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Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro

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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />

estar “oco”. A parte da aura ovói<strong>de</strong>, que geralmente contém o Corpo Denso, está vazia e,<br />

ainda que o Corpo <strong>de</strong> Desejos tenha tomado a forma do Corpo Denso <strong>de</strong>scartado, ele se<br />

sente como uma concha vazia, pois o arquétipo criador do corpo persiste, por assim dizer,<br />

como um mol<strong>de</strong> vazio na Região do Pensamento Concreto por tanto tempo quanto <strong>de</strong>veria<br />

viver o Corpo Denso. Quando uma pessoa morre <strong>de</strong> morte natural, mesmo <strong>no</strong> vigor da vida,<br />

a ativida<strong>de</strong> do arquétipo cessa e o Corpo <strong>de</strong> Desejos por si mesmo se ajusta para ocupar<br />

toda a forma. Mas <strong>no</strong> caso do suicida, o horrível sentimento <strong>de</strong> “vazio” permanece até o<br />

tempo em que <strong>de</strong>veria ocorrer a morte natural.<br />

Enquanto mantiver <strong>de</strong>sejos relacionados com a vida terrestre o homem <strong>de</strong>ve<br />

permanecer <strong>no</strong> seu Corpo <strong>de</strong> Desejos; como o progresso do indivíduo requer a passagem às<br />

regiões superiores, a existência <strong>no</strong> Mundo do Desejo <strong>de</strong>ve ser forçosamente purgadora,<br />

ten<strong>de</strong>ndo a purificá-lo dos seus constrangedores <strong>de</strong>sejos. O modo como isso se efetua po<strong>de</strong><br />

ser bem compreendido através <strong>de</strong> alguns exemplos radicais.<br />

O avarento que amava o seu ouro na vida terrena continua amando-o igualmente<br />

<strong>de</strong>pois da morte, porém já não po<strong>de</strong> adquirir mais porque não tem Corpo Denso para tomálo<br />

e, pior que tudo, nem po<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o que acumulou durante a vida. Irá, talvez, postar-se<br />

ao lado do cofre para vigiar seu amado ouro e os seus títulos; mas seus her<strong>de</strong>iros surgirão e<br />

talvez com expansões <strong>de</strong> alegria falarão do “velho avarento e bobo” (a quem não vêem mas<br />

por quem são vistos e ouvidos), abrirão o cofre, e ainda que ele se atira sobre o ouro para<br />

protegê-lo, meterão suas mãos através <strong>de</strong>le, não sabendo nem se importando que ele esteja<br />

ali, e o gastarão, não obstante o sofrimento e a raiva impotente daquele que o juntou.<br />

Ele sofrerá intensamente e os sofrimentos serão mais terríveis porque inteiramente<br />

mentais. O Corpo Denso atenua o sofrimento até certo ponto mas <strong>no</strong> Mundo do Desejo ele<br />

tem livre curso. O homem, pois, sofrerá até apren<strong>de</strong>r que o ouro po<strong>de</strong> ser uma maldição.<br />

Conformando-se gradualmente com sua sorte, irá por fim libertar-se do Corpo <strong>de</strong> Desejos,<br />

quando então po<strong>de</strong>rá prosseguir.<br />

Consi<strong>de</strong>remos o caso <strong>de</strong> um alcoólatra. Ele é tão aficionado aos intoxicantes <strong>de</strong>pois<br />

da morte como antes. Não é o corpo <strong>de</strong>nso que anseia beber. Este adoece em razão do<br />

álcool, <strong>de</strong> modo que preferiria passar sem ele. Pelas mais diversas maneiras po<strong>de</strong> até<br />

protestar, mas em vão: o corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> um alcoólatra exigirá a bebida e obrigará o<br />

corpo <strong>de</strong>nso a tomá-la para que, pelo aumento <strong>de</strong> vibração, o primeiro possa <strong>de</strong>sfrutar<br />

sensações <strong>de</strong> prazer. Este <strong>de</strong>sejo persiste <strong>de</strong>pois da morte do corpo <strong>de</strong>nso, mas o viciado já<br />

não dispõe <strong>de</strong> boca física para beber nem <strong>de</strong> estômago capaz <strong>de</strong> receber bebidas físicas. O<br />

alcoólatra po<strong>de</strong>, e assim o faz, entrar em bares e interpenetrar com o seu, o corpo <strong>de</strong> outros<br />

bebedores para aproveitar-se um pouco <strong>de</strong> suas vibrações, por indução. Isso, contudo, é<br />

<strong>de</strong>masiado fraco para po<strong>de</strong>r satisfazê-lo. Po<strong>de</strong> também - e o faz muitas vezes - introduzir-se<br />

num tonel <strong>de</strong> aguar<strong>de</strong>nte, mas igualmente sem resultado, pois os vapores encontrados <strong>no</strong><br />

barril não produzem o mesmo efeito daqueles que eram gerados <strong>no</strong>s seus órgãos digestivos.<br />

Encontra-se, pois, em circunstância idêntica â <strong>de</strong> um homem num barco <strong>no</strong> meio do<br />

ocea<strong>no</strong>: «água, água por toda parte, porém nem sequer uma gota para beber”;<br />

consequentemente sofre intensamente. Com o tempo, apren<strong>de</strong> a inutilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ansiar pela<br />

bebida que não po<strong>de</strong> conseguir. Tal como suce<strong>de</strong> com muitos <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssos <strong>de</strong>sejos na vida<br />

terrestre, <strong>no</strong> Mundo do Desejo todos os <strong>de</strong>sejos morrem por falta <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> para<br />

satisfazê-los. Assim, quanto ao bebedor, expurgado do seu hábito, está pronto para <strong>de</strong>ixar o<br />

estado “purgatorial” e ascen<strong>de</strong>r ao mundo celeste.<br />

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