Curitiba - Centro Brasil Design

72 Biennial Exhibit
Desenho Industrial 72 was the last of the biennial exhibits held in Rio de Janeiro,
always taking up the entire MAM building and having the same sponsors, and its
international section was represented by Switzerland and Germany.
Switzerland brought a large exhibit organized by Pro-Helvetia in collaboration with
the Swiss labor council, especially set up for the Rio de Janeiro Biennial Exhibit.
The exhibit was designed by Wolfgang Behles and Fritz Keller, and organized by
Keller and Blackmann in collaboration with Karl Raillard and Peter Schraner. The
graphic portion was entrusted to Max Huber, famed Swiss graphic designer. In a
comprehensive manner, it showed the several ways in which design manifested itself in
the Swiss society and industry.
In turn, Germany presented a selection of products that between 1969 and 1972 had
been granted the “Gute Form Award” instituted by the then Federal Republic. The
contest was organized by the Rat für Formgebung, the German Design Council. The
exhibit was small in terms of product quantity but consistent in terms of quality. The
exhibit presented for the first time in Brazil some products made by company Braun,
which soon thereafter decided to set up an operation in the country.
The Brazilian representatives to Desenho Industrial 72 were Karl Heinz Bermiller,
Cauduro/Martino, Aloisio Magalhães, Joaquim Redig, Rafael Rodrigues, Newton
Montenegro, Livio Levi, Roberto Verschleisser and Leo Visconti, Goebel Weyne, Glaucio
Campelo, Alexandre Wollner, Jorge Zalzupin, Arnold Wolfer, Marcelo de Rezende,
Wolfgang Schoeden, Alessandro Ventura, Mario Paulo Valentim Monteiro, Sergio
Andrade, Roberto Lanari, Marilena Carvalho, David Pond, Arisio Rabin, Hugo
Kovadloff, João Calabrese, Ricardo Ohtake, Dalton Deluca, P. M. Barreira, Erasmo
de Holanda, Sonia Ramalhete, Diagraphis, Guilherme Cunha Lima, Lina Bo Bardi,
Ernesto Hauner and Carlo Fongaro.
With about 45 projects, that representation had the possibility to showcase the design
activity in Brazil in a much more comprehensive way than the previous exhibits. It
showed a significant growth in the quality and variety of designers’ interventions
in our material culture. On display, there were new coins and TV spots, including
corporate images, posters and street signage. In terms of products, it presented
bathroom fixtures, furniture, executive chairs, and subway car projects, besides a
photographic flash unit and a men’s shaver, among others. A variety of products and
messages typical of those days when Ministers Pratini de Morais, of the Industry
and Commerce, and Delfim Neto, of Finance, used to constantly make statements
encouraging Brazilian design, but now as a factor of export replacement. It was the
full-on age of the economic miracle.
In that edition, we saw a significant evolution regarding the participants. Instead
of individual talent, as it had been the case of the previous biennial exhibits, there
was a large number of designers trained in Brazil, from better structured offices and
of the design industry in our manufacturing and
business activities. The projects, too, were presented
in a more comprehensive way, especially the more
complete graphic design projects that already
hinted at a concept known today as “branding”.
Product projects also already considered the product
system concept, showing the field had matured
significantly.
The ESDI participated with two exhibitions
especially prepared by its students and faculty, a
study on the universe of work, Homens Trabalhando
(Men at Work), and another about Sinalização
Urbana (Street Signage) and its problems, thus
presenting the school’s facet concerned about the
social factor, highly fashionable at the time.
Bienal de 72
Já a Desenho Industrial 72, a última das bienais
realizada no Rio de Janeiro, sempre ocupando
a prédio do MAM em sua totalidade e com os
mesmos patrocinadores, foi representada em sua
parte internacional pela Suíça e Alemanha.
A Suíça apresentou uma ampla exposição
realizada pela Pro-Helvetia em colaboração com a
junta de trabalho suíça, especialmente constituída
para a Bienal Internacional do Rio de Janeiro. A
concepção da exposição foi de Wolfgang Behles e
Fritz Keller, e a realização de Keller e Blackmann,
em colaboração de Karl Raillard e Peter
Schraner. A parte gráfica esteve a cargo de Max
Huber, celebre gráfico suíço. Mostrava de forma
abrangente as diversas formas nas quais o design
se manifestava na sociedade e indústria suíças.
A Alemanha, por sua vez, apresentou uma seleção
dos produtos que entre os anos 1969 e 1972
receberam o “Prêmio Gute Form” instituído
então pela República Federal. A organização
desse concurso é de responsabilidade do Rat
für Formgebung, o Conselho de Design Alemão.
A mostra era pequena em número de produtos,
porém consistente em termos de qualidade. Aqui
foram apresentados pela primeira vez alguns dos
produtos da empresa Braun, que pouco tempo
depois decidiu se instalar no país.
Participaram da representação nacional na
Desenho Industrial 72, Karl Heinz Bermiller,
Cauduro/Martino, Aloisio Magalhães, Joaquim
Redig, Rafael Rodrigues, Newton Montenegro,
Livio Levi, Roberto Verschleisser e Leo Visconti,
Goebel Weyne, Glaucio Campelo, Alexandre
Wollner, Jorge Zalzupin, Arnold Wolfer, Marcelo de
Rezende, Wolfgang Schoeden, Alessandro Ventura,
Mario Paulo Valentim Monteiro, Sergio Andrade,
Roberto Lanari, Marilena Carvalho, David Pond,
Arisio Rabin, Hugo Kovadloff, João Calabrese,
Ricardo Ohtake, Dalton Deluca, P. M. Barreira,
Erasmo de Holanda, Sonia Ramalhete, Diagraphis,
Guilherme Cunha Lima, Lina Bo Bardi, Ernesto
Com cerca de 45 projetos, essa representação teve, em relação às mostras
anteriores, a possibilidade de um registro bem mais amplo da atividade do design
no Brasil. Mostrou um crescimento significativo de qualidade e de variedade
da intervenção dos profissionais de design em nossa cultura material. Foram
exibidas desde novas moedas a vinhetas para televisão, passando pelas imagens
empresariais, cartazes e sinalização pública. Em termos de produtos, foram
apresentadas louças sanitárias, mobiliário, cadeiras executivas e projetos de vagões
de metrô, além de flash fotográfico e barbeador masculino, entre outros. Uma
variedade de produtos e mensagens próprios daqueles tempos em que os ministros
Pratini de Morais, da Indústria e Comércio, e Delfim Neto, da Fazenda, davam
declarações constantes de incentivo ao design brasileiro, mas agora como fator de
substituição de exportações. Estávamos em plena era do milagre econômico.
Nessa edição, via-se uma evolução significativa nos participantes. Em vez de
talentos individuais, como era o caso das bienais anteriores, houve a presença já
numerosa de profissionais formados no Brasil, de escritórios mais estruturados e
equipes com dezenas de funcionários, indicando presença mais ampla e organizada
do setor em nossa realidade industrial e comercial. Os projetos também eram
apresentados de forma mais abrangente, especialmente os de design gráfico que,
com projetos mais completos, já vislumbravam um conceito hoje conhecido como
“branding”. Os projetos de produto também já contemplavam o conceito de sistema
de produtos, demonstrando um significativo amadurecimento da área.
A ESDI participou com duas exposições especialmente preparadas por seus
alunos e professores, um estudo versando sobre o universo do trabalho, Homens
trabalhando e outra sobre Sinalização urbana e sua problemática, apresentando
assim sua faceta preocupada com o fator social, muito em voga na época.
teams with dozens of employees, indicating a more comprehensive, organized presence
Hauner e Carlo Fongaro.
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