Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça
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P R O V E D O R D E J U S T I Ç A<br />
que são aponta<strong>do</strong>s na sua origem, algo que o reclamante ou queixoso <strong>de</strong>ve<br />
especificar, por escrito.<br />
III<br />
Ativida<strong>de</strong>s rui<strong>do</strong>sas temporárias<br />
31) A licença especial <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> (artigo 15.º <strong>do</strong> Regulamento Geral <strong>do</strong> Ruí<strong>do</strong>) não<br />
po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como a alienação municipal da tranquilida<strong>de</strong> pública,<br />
mediante a liquidação <strong>de</strong> uma taxa. O facto <strong>de</strong> a licença conferir licitu<strong>de</strong> a uma<br />
ativida<strong>de</strong> que, <strong>de</strong> outro mo<strong>do</strong>, representaria uma infração contraor<strong>de</strong>nacional,<br />
não permite per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista o seu caráter excecional.<br />
32) De outro mo<strong>do</strong>, corre-se o risco <strong>de</strong> a taxa a liquidar por conta da licença<br />
especial <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> estimular o seu <strong>de</strong>ferimento multiplica<strong>do</strong>, a fim <strong>de</strong> angariar<br />
receitas públicas, mas sem contrapartidas para os lesa<strong>do</strong>s.<br />
33) O <strong>de</strong>ferimento <strong>de</strong> licenças especiais <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong>, ainda que em estrita<br />
conformida<strong>de</strong> com a lei, não isenta os municípios da eventual responsabilida<strong>de</strong><br />
civil por prejuízos imputa<strong>do</strong>s a sacrifícios especial e a<strong>no</strong>rmalmente impostos.<br />
Logo que um tribunal con<strong>de</strong>ne um município com fundamento <strong>no</strong> artigo 16.º da<br />
Lei n.º 67/2007, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, seguir-se-á, provavelmente, um aumento<br />
exponencial <strong>de</strong> ações administrativas comuns propostas com pedi<strong>do</strong> e causa<br />
<strong>de</strong> pedir semelhantes.<br />
<strong>Boas</strong> <strong>Práticas</strong> <strong>no</strong> <strong>Controlo</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> Ruí<strong>do</strong><br />
Prove<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong>, 2013<br />
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