ar livre). 53<br />
Seria, <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong>, <strong>de</strong> fomentar a aplicação da medida <strong>de</strong><br />
suspensão da ativida<strong>de</strong> rui<strong>do</strong>sa pela autorida<strong>de</strong> policial, quan<strong>do</strong> se<br />
verifique que a ativida<strong>de</strong> temporária não foi licenciada ou é realizada em<br />
<strong>de</strong>srespeito <strong>do</strong>s condicionalismos estabeleci<strong>do</strong>s na licença especial <strong>de</strong><br />
53 É sobretu<strong>do</strong> nas situações em que os eventos rui<strong>do</strong>sos se <strong>de</strong>senrolam ao ar livre que o prejuízo<br />
para a tranquilida<strong>de</strong> pública assume maior gravida<strong>de</strong>, por ser mais difícil a imposição <strong>de</strong><br />
condicionantes à propagação <strong>do</strong> som, na ausência <strong>de</strong> barreiras acústicas. Assim, a Câmara <strong>de</strong><br />
Arraiolos informa não prever medidas <strong>de</strong> prevenção <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong> por a ativida<strong>de</strong> se realizar ao ar<br />
livre.<br />
<strong>Boas</strong> <strong>Práticas</strong> <strong>no</strong> <strong>Controlo</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> Ruí<strong>do</strong><br />
Prove<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong>, 2013<br />
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