FINANÇAS PÚBLICAS CURVA DE LAFFER A Curva de Laffer ...

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Professor: Sérgio Ricardo de Brito Gadelha Email: professor.sergio.gadelha@gmail.com Sítio eletrônico: http://srbgadelha.wordpress.com (ESAF/AFC/STN-2002) - Considere A = poupança privada; B = investimento privado; C = poupança externa; e D = déficit público. Com base nas identidades macroeconômicas básicas, é correto afirmar que: a) D = C - A b) D = A - B + C c) D = C - B d) D = B - C e) D = - A - B – C Solução: a resposta é a letra “b”. Define-se déficit público como o excesso da poupança D = S − I + S . privada sobre o investimento privado, mais a poupança externa: g ( p p ) e MEDIDAS DE DÉFICIT PÚBLICO: CRITÉRIOS “ACIMA DA LINHA” E “ABAIXO DA LINHA” No estudo das finanças públicas, os conceitos de déficit público são ajustados para captar e separar os efeitos de variáveis econômicas como taxa de juros, nível geral de preços e nível de atividade econômica. Existem dois critérios de cálculos. Quando se mede o déficit público com base na execução orçamentária das entidades que o geram, isto é, diretamente das receitas e despesas, usa-se o critério “acima da linha”. Nesse critério de cálculo, são explicitados os principais fluxos de receita e despesas. As estatísticas fiscais desagregadas, que apresentam as variáveis de receita e despesa, são chamadas “acima da linha”. Por outro lado, em virtude de problemas de controle dos gastos e de contabilização, tem-se o critério “abaixo da linha”, o que mede o tamanho do déficit público pelo lado do financiamento, isto é, pela forma como foi financiado, e não pela forma como foi gerado. A variável que mede a dimensão do desequilíbrio através da variação do endividamento público – sem que se saiba ao certo se este mudou por motivos ligados à receita ou à despesa – é denominada de estatística “abaixo da linha”. Nesse sentido, toda a variação da dívida pública deve-se à ocorrência de um déficit. Pelo critério “abaixo da linha”, observase o déficit com base na variação da dívida pública, pela ótica de seu financiamento. Este é conhecido como Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP). O Banco Central monitora, com muito maior precisão, o valor das NFSP do que o Governo monitora suas receitas e despesas. Em resumo, conforme argumenta Rezende (2001): (i) Acima da Linha: Ótica das receitas e despesas. Mede o déficit público a partir de sua geração. Órgão responsável: Secretaria do Tesouro Nacional (STN). TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – Parte integrante da obra “Macroeconomia para Concursos e Exame da Anpec – Volume III – Micro-fundamentos, Setor Público, Crescimento e Ciclos Econômicos”. É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, salvo autorização direta dos autores e da editora Campus/Elsevier. A violação dos direitos de autor (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal. 12

Professor: Sérgio Ricardo de Brito Gadelha Email: professor.sergio.gadelha@gmail.com Sítio eletrônico: http://srbgadelha.wordpress.com (ii) Abaixo da Linha: Ótica do financiamento. Analisa-se o déficit com base na variação da dívida pública, pela ótica do financiamento, por essa razão conhecido também como Necessidades de Financiamento do Setor Público (NFSP). Órgão responsável: Banco Central do Brasil (BCB). (VUNESPE/Economista/BNDES-2002) Os termos “acima da linha” e “abaixo da linha”, aplicados em relação ao déficit público no Brasil, correspondem a (A) duas definições distintas de déficit público, que se diferenciam, respectivamente, pela inclusão ou não dos pagamentos de juros pelo governo. (B) dois conceitos distintos de déficits, que se diferenciam, respectivamente, pela inclusão ou não da correção monetária paga pelo governo. (C) conceitos distintos de déficit, calculados a partir da mesma fonte de informações. (D) duas formas de medir o déficit, respectivamente, a partir de sua geração e de seu financiamento. (E) duas definições distintas de déficit público, que se diferenciam, respectivamente, pela inclusão ou não das despesas de capital do governo. Solução: a resposta é a letra “d”. Em resumo, as estatísticas fiscais que apresentam a receita e despesa são chamadas "acima da linha", enquanto a variável que mede o desequilíbrio através do endividamento público é denominada "abaixo da linha" (Feijó et al, 2007). A partir do primeiro critério, “acima da linha”, obtêm-se os seguintes conceitos de déficit público: (a) Déficit Primário (DP): Déficit Primário = Despesas Correntes não-financeiras – Receitas Correntes não-financeiras O conceito de déficit primário mostra, efetivamente, a condução da política fiscal do governo. Esse conceito não considera os gastos e ganhos advindos de operações financeiras. Em outras palavras, o déficit primário não inclui entre as despesas do governo os juros da dívida pública. Nesse conceito de déficit, estão incluídos apenas a arrecadação tributária e os gastos correntes e de investimento, e exclui do cálculo o pagamento dos juros e das amortizações da dívida pública, entre outras despesas e receitas financeiras. (b) Déficit Nominal (DN): Déficit Nominal = Déficit Primário + Juros Nominais do Estoque da Dívida Pública Déficit Nominal = Déficit Primário + Juros das dívidas interna e externa + correção monetária sobre as dívidas interna e externa TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – Parte integrante da obra “Macroeconomia para Concursos e Exame da Anpec – Volume III – Micro-fundamentos, Setor Público, Crescimento e Ciclos Econômicos”. É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, salvo autorização direta dos autores e da editora Campus/Elsevier. A violação dos direitos de autor (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal. 13

Professor: Sérgio Ricardo <strong>de</strong> Brito Ga<strong>de</strong>lha<br />

Email: professor.sergio.ga<strong>de</strong>lha@gmail.com<br />

Sítio eletrônico: http://srbga<strong>de</strong>lha.wordpress.com<br />

(ii) Abaixo da Linha: Ótica do financiamento. Analisa-se o déficit com base na variação<br />

da dívida pública, pela ótica do financiamento, por essa razão conhecido também como<br />

Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Financiamento do Setor Público (NFSP). Órgão responsável: Banco<br />

Central do Brasil (BCB).<br />

(VUNESPE/Economista/BN<strong>DE</strong>S-2002) Os termos “acima da linha” e “abaixo da linha”,<br />

aplicados em relação ao déficit público no Brasil, correspon<strong>de</strong>m a<br />

(A) duas <strong>de</strong>finições distintas <strong>de</strong> déficit público, que se diferenciam, respectivamente, pela<br />

inclusão ou não dos pagamentos <strong>de</strong> juros pelo governo.<br />

(B) dois conceitos distintos <strong>de</strong> déficits, que se diferenciam, respectivamente, pela inclusão<br />

ou não da correção monetária paga pelo governo.<br />

(C) conceitos distintos <strong>de</strong> déficit, calculados a partir da mesma fonte <strong>de</strong> informações.<br />

(D) duas formas <strong>de</strong> medir o déficit, respectivamente, a partir <strong>de</strong> sua geração e <strong>de</strong> seu<br />

financiamento.<br />

(E) duas <strong>de</strong>finições distintas <strong>de</strong> déficit público, que se diferenciam, respectivamente, pela<br />

inclusão ou não das <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> capital do governo.<br />

Solução: a resposta é a letra “d”. Em resumo, as estatísticas fiscais que apresentam a receita<br />

e <strong>de</strong>spesa são chamadas "acima da linha", enquanto a variável que me<strong>de</strong> o <strong>de</strong>sequilíbrio<br />

através do endividamento público é <strong>de</strong>nominada "abaixo da linha" (Feijó et al, 2007).<br />

A partir do primeiro critério, “acima da linha”, obtêm-se os seguintes conceitos <strong>de</strong><br />

déficit público:<br />

(a) Déficit Primário (DP):<br />

Déficit Primário = Despesas Correntes não-financeiras – Receitas Correntes não-financeiras<br />

O conceito <strong>de</strong> déficit primário mostra, efetivamente, a condução da política fiscal do<br />

governo. Esse conceito não consi<strong>de</strong>ra os gastos e ganhos advindos <strong>de</strong> operações<br />

financeiras. Em outras palavras, o déficit primário não inclui entre as <strong>de</strong>spesas do governo<br />

os juros da dívida pública. Nesse conceito <strong>de</strong> déficit, estão incluídos apenas a arrecadação<br />

tributária e os gastos correntes e <strong>de</strong> investimento, e exclui do cálculo o pagamento dos juros<br />

e das amortizações da dívida pública, entre outras <strong>de</strong>spesas e receitas financeiras.<br />

(b) Déficit Nominal (DN):<br />

Déficit Nominal = Déficit Primário + Juros Nominais do Estoque da Dívida Pública<br />

Déficit Nominal = Déficit Primário + Juros das dívidas interna e externa + correção<br />

monetária sobre as dívidas interna e externa<br />

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – Parte integrante da obra “Macroeconomia para Concursos e<br />

Exame da Anpec – Volume III – Micro-fundamentos, Setor Público, Crescimento e Ciclos Econômicos”. É<br />

proibida a reprodução total ou parcial, <strong>de</strong> qualquer forma ou por qualquer meio, salvo autorização direta dos<br />

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