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Boas Práticas no Controlo Municipal do Ruído - Provedor de Justiça

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P R O V E D O R D E J U S T I Ç A<br />

todas as ações com um efeito lesivo <strong>no</strong> ambiente <strong>de</strong>vem ser<br />

consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> forma antecipada.<br />

A ausência <strong>de</strong> um procedimento <strong>de</strong> controlo prévio <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

poluentes, <strong>de</strong>signadamente <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s rui<strong>do</strong>sas, é suscetível <strong>de</strong><br />

comprometer o princípio da prevenção consagra<strong>do</strong> <strong>no</strong> artigo 3.º da Lei <strong>de</strong><br />

Bases <strong>do</strong> Ambiente on<strong>de</strong> se estipula que<br />

«as atuações com efeitos imediatos ou a prazo <strong>no</strong> ambiente <strong>de</strong>vem ser<br />

consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> forma antecipativa, reduzin<strong>do</strong> ou eliminan<strong>do</strong> as causas,<br />

prioritariamente à correção <strong>do</strong>s efeitos <strong>de</strong>ssas ações ou ativida<strong>de</strong>s suscetíveis<br />

<strong>de</strong> alterarem a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ambiente, sen<strong>do</strong> o polui<strong>do</strong>r obriga<strong>do</strong> a corrigir ou<br />

recuperar o ambiente, suportan<strong>do</strong> os encargos daí resultantes, não lhe sen<strong>do</strong><br />

permiti<strong>do</strong> continuar a ação poluente.»<br />

A aplicação <strong>do</strong> regime <strong>do</strong> Licenciamento Zero suscita especiais<br />

objeções, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a escassez <strong>de</strong> recursos huma<strong>no</strong>s que impe<strong>de</strong> os<br />

serviços municipais, na maioria, <strong>de</strong> reforçar o exercício <strong>do</strong>s po<strong>de</strong>res <strong>de</strong><br />

fiscalização sobre as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços. Ora, o défice<br />

<strong>no</strong> exercício da fiscalização compromete a reintegração da legalida<strong>de</strong> e a<br />

responsabilização <strong>do</strong>s infratores.<br />

Outra das objeções pren<strong>de</strong>-se com as restrições orçamentais <strong>do</strong>s<br />

municípios que não se compa<strong>de</strong>cem com investimentos avulta<strong>do</strong>s, em<br />

face da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>tar cada um <strong>do</strong>s fiscais com o acesso, <strong>no</strong><br />

<strong>de</strong>curso da fiscalização, à informação disponibilizada <strong>no</strong> balcão<br />

eletrónico. Por outro la<strong>do</strong>, questiona-se se a criação <strong>do</strong> balcão eletrónico<br />

<strong>Boas</strong> <strong>Práticas</strong> <strong>no</strong> <strong>Controlo</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> Ruí<strong>do</strong><br />

Prove<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong>, 2013<br />

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