EDUCAÇÃO INFANTIL: a importância da afetividade na relação ...
EDUCAÇÃO INFANTIL: a importância da afetividade na relação ...
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seja, problemas emocio<strong>na</strong>is do aluno ou algo similar. Este autor defende a ideia de que<br />
não é correto avaliar to<strong>da</strong>s as dificul<strong>da</strong>des do aluno ape<strong>na</strong>s de ordem psicossocial.<br />
Neste sentido para Nunes e Silveira (2009), <strong>na</strong> <strong>relação</strong> professor-aluno podem<br />
surgir sentimentos inconscientes que favoreçam ou não o processo de aprendizagem,<br />
aqui denomi<strong>na</strong><strong>da</strong> “situação transferencial”, o que, de acordo com Freud (1974), refere-<br />
se à experiências afetivas ocorri<strong>da</strong>s <strong>na</strong> vi<strong>da</strong> do educando, constituindo de figuras<br />
representativas <strong>da</strong> infância como o pai, a mãe ou os irmãos.<br />
De acordo com Nunes e Silveira(2009)concor<strong>da</strong>m com Freud (1974) quando<br />
afirmam que, nessa situação, o aluno revive inconscientemente, <strong>na</strong> <strong>relação</strong> professor-<br />
aluno, sentimentos significativos como amor, ódio, alegria, ansie<strong>da</strong>de e medo entre<br />
outros experimentados no passado. Embora possam surgir diferentes sentidos nos<br />
modos de agir e conviver acredita-se que permanecem as características centrais <strong>da</strong><br />
<strong>relação</strong> construí<strong>da</strong> desde a infância.<br />
Os sentimentos demonstrados ao professor pelo aluno podem ser amigáveis ou<br />
não, devendo, contudo, desvirtuar seu papel de docente. O professor precisa estar atento<br />
a fim de não aprisio<strong>na</strong>r o aluno à sua imagem, mas sim permitir que o conhecimento<br />
influencie a aprendizagem desse aluno.<br />
Aguiar e Almei<strong>da</strong> (2011) enfatizam a emergência <strong>da</strong> reconstrução dos laços <strong>na</strong><br />
<strong>relação</strong> professor-aluno. Para elas o professor abdicou de ser o referencial do aluno e<br />
com isso gerou uma crise social de papéis <strong>na</strong> escola, trazendo prejuízos para o<br />
desenvolvimento escolar <strong>da</strong> criança. Apropria<strong>da</strong>mente as autoras apontam que alguns<br />
mestres não sabem mais ou perderam de vista a <strong>importância</strong> de seus lugares <strong>na</strong> vi<strong>da</strong><br />
psíquica de seus alunos, pois sabe-se que a <strong>relação</strong> professor aluno não se sustenta<br />
somente basea<strong>da</strong> nos aspectos cognitivos, mas antes porém <strong>na</strong> <strong>importância</strong> dos aspectos<br />
afetivos que funcio<strong>na</strong>m como sustentáculos deste vínculo.<br />
Para Wallon (1975) citado por Borba e Spazziani (2005) a afetivi<strong>da</strong>de e a<br />
inteligência são duas funções que constituem a perso<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de. A afetivi<strong>da</strong>de está liga<strong>da</strong><br />
às sensibili<strong>da</strong>des inter<strong>na</strong>s e também ao mundo social. A inteligência está vincula<strong>da</strong> às<br />
sensibili<strong>da</strong>des exter<strong>na</strong>s e o mundo físico para a construção do objeto.<br />
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