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Boas Práticas de Farmácia Hospitalar - Portal da Saúde

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2. Avaliação Económica em Saú<strong>de</strong> no Contexto<br />

<strong>da</strong> Infecção por VIH/si<strong>da</strong><br />

A avaliação económica em saú<strong>de</strong> é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como um conjunto <strong>de</strong> métodos<br />

e técnicas utilizados para avaliar, comparativamente, o impacto económico<br />

<strong>de</strong> diferentes intervenções <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> 2.<br />

A avaliação económica parte <strong>da</strong> premissa <strong>de</strong> que os recursos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

são escassos, tornando-se necessário optimizá-los através <strong>da</strong> diminuição<br />

dos custos e com uma melhoria dos resultados em saú<strong>de</strong>. Assim, proporciona<br />

um suporte mais explícito para o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

É necessário proce<strong>de</strong>r-se a uma avaliação económica, em resultado<br />

<strong>da</strong> pressão crescente sobre o controlo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas, o que se po<strong>de</strong> constatar<br />

através <strong>da</strong> observação <strong>da</strong> evolução <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa do Sistema Nacional <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> e dos encargos com medicamentos, em que, e <strong>de</strong> acordo com o PIB,<br />

se observa que gastamos mais do que a nossa riqueza.<br />

Por outro lado, existe a aceitação crescente <strong>de</strong> que a informação <strong>de</strong><br />

efectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma condição necessária, mas não suficiente, no processo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, visto que, nos dias <strong>de</strong> hoje, é necessário consi<strong>de</strong>rar explicitamente<br />

as consequências económicas e os custos <strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

A abor<strong>da</strong>gem económica <strong>de</strong>ve ser coerente, explícita e teoricamente<br />

consistente e <strong>de</strong>ve basear-se na avaliação <strong>de</strong> custos e resultados, escolhas<br />

individuais e colectivas e na gestão <strong>da</strong> incerteza. Por to<strong>da</strong>s as razões acima<br />

referi<strong>da</strong>s, a avaliação económica <strong>de</strong>sempenha hoje um papel ten<strong>de</strong>ncialmente<br />

crescente na alocação <strong>de</strong> recursos nos sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> 3.<br />

O aumento <strong>da</strong> sobrevi<strong>da</strong> e os elevados custos <strong>de</strong>vidos à utilização <strong>da</strong><br />

terapêutica HAART <strong>de</strong>vem ser avaliados num contexto económico actual<br />

<strong>de</strong> escassez <strong>de</strong> recursos, <strong>de</strong>vendo estes ser atribuídos com a máxima<br />

eficiência. A melhor ferramenta económica para auxiliar à <strong>de</strong>cisão são as<br />

análises <strong>de</strong> custo-consequência 3. Estas análises comparam simultaneamente<br />

custos e consequências (benefícios) <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>cisão 4.<br />

No contexto <strong>da</strong> infecção por VIH, as análises <strong>de</strong> custo-benefício (ACB)<br />

convertem todos os custos e benefícios em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s monetárias, os custos<br />

são subtraídos aos benefícios, e a escolha pen<strong>de</strong> para aquele que tiver<br />

melhor benefício. Esta atitu<strong>de</strong> é, no entanto, muito impopular no contexto<br />

<strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, uma vez que os recursos técnicos, os aspectos éticos e a própria<br />

sobrevi<strong>da</strong> são convertidos em valores monetários.<br />

Aspectos<br />

Farmacoeconómicos<br />

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