Curitiba - Centro Brasil Design

Cadeira com braço produzida entre 1921 e 1923. Coleção: Museu Municipal Carlos Lampe
Armchair produced between 1921 and 1923. Collection: Museu Municipal Carlos Lampe
Even by today’s standards, Cimo is still considered very
contemporary. That is because its products made a huge
impact on the market of the time and were copied by several
companies. In response, the group eventually produced and
sold seats and seatbacks separately. The components system
demonstrated its leading position. The group was the first
in the region – and probably the country – to use glued
laminated timber in the industry and to master these expertise
and technology. The use of components in the furniture
industry is something quite recent in Brazil. The 1001 model
is still produced today and can often be found in bars and
restaurants.
Sheets of engineered wood were soon used in furniture that
required flat surfaces, as in the case of closets, tables, desks, etc.
This use replaced the traditional solution of squares of solid
wood bonded together using thinner sheets of wood. The new
material was used widely in institutional furniture. A line of
home furniture was also launched.
Highlights in the product catalog Indústrias Reunidas de
Madeira Jorge Zipperer & Cia. include a comparison between
“reinforced concrete and engineered wood”, a strategy once
again employed to add credibility to the new raw material.
Sheets of engineered wood were also ideal for the creation of
pieces in accordance with a new style trend, art deco, which
became popular in Brazil in the 30s and 40s. Thus, the formal
possibilities of this new material were explored with right
angles, geometric shapes, color contrast and studies of wood
grain design possibilities.
The pioneerism of this initial stage confirmed a synergy
between product development, investment in technology and
the definition of marketing goals. As from 1939, when the
partnership between the brothers was dissolved, the company
began a new phase.
A contemporaneidade da Cimo projeta-se até os dias de
hoje. Isso porque seus produtos causaram grande impacto
no mercado da época e foram copiados por várias empresas.
Como resposta, o grupo acabou produzindo e comercializando
assentos e encostos separadamente. O sistema de
componentes demonstrou o posicionamento à frente de seus
concorrentes. Foram os primeiros na região – e provavelmente
no país – a utilizar na indústria a madeira laminada colada
e a deter esse conhecimento e essa tecnologia. É algo muito
recente no Brasil a indústria moveleira trabalhar com
componentes. O modelo 1001 ainda hoje é reproduzido e
encontrado frequentemente em bares e restaurantes.
As chapas de madeira compensada passaram a ser usadas
nos móveis que exigiam superfícies planas, como no caso
de armários, mesas, escrivaninhas e outros. Esse uso passou
a substituir a tradicional solução dos quadros de madeira
maciça fechados com chapas de madeira mais fina. O novo
material foi amplamente empregado nos móveis institucionais.
Também foi lançada uma linha de móveis residenciais.
No catálogo Indústrias Reunidas de Madeira Jorge Zipperer &
Cia., destaca-se a comparação feita entre “o cimento armado e
a madeira compensada”, estratégia mais uma vez usada para
conferir credibilidade à nova matéria-prima.
As chapas de madeira compensada passaram também
a favorecer a criação de peças de acordo com o novo
estilo em voga, o decô, que se popularizava no Brasil nas
décadas de 1930 e 1940. Assim, passou-se a explorar as
possibilidades formais do novo material com ângulos retos,
formas geométricas, contraste de cores e a exploração das
possibilidades do desenho dos veios da madeira.
No pioneirismo dessa primeira fase, verificava-se uma sintonia
entre o desenvolvimento do produto, o investimento em
tecnologia e a definição de metas mercadológicas. A partir de
1939, quando foi desfeita a parceria entre os irmãos, a empresa
iniciava nova fase.
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