a problemática do trabalho infantil: a realidade brasileira ... - Conpedi
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acaba aumentan<strong>do</strong> ainda mais os números da exclusão social, principalmente para os<br />
países periféricos, de Terceiro Mun<strong>do</strong>.<br />
Neste enfoque muitos foram os estu<strong>do</strong>s e os resulta<strong>do</strong>s sobre qual seria a principal<br />
alternativa para que esse problema tão acentua<strong>do</strong> fosse evita<strong>do</strong> ou mesmo erradica<strong>do</strong> de<br />
nosso país e de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. E se descobriu que para acabar com esse problema é<br />
preciso acabar com outros problemas interliga<strong>do</strong>s como a desigualdade social, a pobreza e<br />
a exclusão social, decorrentes <strong>do</strong> crescimento econômico acelera<strong>do</strong>, o crescimento puro e<br />
simples não basta, pois é necessário que haja um desenvolvimento equilibra<strong>do</strong>, que<br />
permita a criação de novas perspectivas de uma vida digna para os cidadãos, leia-se: uma<br />
estrutura gera<strong>do</strong>ra de saúde, moradia, educação, emprego, etc. fatores estes que são<br />
indispensáveis para se evitar a exclusão social. 20<br />
A <strong>realidade</strong> é muito chocante e acaba demonstran<strong>do</strong> que junto aos capitais<br />
tradicionais (capital comercial, capital financeiro, infra-estrutura) naturais de uma<br />
sociedade, devem estar presente o capital social e o capital humano que são de suma<br />
importância para que o ser humano consiga alguns resulta<strong>do</strong>s positivos em sua luta<br />
constante contra o buraco negro em que entrou, e <strong>do</strong> qual não consegue sair. Esses capitais<br />
são elementos qualitativos, valores partilha<strong>do</strong>s, cultura, capacidade de agir<br />
sinergeticamente, de produzir redes de cooperação volta<strong>do</strong>s para o bem comum da<br />
sociedade. 21 Trata-se, então, de um necessário movimento positivo desenvolvimentista,<br />
que conjugue to<strong>do</strong>s os fatores de crescimento.<br />
Para Schmidt, existem vários tipos de capital social na literatura internacional, mas<br />
<strong>do</strong>is possuem maior destaque; o autor refere que para a primeira “o capital social como<br />
recurso que os indivíduos possuem para acessarem recursos socialmente valoriza<strong>do</strong>s em<br />
virtude de suas relações com outras pessoas.” Ainda explica que esse capital social se dá<br />
dentro de relações ou redes mais fechadas, através de posições sociais valorizadas, cargos,<br />
riqueza, emprego, entre outras; 22 Enquanto que, para a segunda vertente, entende que o<br />
20 KLIKSBERG, Bernar<strong>do</strong>. Repensan<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> para o desenvolvimento social: superan<strong>do</strong> <strong>do</strong>gmas e<br />
convencionalismos. Traduzi<strong>do</strong> por Joaquim Ozório Pires da Silva. São Paulo: Cortez, 1998. p. 23.<br />
21 KLIKSBERG, ibidem, p. 23-24.<br />
22 SCHIMIDT, João Pedro. Exclusão, inclusão e capital social: O capital social nas ações de inclusão. In:<br />
LEAL, Rogério G; Reis, Jorge R. <strong>do</strong>s. (Org.) Direitos sociais & políticas públicas: Desafios<br />
contemporâneos. Santa Cruz <strong>do</strong> Sul: EDUNISC, 2006. t 6. p. 1760.<br />
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