Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />
irrazoável. Se Deus é total sabedoria <strong>de</strong>ve ter <strong>de</strong>senvolvido um pla<strong>no</strong> mais eficaz. E assim<br />
Ele o fez. O que ficou dito é apenas teoria dos teólogos. Os ensinamentos da Bíblia,<br />
conforme veremos adiante, são muito diferentes.<br />
Consi<strong>de</strong>remos agora a doutrina do Renascimento, que postula um processo <strong>de</strong> lento<br />
<strong>de</strong>senvolvimento, efetuado persistentemente através <strong>de</strong> repetidos renascimentos e em<br />
formas <strong>de</strong> crescente eficiência. Por intermédio <strong>de</strong>stas formas, tempo virá em que todos<br />
alcançarão o cume do esplendor espiritual, presentemente a nós inconcebível. Nada há<br />
nesta teoria que seja irrazoável ou difícil <strong>de</strong> aceitar. Olhando ao redor, vemos por toda a<br />
parte o esforço lento e perseverante, na Natureza, para atingir a perfeição. Não vemos<br />
nenhum processo súbito <strong>de</strong> criação ou mesmo <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição, tal como postula o teólogo.<br />
Vemos, isto sim, “Evolução”.<br />
Evolução é “a história do progresso do Espírito <strong>no</strong> Tempo”. Por toda a parte,<br />
observando os variados fenôme<strong>no</strong>s do Universo, vemos que o caminho da evolução é uma<br />
espiral. Cada volta da espiral é um ciclo. Cada ciclo fun<strong>de</strong>-se com o seguinte, e, como as<br />
espirais são contínuas, cada ciclo é o produto melhorado do prece<strong>de</strong>nte e o criador <strong>de</strong><br />
estados sucessivos <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
A linha reta não é mais que a extensão <strong>de</strong> um ponto. Tem apenas uma dimensão <strong>no</strong><br />
espaço. A teoria materialista e a teológica seriam semelhantes a essa linha. O materialista<br />
diz que a linha da vida parte do nascimento e, para ser coerente, termina na hora da morte.<br />
O teólogo começa a sua linha com a criação da alma pouco antes do nascimento. Depois da<br />
morte a alma vive in<strong>de</strong>finidamente, mas seu <strong>de</strong>sti<strong>no</strong> foi <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong> modo irremediável<br />
pelos próprios atos <strong>no</strong> curto período <strong>de</strong> uns tantos a<strong>no</strong>s. Não po<strong>de</strong> voltar atrás para corrigir<br />
os erros. A linha, seguindo sempre reta, implica numa experiência irrisória e em nenhuma<br />
elevação da alma após a morte.<br />
O progresso natural não segue uma linha reta, conforme está implícito nessas duas<br />
teorias. Nem mesmo segue um caminho circular, o que significaria uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
voltas nas mesmas experiências e o emprego <strong>de</strong> apenas duas dimensões do espaço. Todas<br />
as coisas se movem em ciclos progressivos para que possam aproveitar plenamente todas as<br />
oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> progresso oferecidos pelo universo <strong>de</strong> três dimensões. E pois necessário à<br />
vida evoluinte tomar o caminho <strong>de</strong> três dimensões - a espiral que segue continuamente para<br />
a frente e para o alto.<br />
Quer na mo<strong>de</strong>sta plantinha do <strong>no</strong>sso jardim, quer nas gigantescas sequóias da<br />
Califórnia, com troncos <strong>de</strong> trinta pés <strong>de</strong> diâmetro, sempre <strong>no</strong>tamos a mesma coisa! - cada<br />
ramo, talo ou folha brota segundo uma espiral simples ou dupla, ou em pares opostos que se<br />
equilibram mutuamente, análogos ao fluxo e refluxo, ao dia e à <strong>no</strong>ite, à vida e à morte, e a<br />
outras ativida<strong>de</strong>s alternativas da Natureza.<br />
Examinando a abóbada celeste, e observando as imensas nebulosas ígneas ou os<br />
caminhos dos sistemas solares, por toda a parte vemos a espiral. Na primavera a Terra<br />
saco<strong>de</strong> seu manto branco e <strong>de</strong>sperta do período <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso - seu so<strong>no</strong> invernal. Todas as<br />
ativida<strong>de</strong>s visam produzir vida <strong>no</strong>va por toda a parte. O tempo passa. O trigo e as uvas<br />
amadurecem e são colhidos. Outra vez o ativo verão se <strong>de</strong>svanece <strong>no</strong> silêncio e na<br />
inativida<strong>de</strong> do inver<strong>no</strong>, e <strong>no</strong>vamente o manto branco da neve envolve a Terra. Seu so<strong>no</strong>,<br />
porém, não é eter<strong>no</strong>: <strong>de</strong>spertará <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo ao canto da <strong>no</strong>va primavera, que marcará para ela<br />
um pouco mais <strong>de</strong> progresso <strong>no</strong> caminho do tempo.<br />
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