Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />
assim somente doze horas, ou me<strong>no</strong>s ainda; outras po<strong>de</strong>m manter-se, segundo a ocasião,<br />
por certo número <strong>de</strong> dias. Mas enquanto o homem pu<strong>de</strong>r se manter <strong>de</strong>sperto esse pa<strong>no</strong>rama<br />
prossegue.<br />
Este aspecto da vida <strong>de</strong>pois da morte é semelhante ao que acontece quando alguém<br />
se afoga ou cai <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> altura. Em tais casos o Corpo Vital também abandona o<br />
Corpo Denso. Então o homem vê a sua vida num relâmpago, pois em seguida per<strong>de</strong> a<br />
consciência. Naturalmente não há rompimento do “cordão prateado”, porque se tal se <strong>de</strong>sse<br />
não haveria ressurreição possível.<br />
Quando a resistência do Corpo Vital alcança o seu limite máximo, entra em colapso<br />
na forma <strong>de</strong>scrita <strong>no</strong> fenôme<strong>no</strong> do so<strong>no</strong>. Durante a vida física, quando o Ego controla os<br />
seus veículos, este colapso termina as horas <strong>de</strong> vigília. Depois da morte, o colapso do<br />
Corpo Vital encerra o pa<strong>no</strong>rama e força o homem a entrar <strong>no</strong> Mundo do Desejo. O cordão<br />
prateado rompe-se então <strong>no</strong> ponto on<strong>de</strong> se unem os “dois seis” (veja-se o Diagrama 5-A)<br />
efetuando-se a mesma divisão como durante o so<strong>no</strong>, porém com esta diferença importante:<br />
ainda que o Corpo Vital volte para o Corpo Denso, não mais o interpenetra. Simplesmente<br />
fica flutuando sobre a sepultura e <strong>de</strong>sagregando-se sincronicamente com o veículo <strong>de</strong>nso.<br />
Por isso o cemitério é um espetáculo repugnante para o clarivi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>senvolvido. Bastaria<br />
que algumas pessoas a mais pu<strong>de</strong>ssem vê-lo, e não seria preciso maior argumentação para<br />
convencer a trocar o mau e anti-higiênico método <strong>de</strong> enterrar os mortos pelo método mais<br />
racional da cremação, que restitui os elementos à sua condição primordial sem que o<br />
cadáver alcance os <strong>de</strong>sagradáveis aspectos inerentes ao processo da <strong>de</strong>composição lenta.<br />
Quando o espírito <strong>de</strong>ixa o Corpo Vital, o processo é muito parecido ao que se<br />
verifica ao <strong>de</strong>ixar o Corpo Denso. As forças vitais <strong>de</strong> um átomo são levadas para serem<br />
empregadas como núcleo do Corpo Vital na futura encarnação. Deste modo, ao entrar <strong>no</strong><br />
Mundo do Desejo o homem leva os átomos-semente dos Corpos Vital e Denso, além do<br />
Corpo <strong>de</strong> Desejos e da Mente.<br />
Se o moribundo pu<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>ixar atrás todos os <strong>de</strong>sejos, <strong>de</strong>scartar-se-ia logo do seu<br />
Corpo <strong>de</strong> Desejos, ficando livre para entrar <strong>no</strong> Mundo Celeste. Mas geralmente tal não<br />
acontece. Muitas pessoas principalmente quando morrem <strong>no</strong> vigor da vida, têm muitos<br />
laços e muitos interesses na vida terrena. Como per<strong>de</strong>r o Corpo Físico não altera os <strong>de</strong>sejos,<br />
pelo contrário, muitas vezes os aumenta, sentem um <strong>de</strong>sejo intensíssimo <strong>de</strong> voltar. Isso<br />
produz o seu efeito: sujeita-os mais ao Mundo do Desejo <strong>de</strong> modo muito <strong>de</strong>sagradável,<br />
embora <strong>de</strong>safortunadamente não possam compreen<strong>de</strong>r. Por outro lado, as pessoas idosas,<br />
<strong>de</strong>crépitas e todos os que, <strong>de</strong>bilitados por longa enfermida<strong>de</strong> estão cansados da vida,<br />
passam por ele rapidamente.<br />
A seguinte ilustração permite compreen<strong>de</strong>r melhor o assunto: uma semente separase<br />
facilmente do fruto maduro porque a polpa não está a<strong>de</strong>rente, enquanto numa fruta ver<strong>de</strong><br />
a semente apega-se com tenacida<strong>de</strong> à polpa. Assim é especialmente, difícil para as pessoas<br />
verem-se privadas <strong>de</strong> seu corpo por um aci<strong>de</strong>nte quando se encontram na plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas<br />
forças e saú<strong>de</strong> física; comprometidas <strong>de</strong> várias maneiras com as ativida<strong>de</strong>s da vida física;<br />
presas por laços à esposa, à família, aos parentes, aos amigos; realizando negócios e em<br />
busca <strong>de</strong> prazeres.<br />
O suicida, que procurou fugir da vida, apenas <strong>de</strong>scobre que está mais vivo do que<br />
nunca, e que se encontra na mais lastimável condição. E capaz <strong>de</strong> observar aqueles a quem,<br />
com seu ato, talvez tenha prejudicado e, pior que tudo, tem uma inexplicável sensação <strong>de</strong><br />
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