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Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro

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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />

a<strong>no</strong>s que viva. Nesse caso não importará que se lamentem histericamente por causa <strong>de</strong> sua<br />

morte porque não há imagens <strong>no</strong> Corpo Vital infantil que produzam conseqüências.<br />

Este céu é também lugar <strong>de</strong> progresso para todos os estudiosos, para os artistas e<br />

para os altruístas. O estudante e o filósofo têm acesso instantâneo a todas as bibliotecas do<br />

mundo. O pintor observa, com inefável <strong>de</strong>lícia, as combinações <strong>de</strong> cores sempre<br />

cambiantes. Logo apren<strong>de</strong> que seus pensamentos formam e misturam essas cores a'<br />

vonta<strong>de</strong>. Suas criações brilham e cintilam com uma vivi<strong>de</strong>z impossível <strong>de</strong> ser conseguida<br />

pelos que trabalham com as monótonas cores da Terra. Está, por assim dizer, pintando com<br />

matéria viva, resplan<strong>de</strong>cente, sendo por isso mesmo capaz <strong>de</strong> executar suas obras com uma<br />

facilida<strong>de</strong> que lhe inunda a alma <strong>de</strong> <strong>de</strong>leite. O músico não chegou ainda ao lugar em que<br />

sua arte expressa-se a si mesma em toda a extensão. O Mundo Físico é o mundo da Forma.<br />

O Mundo do Desejo, on<strong>de</strong> se acham o Purgatório e o Primeiro Céu, é especialmente o<br />

mundo da Cor. Mas o Mundo do Pensamento, on<strong>de</strong> estão localizados o segundo e o terceiro<br />

céus, é a esfera do Som. A música celeste é um fato e não mera figura <strong>de</strong> retórica. Pitágoras<br />

não fantasiava quando falou da música das esferas, porque cada um dos corpos celestiais<br />

tem seu tom <strong>de</strong>finido e, juntos, formam a sinfonia celestial que Goethe também menciona<br />

<strong>no</strong> prólogo do seu “Fausto”, on<strong>de</strong> na cena do céu o Arcanjo Rafael diz:<br />

“Sol entoa sua velha canção<br />

Entre os cânticos rivais das esferas irmãs,<br />

Seu caminho pre<strong>de</strong>stinado vai trilhar<br />

Através dos a<strong>no</strong>s, em retumbante marchar”.<br />

Os ecos <strong>de</strong>sta música celeste chegam até nós, aqui <strong>no</strong> Mundo Físico, e são o <strong>no</strong>sso<br />

bem mais precioso, ainda que fugazes como o fogo-fátuo. A música não po<strong>de</strong> ser criada<br />

permanentemente, a exemplo <strong>de</strong> outras obras <strong>de</strong> arte - uma estátua, um quadro, ou um livro.<br />

No Mundo Físico, o som morre logo que nasce. No primeiro céu, porém, esses ecos são<br />

muito mais formosos e permanentes, dai o músico po<strong>de</strong>r ouvir ali os mais doces acor<strong>de</strong>s<br />

que jamais ouviu em toda sua vida terrena.<br />

As experiências do poeta são semelhantes as do músico, pois a poesia é expressão<br />

dos mais íntimos sentimentos da alma em palavras. Estas se or<strong>de</strong>nam consoante as mesmas<br />

leis <strong>de</strong> harmonia e ritmo que regem a expressão do espírito na música. Além disso, o poeta<br />

encontra uma inspiração magnífica nas imagens e cores, que são as características<br />

principais do Mundo do Desejo. Dali tomará os materiais para usá-los em sua próxima<br />

incorporação. De maneira idêntica o escritor acumula material e faculda<strong>de</strong>. O filantropo<br />

concebe seus pla<strong>no</strong>s altruístas para a elevação do homem. Se falhou em uma vida, verá a<br />

razão do fracasso <strong>no</strong> primeiro céu, e apren<strong>de</strong>rá ali a superar os obstáculos e a evitar os erros<br />

que tornaram seus pla<strong>no</strong>s impraticáveis.<br />

Com o tempo, chega-se a um ponto em que o resultado da dor e do sofrimento <strong>no</strong><br />

purgatório, junto ao sentimento feliz extraído das boas ações da vida passada, integram-se<br />

ao átomo-semente do corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejos. Juntos eles constituem o que chamamos<br />

consciência, essa força impelente que <strong>no</strong>s põe em guarda contra o mal, o produtor <strong>de</strong><br />

sofrimentos, e <strong>no</strong>s inclina para o bem, o gerador <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> e alegria. Tal como<br />

abando<strong>no</strong>u os corpos <strong>de</strong>nso e vital, assim o homem abandona seu corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejos, que se<br />

<strong>de</strong>sintegra. Dele leva consigo unicamente as forças do átomo-semente, que formarão o<br />

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