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Boas Práticas de Farmácia Hospitalar - Portal da Saúde

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3.2. Métodos indirectos: são aqueles que avaliam a a<strong>de</strong>são através <strong>da</strong>s<br />

informações forneci<strong>da</strong>s pelo doente ou pelo profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Assim,<br />

po<strong>de</strong> inferir-se <strong>de</strong> forma indirecta a a<strong>de</strong>são do doente à terapêutica.<br />

São mais utilizados por serem mais sensíveis e menos onerosos, mas têm<br />

o inconveniente <strong>de</strong> não serem totalmente objectivos.<br />

A informação que proporcionam, obti<strong>da</strong> a partir do doente, familiares, médicos<br />

ou outros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ten<strong>de</strong> a sobrestimar o cumprimento <strong>da</strong><br />

terapêutica.<br />

Existem fontes <strong>de</strong> erro nas avaliações realiza<strong>da</strong>s como consequência<br />

<strong>da</strong> variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do observador ou <strong>da</strong> variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do sujeito 18.<br />

3.2.1 Auto-avaliação <strong>da</strong> a<strong>de</strong>são<br />

A auto-comunicação ou auto-avaliação <strong>da</strong> a<strong>de</strong>são tem por base a informação<br />

presta<strong>da</strong> pelo doente acerca do seu cumprimento <strong>da</strong> terapêutica. Consiste<br />

em pedir ao doente que informe o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> acerca <strong>da</strong> sua<br />

a<strong>de</strong>são ao tratamento, normalmente através <strong>de</strong> entrevista, questionário ou<br />

preenchimento <strong>de</strong> um diário em papel ou em suporte informático 18.<br />

Esta diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> informação é uma <strong>da</strong>s <strong>de</strong>svantagens<br />

<strong>de</strong>ste método. Outra, resi<strong>de</strong> no facto <strong>de</strong> o doente se po<strong>de</strong>r sentir intimi<strong>da</strong>do<br />

e/ou gostar <strong>de</strong> agra<strong>da</strong>r sobrevalorizando a a<strong>de</strong>são, pelo que tem mais vali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

quando o doente garante que não toma o medicamento. Os resultados <strong>de</strong>ste<br />

método po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do entrevistador e <strong>da</strong> personali<strong>da</strong><strong>de</strong>/memória<br />

do doente.<br />

Na área <strong>da</strong> infecção VIH/si<strong>da</strong>, parece consensual que questionários ou<br />

entrevistas centrados em períodos <strong>de</strong> tempo mais curtos proporcionam<br />

resultados mais fi<strong>de</strong>dignos 24.<br />

As recomen<strong>da</strong>ções internacionais emana<strong>da</strong>s pela DHHS consi<strong>de</strong>ram que<br />

a avaliação <strong>de</strong> uma a<strong>de</strong>são subóptima por parte <strong>de</strong> um doente é um forte<br />

preditor <strong>de</strong> má a<strong>de</strong>são 8. Existe, em Portugal, um questionário traduzido,<br />

a<strong>da</strong>ptado do questionário ACTG 25, e em processo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong>ção para<br />

monitorizar a a<strong>de</strong>são.<br />

A i<strong>de</strong>ntificação dos medicamentos po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> uma forma <strong>de</strong><br />

auto-avaliação <strong>da</strong> a<strong>de</strong>são 26.<br />

Aconselhamento<br />

ao Doente<br />

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