Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />
Os quadros do pa<strong>no</strong>rama da próxima vida que acabamos <strong>de</strong> mencionar, começam<br />
<strong>no</strong> berço e terminam na sepultura. Seguem em direção oposta aquelas do pa<strong>no</strong>rama que se<br />
segue à morte, como já foi explicado, imediatamente após o espírito libertar-se do corpo<br />
<strong>de</strong>nso. A razão <strong>de</strong>sta diferença radical entre os dois pa<strong>no</strong>ramas é que <strong>no</strong> pa<strong>no</strong>rama antenatal<br />
o objetivo é mostrar o Ego que regressa como certas causas ou atos, produzem sempre<br />
certos efeitos. No caso do pa<strong>no</strong>rama post-mortem o objetivo é oposto, isto é, mostrar como<br />
cada acontecimento da vida que findou foi efeito <strong>de</strong> alguma causa anterior da vida. A<br />
Natureza, ou Deus, nada faz sem uma razão lógica, <strong>de</strong> modo que quanto mais<br />
investiguemos mais se evi<strong>de</strong>ncia que a Natureza é uma mãe sábia, empregando sempre os<br />
melhores meios para a realização dos seus fins.<br />
Po<strong>de</strong>-se porem perguntar: por que <strong>de</strong>vemos renascer? Por que <strong>de</strong>vemos voltar a esta<br />
limitada e miserável existência terrena? Por que não po<strong>de</strong>mos adquirir experiência nesses<br />
remos superiores sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vir à Terra? Estamos cansados <strong>de</strong>sta enfadonha e<br />
pe<strong>no</strong>sa vida terrena!<br />
Tais queixas estão baseadas em mal-entendidos <strong>de</strong> várias classes. Em primeiro<br />
lugar, compreendamos e gravemos profundamente em <strong>no</strong>ssa memória que o propósito da<br />
vida não é a felicida<strong>de</strong>, mas sim a experiência. A tristeza e a dor são <strong>no</strong>ssos mais benévolos<br />
mestres. As alegrias da vida não são mais que coisas fugazes.<br />
Isto po<strong>de</strong> parecer uma doutrina muito dura, <strong>de</strong> modo que o coração grita e protesta<br />
veementemente ante o pensamento <strong>de</strong> que essa idéia possa ser verda<strong>de</strong>ira. Todavia, essa é a<br />
verda<strong>de</strong>. Examinada, compreen<strong>de</strong>mos que, apesar <strong>de</strong> tudo, a doutrina não é tão severa.<br />
Consi<strong>de</strong>remos as bênçãos da dor. Se, colocando a mão sobre uma estufa quente, não<br />
sentíssemos dor, a mão ficaria ali provavelmente até queimar-se todo o braço, e sem que o<br />
percebêssemos a tempo <strong>de</strong> salvá-lo. A dor resultante do contato da mão com a estufa quente<br />
obriga-<strong>no</strong>s a retirá-la rapidamente antes <strong>de</strong> se produzir da<strong>no</strong> sério. Assim, ao invés <strong>de</strong><br />
per<strong>de</strong>rmos a mão escapamos com uma ligeira queimadura, que em breve sara. Isto é uma<br />
ilustração relativa ao Mundo Físico. Apren<strong>de</strong>remos que o mesmo princípio se aplica aos<br />
mundos mental e moral. Se ultrajarmos a moralida<strong>de</strong> o remorso provoca dor em <strong>no</strong>ssa<br />
consciência, a qual prevenir-<strong>no</strong>s-á para não repetirmos o ato. e se não apren<strong>de</strong>mos a lição<br />
da primeira vez a Natureza proporcionar-<strong>no</strong>s-á experiências cada vez mais duras, até<br />
gravarmos em <strong>no</strong>ssa consciência que “o caminho do transgressor é muito duro”. Isto<br />
continuará até que sejamos forçados a tomar uma <strong>no</strong>va direção, e a dar um passo a mais<br />
para uma vida melhor.<br />
A experiência e o conhecimento dos efeitos que se seguem aos atos”. Isto é o<br />
objetivo da vida, junto ao <strong>de</strong>senvolvimento da 'Vonta<strong>de</strong>”, que e a força com a qual<br />
aplicamos o resultado da experiência. Devemos adquirir experiência, todavia po<strong>de</strong>mos<br />
escolher: adquiri-la pelo duro caminho da experiência pessoal, ou pela observação dos atos<br />
alheios, raciocinando e refletindo sobre eles, guiados pela luz <strong>de</strong> qualquer experiência que<br />
já tínhamos.<br />
Este é o método pelo qual o estudante <strong>de</strong> Ocultismo <strong>de</strong>veria apren<strong>de</strong>r, ao invés <strong>de</strong><br />
necessitar do látego da adversida<strong>de</strong> e da dor. Quanto mais <strong>de</strong>sejarmos apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ssa<br />
forma, me<strong>no</strong>s sentiremos os dolorosos espinhos do “caminho da dor”, e tanto mais <strong>de</strong>pressa<br />
alcançaremos o “caminho da paz”.<br />
A escolha é <strong>no</strong>ssa, porém enquanto não apren<strong>de</strong>mos tudo o que <strong>no</strong>s cumpre<br />
apren<strong>de</strong>r neste mundo, <strong>de</strong>vemos voltar. Não po<strong>de</strong>mos permanecer e apren<strong>de</strong>r <strong>no</strong>s mundos<br />
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