Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />
primeira se esforçou nessa direção em vidas passadas e está facilmente readquirindo sua<br />
antiga proficiência, enquanto que os esforços da outra começaram somente na presente<br />
vida, pelo que po<strong>de</strong>mos ver a maior dificulda<strong>de</strong> que enfrenta. Contudo, se ela persistir<br />
po<strong>de</strong>rá, talvez até na existência atual, tornar-se superior à primeira, a me<strong>no</strong>s que esta<br />
continue se aperfeiçoando.<br />
Que não recor<strong>de</strong>mos os esforços feitos para adquirir uma faculda<strong>de</strong> através <strong>de</strong> uma<br />
aplicação tenaz é secundário, uma vez que isso não modifica a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que a faculda<strong>de</strong><br />
permanece.<br />
O gênio é um indicio da alma avançada que, por meio <strong>de</strong> duro esforço em muitas<br />
vidas anteriores, <strong>de</strong>senvolveu em si mesmo algo mais além das realizações <strong>no</strong>rmais da raça.<br />
Ele revela um vislumbre do grau <strong>de</strong> realização que será posse comum da Raça futura. Ele<br />
não po<strong>de</strong> ser explicado pela hereditarieda<strong>de</strong>, pois esta se relaciona apenas parcialmente<br />
com o corpo <strong>de</strong>nso, não com as qualida<strong>de</strong>s anímicas. Se o gênio pu<strong>de</strong>sse ser explicado pela<br />
hereditarieda<strong>de</strong>, por que não há uma longa linhagem comum <strong>de</strong> mecânicos entre os<br />
ancestrais <strong>de</strong> Thomas Edison, cada qual mais capacitado do que seu pre<strong>de</strong>cessor? Por que o<br />
gênio não se propaga? Por que não é Siegfried, o filho, maior que Richard Wagner, o pai?<br />
Quando a expressão do gênio <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da posse <strong>de</strong> órgãos especialmente<br />
construídos, que requerem longo tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, o Ego renasce naturalmente<br />
em uma família <strong>de</strong> Egos que tenham trabalhado gerações inteiras para construir organismos<br />
semelhantes. Esta é a razão <strong>de</strong> terem nascido, na família Bach, vinte e <strong>no</strong>ve músicos, mais<br />
ou me<strong>no</strong>s geniais, durante um período <strong>de</strong> duzentos e cinqüenta a<strong>no</strong>s. Que o gênio é uma<br />
expressão da alma e não do corpo é <strong>de</strong>monstrado pelo fato <strong>de</strong> que essa faculda<strong>de</strong> não se<br />
aperfeiçoou gradativamente, alcançando sua máxima expressão na pessoa <strong>de</strong> Johan<br />
Sebastian Bach. Antes, sua proficiência estava muito acima não só da dos antecessores<br />
como dos sucessores.<br />
O corpo é simplesmente um instrumento, cujo trabalho <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do Ego que o guia,<br />
assim como a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma melodia <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da habilida<strong>de</strong> do músico e do timbre do<br />
instrumento. Um bom músico não po<strong>de</strong> expressar-se plenamente num instrumento pobre,<br />
assim como nem todos os músicos po<strong>de</strong>m tocar <strong>de</strong> modo igual <strong>no</strong> mesmo instrumento. Que<br />
um Ego procure renascer como filho <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> músico não significa necessariamente<br />
que venha a ser um gênio maior que o pai, o que forçosamente suce<strong>de</strong>ria se o gênio fosse<br />
herança física e não uma qualida<strong>de</strong> anímica.<br />
A “Lei <strong>de</strong> Atração” explica, <strong>de</strong> maneira completamente satisfatória, os fatos que<br />
atribuímos à hereditarieda<strong>de</strong>. Sabemos que as pessoas <strong>de</strong> gostos análogos se procuram. Se<br />
sabemos que um amigo vive em certa cida<strong>de</strong>, mas ig<strong>no</strong>ramos o seu en<strong>de</strong>reço, a lei <strong>de</strong><br />
associação ser-<strong>no</strong>s-á guia natural <strong>no</strong> esforço para encontrá-lo. Se é músico estará<br />
provavelmente em lugares on<strong>de</strong> se reúnem os músicos; se é estudante, procuramo-lo pelas<br />
livrarias, bibliotecas ou salas <strong>de</strong> leitura; ou se ele é esportista, busquemo-lo <strong>no</strong> hipódromo,<br />
<strong>no</strong>s campos <strong>de</strong> pólo ou <strong>no</strong>s estádios, etc. Não é provável que o estudante ou o músico<br />
habitualmente freqüentem os lugares mencionados em último lugar, po<strong>de</strong>ndo também<br />
afirmar-se que a procura do esportista teria pouco êxito se feita nas livrarias ou em salões<br />
<strong>de</strong> música.<br />
De modo semelhante, o Ego gravita ordinariamente em tor<strong>no</strong> das associações <strong>de</strong><br />
caráter semelhante ao seu. A isso ele é impelido por uma das forças do mundo do Desejo -<br />
a Força <strong>de</strong> Atração.<br />
87