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Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro

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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />

outrem, viveremos <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo toda a alegria que isto <strong>no</strong>s proporcio<strong>no</strong>u, como também<br />

sentiremos toda a gratidão emitida por aqueles a quem ajudamos. Quando contemplamos <strong>de</strong><br />

<strong>no</strong>vo as cenas em que fomos ajudados por outros, voltamos a sentir toda a gratidão que<br />

emitimos ao <strong>no</strong>sso benfeitor. Deste modo vemos a importância <strong>de</strong> apreciar os favores com<br />

que outros <strong>no</strong>s cumularam, porque a gratidão produz crescimento anímico. Nossa felicida<strong>de</strong><br />

<strong>no</strong> céu <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da felicida<strong>de</strong> que tenhamos proporcionado a outros, e do valor que <strong>de</strong>mos<br />

àquilo que outros fizeram por nós.<br />

Deve-se sempre recordar que o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> dar não pertence exclusivamente ao<br />

homem rico. Dar dinheiro sem discernimento po<strong>de</strong> ser até um mal. E um bem dar dinheiro<br />

para um propósito que consi<strong>de</strong>remos benéfico, porém um serviço prestado vale mil vezes<br />

mais. Como disse Whitman,<br />

“Ve<strong>de</strong>! Não me limito a simples preleções ou a esmolas dar;<br />

Quando dou alguma coisa, a mim mesmo vou-me dai”.<br />

Um olhar carinhoso, expressões <strong>de</strong> confiança, uma simpática e amorosa ajuda - são<br />

coisas que todos po<strong>de</strong>m dar, seja qual for a fortuna <strong>de</strong> cada um. Todavia <strong>de</strong>vemos ajudar o<br />

necessitado <strong>de</strong> maneira que ele possa ajudar a si próprio, seja física, financeira, moral ou<br />

mentalmente, para que não <strong>de</strong>penda mais <strong>de</strong> nós nem dos outros.<br />

A ética <strong>de</strong> dar, produzindo uma lição espiritual sobre aquele que dá, foi <strong>de</strong>scrita <strong>de</strong><br />

forma belíssima em “Visão <strong>de</strong> Sir Launfal”, <strong>de</strong> Lowell. O jovem e ambicioso cavaleiro, Sir<br />

Launfal, envergando brilhante armadura e vestido com luxuosas roupas, parte do seu<br />

castelo em busca do “Santo Graal”. No seu escudo resplan<strong>de</strong>ce a cruz, o símbolo da<br />

benignida<strong>de</strong> e ternura do Nosso Salvador, o Ser amoroso e humil<strong>de</strong>, mas o coração do<br />

cavaleiro está repleto <strong>de</strong> orgulho e <strong>de</strong>sdém para com os pobres e necessitados. Ele encontra<br />

um leproso mendigando e com um gesto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdém atira-lhe uma moeda, como se atirasse<br />

um osso a um cão faminto. Porém...<br />

O leproso não ergueu o ouro do pó:<br />

“Melhor para mim é a cô<strong>de</strong>a <strong>de</strong> pão que o pobre me dá,<br />

e melhor sua mão que me abençoará,<br />

ainda que <strong>de</strong> mãos vazias <strong>de</strong> sua porta me <strong>de</strong>va afastar.<br />

As esmolas que só com as mãos ofertadas,<br />

não são as verda<strong>de</strong>iras.<br />

Inúteis são o ouro e as riquezas dadas<br />

apenas como um <strong>de</strong>ver a cumprir.<br />

A mão, porém, não consegue a esmola abarcar,<br />

quando vem daquele que reparte o pouco que tem,<br />

que dá o que não é possível visualizar.<br />

- esse fio <strong>de</strong> beleza que tudo sabe unir,<br />

que tudo sustenta, penetra e mantém -<br />

O coração ansioso e esten<strong>de</strong> a mão<br />

quando Deus acompanha a doação,<br />

alimentando a alma faminta,<br />

que sucumbia só, na escuridão”.<br />

Ao regressar, Sir Launfal encontra seu castelo ocupado por outro, sendo impedido<br />

<strong>de</strong> nele entrar.<br />

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