Curitiba - Centro Brasil Design

68 Biennial Exhibit
Desenho Industrial 68 (Industrial Design 68), an international
biennial exhibit in Rio de Janeiro, was the first major design
exhibit made in Brazil and showed our ability in terms of what
was being done in developed countries at the time. It established
references for the efforts of disseminating and democratizing
the information about design, fairly scarce then. The exhibit
included a Brazilian representation and a foreign one, each of
them encompassing two sections: industrial design and visual
communications, as product design and graphic design were
called at the time. The Brazilian representatives were José Carlos
Bornancini, João Carlos Cauduro and Ludovico Martino, Rubem
Martins, Michel Arnoult, Karl Heinz Bergmiller, Ernesto Hauner,
Ari Antonio da Rocha, Livio Levi, Roberto Verschleisser and Leo
Visconti, Antonio Maluf, Fernando Lemos, Abrahão Sanovicz,
Julio Katinsky, Aloisio Magalhães, Mario Everton Fernandez,
Alberto Reis and Luiz Carlos Doria, Alexandre Wollner, Rogério
Duarte, Goebel Weyne, Sergio Rodrigues, Norman Westwater and
Arthur Lício Pontual.
The exhibit’s international guests came from countries like the
United States, Great Britain and Canada. The criterion used to
choose the foreign representatives was based on the identity of
their language, hence the choice for English-speaking countries.
Six Brazilian entities were involved and sponsored the event:
Ministério das Relações Exteriores (the Ministry of Foreign
Affairs), Museu de Arte Moderna (the Museum of Modern Art),
Escola Superior de Desenho Industrial (the Higher Industrial
Design School), Associação Brasileira de Desenho Industrial (the
Brazilian Association of Industrial Design), Fundação Bienal de
São Paulo (São Paulo Biennial Foundation) and Confederação
Nacional da Indústria (the Brazilian Industry Confederation).
Those entities coming together already showed the pioneering
convergence of interests that included people responsible for the
industry, education, design as an occupation, the export of our
services, and the cultural and artistic dissemination of design.
Those players joined forces to disseminate a new subject and show
that that foreignism was legitimate in our country and ad the time
it was implemented.
The Brazilian representation included ten especially chosen
which ranged from personal objects and furniture to medical
and scientific devices, all the way to innovating urban vehicles.
In the field of visual programming, they ranged from packaging
to complete corporate identities. The ESDI representation was
entirely conceived by its students and presented the results of an
in-depth analysis of the Brazilian manufacturing complex and
its relationship with design, in the form of a large installation at
the end of the exhibit. No doubt a controversial representation,
the product of lengthy discussions and debates. Although it was
a little out of context at the time, it surely had great impact
and repercussion. Among the Brazilian professionals there were
designers trained abroad, architects, and experienced self-taught
people dedicated to design, in addition to some alumni recently
graduated from ESDI and FAUUSP.
Desenho Industrial 68 was an essentially educational exhibit that
provided, in terms of concepts and hands-on application, a fairly
general approach to the design activity. Its initial section included
publications with approximately 20 titles related to the subject,
besides films that served as reference elements to analyze the criteria
and practice in the fields of design. Designers Karl Heinz Bergmiller
and Goebel Weyne were the general curators of the exhibit, which
was planned as a whole so that the same treatment could be given
to the various sections making up the exhibit. Arthur Lício Pontual
and Norman Westwater were assistant curators for the international
section and they, in a joint effort, selected the most significant
samples of good design being made in those countries.
The exhibit took up the entire MAM building and was held in
the in-between years of the São Paulo Biennial Exhibit, an event
that already bore testimony to that which was meaningful in the
Brazilian and international arts. On account of its never-beforeseen
nature, Desenho Industrial 68 had such repercussion that it
drew international personalities from the countries invited, like
Mildred Constantin, design curator for the New York MoMA,
and others who visited the exhibit and gave lectures. It should be
noted that, internationally speaking, there were no similar exhibits
being held on a regular, systematic basis. Except for the Ljubljana
Biennial Exhibit of Posters, which later became a Design Biennial
Exhibit, and some local exhibitions, we are not aware of exhibits
Bienal de 68
A Desenho Industrial 68, Bienal Internacional do Rio de Janeiro,
foi a primeira exposição de design de fôlego produzida em nosso
país e evidenciou a nossa capacidade frente ao que se fazia
nessa época nos países centrais. Estabeleceu referências para
os trabalhos de divulgação e democratização da informação
sobre o design, bastante escassas então. Essa mostra incluiu
uma representação nacional e outra estrangeira, cada uma
abrangendo dois setores: desenho industrial e comunicação
visual, como na época se definiam o design de produto e o design
gráfico. A representação nacional foi composta por José Carlos
Bornancini, João Carlos Cauduro, Ludovico Martino, Rubem
Martins, Michel Arnoult, Karl Heinz Bergmiller, Ernesto Hauner,
Ari Antonio da Rocha, Livio Levi, Roberto Verschleisser e Leo
Visconti, Antonio Maluf, Fernando Lemos, Abrahão Sanovicz,
Julio Katinsky, Aloisio Magalhães, Mario Everton Fernandez,
Alberto Reis e Luiz Carlos Doria, Alexandre Wollner, Rogério
Duarte, Goebel Weyne, Sergio Rodrigues, Norman Westwater e
Arthur Lício Pontual.
A exposição teve como convidados internacionais países
como os Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá. O critério
utilizado para escolha da representação estrangeira baseou-se
na identidade do idioma, daí a escolha dos países de língua
inglesa. Seis entidades brasileiras se envolveram e patrocinaram
a realização do evento: Ministério das Relações Exteriores,
Museu de Arte Moderna, Escola Superior de Desenho Industrial,
Associação Brasileira de Desenho Industrial, Fundação Bienal
de São Paulo e Confederação Nacional da Indústria.
A junção dessas entidades já demonstrava a confluência pioneira
de interesses que incluíam responsáveis pela indústria, pelo
ensino, pela classe profissional, pela exportação dos nossos
serviços e pela difusão cultural e artística do design. Esses atores
se uniram para difundir uma matéria nova e demonstrar que
aquele estrangeirismo tinha sua razão de ser em nosso país e na
época em que foi implantado.
Da representação nacional constaram dez trabalhos profissionais
especialmente escolhidos, realizados na área de planejamento
de produtos, abrangendo desde utensílios pessoais e mobiliário
a aparelhos médicos e científicos, chegando a veículos urbanos
desde embalagens a identidades corporativas completas. A
representação da ESDI foi concebida inteiramente por seus
alunos e apresentou o resultado de uma análise crítica do
complexo industrial brasileiro e sua relação com o design,
em forma de uma grande instalação, ao final da mostra. Uma
representação certamente polêmica, fruto de muita discussão
e debate. Mesmo que um pouco fora do contexto da época,
provocou, sem dúvida, grande impacto e repercussão. Dentre os
profissionais nacionais havia designers com formação no exterior,
arquitetos e experientes autodidatas dedicados ao design, além
de alguns ex-alunos recém-formados pela ESDI e FAUUSP.
Desenho Industrial 68 foi uma mostra essencialmente didática
que colocou em termos de conceituação e de aplicação
prática uma abordagem bastante geral da atividade design.
Constavam de sua parte inicial publicações com cerca de 20
títulos relacionados ao assunto, além de filmes que serviam
como elementos de referência para uma análise de critérios e
da prática nas áreas do design. A exposição teve a curadoria
geral dos designers Karl Heinz Bergmiller e Goebel Weyne e foi
planejada como um todo, o que permitiu que fosse dado o mesmo
tratamento às diversas partes que integravam a mostra. A parte
internacional teve a curadoria auxiliar de Arthur Lício Pontual
e de Norman Westwater, que, em um esforço coordenado,
selecionaram o que havia de mais significativo em exemplos de
bom design sendo feito naqueles países.
A mostra, que ocupou todo o prédio do MAM, foi realizada
nos anos intermediários da Bienal de São Paulo, evento que
já testemunhava o que de importante se fazia em artes no
âmbito nacional e internacional. A Desenho Industrial 68 teve
tal repercussão, pelo seu ineditismo, que atraiu a visita de
personalidades internacionais, dos países convidados como, por
exemplo, Mildred Constantin, a curadora de design do MoMA
de Nova York, dentre outros que visitaram a mostra e realizaram
palestras. Cumpre ressaltar que em termos internacionais não
havia exposições semelhantes sendo promovidas de forma
regular e sistemática. Com exceção da Bienal de Cartazes de
Liubliana, que depois se transformou em Bienal de Design, e
de algumas exposições localizadas e locais, não conhecemos
professional pieces made in the field of product planning and of that magnitude being held at the time.
inovadores. Na área de programação visual, abrangiam
exibições desse porte naquele momento.
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