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02.09.2013 Views

Mostra Primórdios de uma ideia Bienal de 70 Exhibition Design biennials: Beginnings of an Idea The Biennial of 70 36 37 Mostra Primórdios de uma ideia Bienal de 72 Exhibition Design biennials: Beginnings of an Idea The Biennial of 72

Graphic design in Rio’s biennial exhibits The graphic design project for Rio de Janeiro’s biennial exhibits, all created by Goebel Weyne, literally merits a special note. Escaping from the image representation, the graphic scheme adopted was entirely conceived under a concept of typesetting blocks, which were exclusive and customized at each edition. Each biennial exhibit’s titles, where the filled-in and void areas had their own identity, were always bilingual, thus showing the international nature of the exhibits. The use of color acquired a unique importance, especially in the second edition, where chromatic sets resulted in different images for the poster, which had three versions, and for each section’s fliers. In the first edition, the decision to print the poster in silver, with the texts in black and only the year in red summarized the conciseness sought by the two main curators. These projects were complemented with indoor signage and all the print materials, from invitations to participation certificates, advertising materials, photographic records, and others. The end of a cycle The plans for the following biennial exhibit, to be held in 1974, included inviting Italy, Spain and Portugal, and the countries were even contacted. Unfortunately, the exhibit did not take place for cost and deadline issues raised by the guests, which hurt the Ministry of Foreign Affairs’ sponsorship of the event as a whole once there would be no international participation. There was a proposal to hold an educational exhibit in 1975 that would travel Brazil and Argentina but it never took place, and so that pioneering cycle ended. The biennial exhibits further originated the implementation of the IDI - Instituto de Desenho Industrial do MAM (MAM’s Industrial Design Institute), a pioneering entity in design research, and enabled the continuity of a project designed in collaboration with the ESDI and which, for several reasons, could not be carried out by the latter. The IDI was responsible for several educational exhibits, research into packaging, school furniture, exhibit system, and publication design, besides having promoted specialized courses across the country. Several designers worked at the IDI, always coordinated by the same team in charge of the biennial exhibits. By being held continually and for their concept and planning consistency, not to mention their success in terms of attendance, the biennial exhibits in Rio de Janeiro undoubtedly showed and proved that even in its beginnings design definitively helped build Brazilian skills in technical fields. While they were being held, we saw a constant, growing adoption of graphic design by both large Brazilian corporations and small trailblazing companies. We also found an increasing use of product design, albeit more timidly and limitedly, which surely helped definitely insert these specialties in the corporate world, thus breaking the passiveness that used to reign in earlier years. Without a shadow of a doubt, the Desenho Industrial 68, Desenho Industrial 70 and Desenho Industrial 72 biennial design exhibits held in Rio de Janeiro fulfilled their historic, pioneering roles in disseminating design as a means of culturally and industrially developing the country. They also showed that design is here to stay, and that can be seen in those years and every subsequent edition until we get to the current one, held in Curitiba in 2010. O design gráfico das bienais do Rio O projeto de design gráfico das bienais do Rio de Janeiro, todos de autoria de Goebel Weyne, merece literalmente um comentário à parte. Escapando da representação imagética, o partido gráfico adotado foi todo concebido dentro de um conceito de blocos tipográficos, exclusivos e personalizados a cada edição. Os títulos de cada Bienal, onde os cheios e os vazios tinham identidade própria, eram sempre bilíngues, evidenciando assim o caráter internacional das mostras. O emprego da cor adquiria uma importância única, especialmente na segunda edição, em que conjuntos cromáticos resultaram em imagens diversas para o cartaz, em três versões, e para os folhetos de cada setor. Na primeira edição, a decisão de imprimir o cartaz em prata, com os textos em preto e apenas o ano em vermelho resumia a concisão pretendida na mostra pela dupla de curadores principais. A esses projetos se integravam também a sinalização interna e todo material impresso, de convites a diplomas de participação, material de divulgação, documentação fotográfica e outros. O fim de um ciclo A Bienal seguinte, a ser realizada em 1974, tinha no seu planejamento o convite a Itália, Espanha e Portugal, que chegaram a ser contatados. Infelizmente, não foi realizada por questões de custos e prazos, colocados por parte dos convidados, o que prejudicou o patrocínio do evento como um todo pelo Ministério das Relações Exteriores, já que não haveria a participação internacional. Foi proposto se fazer uma exposição didática itinerante durante o ano de 1975 pelo Brasil e Argentina, que acabou não sendo realizada, encerrando-se assim esse ciclo pioneiro. As bienais ainda deram origem à implantação do IDI - Instituto de Desenho Industrial do MAM, uma entidade pioneira na pesquisa em design, dando continuidade a um projeto que foi concebido junto com a ESDI e que, por diversos motivos, não pôde ser realizado no âmbito da escola. O IDI foi responsável por diversas exposições didáticas, por pesquisas no âmbito do design de embalagens, do mobiliário escolar, de sistemas de exposição, de publicações, além de ter ministrado cursos especializados em diversos pontos do país. Por ele passaram diversos profissionais, sempre coordenados pela mesma equipe responsável pelas bienais. As bienais do Rio de Janeiro, com sua realização contínua e pela sua consistência de concepção e planejamento, além do sucesso de público, demonstraram e provaram, sem nenhuma dúvida, que mesmo no seu início o design contribuiu de forma definitiva para a construção de uma competência brasileira em áreas técnicas. Durante o período de sua realização, observamos uma constante e crescente adoção do design gráfico, tanto pelas grandes corporações nacionais como por pequenas empresas pioneiras. Constatamos também um uso crescente do design de produto, porém de forma mais tímida e limitada, o que colaborou sem dúvida para uma inclusão definitiva dessas especialidades no meio empresarial, quebrando a passividade reinante nos anos anteriores. As exposições bienais de design Desenho Industrial 68, Desenho Industrial 70 e Desenho Industrial 72, realizadas no Rio de Janeiro, sem dúvida, cumpriram o papel histórico e pioneiro de difusoras do design como meio de desenvolvimento cultural e industrial do país. Elas demonstraram também que o design veio para ficar, o que pode ser constatado nesses anos e em todas as suas versões subsequentes, até chegarmos à atual, realizada em 2010, em Curitiba. Freddy Van Camp 38 Freddy Van Camp 39

Mostra Primórdios de uma ideia<br />

Bienal de 70<br />

Exhibition <strong>Design</strong> biennials: Beginnings of an Idea<br />

The Biennial of 70<br />

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Mostra Primórdios de uma ideia<br />

Bienal de 72<br />

Exhibition <strong>Design</strong> biennials: Beginnings of an Idea<br />

The Biennial of 72

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