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Boas Práticas de Farmácia Hospitalar - Portal da Saúde

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3. Conclusão<br />

A infecção por VIH requer soluções a partir <strong>de</strong> vários sectores <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. O método<br />

para a atribuição <strong>de</strong> recursos é baseado na percepção do valor relativo. Apesar <strong>de</strong> existir<br />

uma pressão clara por parte <strong>de</strong> clínicos e doentes para o contínuo <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> novos fármacos para o tratamento <strong>de</strong>sta patologia, outras patologias agu<strong>da</strong>s<br />

e crónicas competirão pela respectiva alocação dos mesmos recursos financeiros.<br />

Também em relação ao actual portfolio <strong>de</strong> fármacos anti-retrovíricos existente,<br />

<strong>de</strong>ver-se-ão tentar criar orientações terapêuticas para cujo estabelecimento sejam<br />

ti<strong>da</strong>s em conta a eficácia e a segurança dos fármacos e também o respectivo custo<br />

financeiro associado. Ou seja, <strong>de</strong> uma forma mais clara, perante esquemas terapêuticos<br />

<strong>de</strong> igual eficácia e segurança, <strong>de</strong>verá ser <strong>da</strong><strong>da</strong> primazia àqueles que acarretem menores<br />

custos para a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em geral e para o doente em particular. Perante esquemas<br />

terapêuticos <strong>de</strong> diferente eficácia <strong>de</strong>ver-se-á optar por aqueles que apresentem um<br />

melhor rácio custo/efectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou custo-utili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Por último, não é <strong>de</strong>mais acrescentar que para que os fármacos anti-retrovíricos<br />

sejam efectivos mimetizando as percentagens <strong>de</strong> eficácia <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong>s nos ensaios<br />

clínicos, <strong>de</strong>verá ser assegura<strong>da</strong> a racionali<strong>da</strong><strong>de</strong> na prescrição e utilização <strong>de</strong>stes<br />

fármacos e uma correcta a<strong>de</strong>são à terapêutica por parte dos doentes. O assegurar<br />

<strong>da</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um primeiro esquema anti-retrovírico que se apresentou eficaz<br />

e seguro é a melhor medi<strong>da</strong> para a correcta alocação <strong>de</strong> recursos financeiros.<br />

A alteração para esquemas anti-retrovíricos subsequentes <strong>de</strong>vido a falência terapêutica,<br />

motiva<strong>da</strong> por fraca a<strong>de</strong>são ou pela erra<strong>da</strong> instituição <strong>de</strong> um esquema terapêutico leva,<br />

na maioria <strong>da</strong>s vezes, a custos mais elevados. O estabelecimento <strong>de</strong> políticas correctas<br />

<strong>de</strong> prescrição e dispensa <strong>de</strong>stes fármacos, assim como o patrocínio <strong>de</strong> programas<br />

para uma melhor eluci<strong>da</strong>ção e correcta utilização <strong>de</strong>stes medicamentos por parte dos<br />

doentes, serão medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> óptima relação custo/efectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> nomea<strong>da</strong>mente a médio<br />

e a longo prazo.

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