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Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro

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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />

O espírito-grupo do castor ensina-o a construir represas que cruzam a corrente <strong>no</strong><br />

ângulo exatamente apropriado, consi<strong>de</strong>rando a velocida<strong>de</strong> da corrente e todas as <strong>de</strong>mais<br />

circunstâncias, precisamente como faria um engenheiro experimentado, e <strong>de</strong>monstrando<br />

que está tão atualizado sobre cada particularida<strong>de</strong> do seu ofício quanto qualquer indivíduo<br />

tecnicamente preparado em universida<strong>de</strong>. E a sabedoria do espírito-grupo que dirige a<br />

construção da célula hexagonal da colmeia com tanta exatidão geométrica; que ensina o<br />

caracol a construir e formar sua casa em perfeita e bela espiral; que ensina o molusco do<br />

ocea<strong>no</strong> a arte <strong>de</strong> <strong>de</strong>corar sua concha iri<strong>de</strong>scente. Sabedoria, sabedoria por toda parte! tão<br />

gran<strong>de</strong>, tão imensa, que o observador atento não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> sentir-se ple<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

admiração e reverencia.<br />

Neste ponto po<strong>de</strong> ocorrer naturalmente o pensamento: se o Espírito-Grupo é tão<br />

sábio, consi<strong>de</strong>rando o curto período <strong>de</strong> evolução do animal comparado com o do homem,<br />

por que não manifesta este último uma sabedoria muito maior? Por que <strong>de</strong>ve o homem ser<br />

ensinado a construir represas e geometrizar, enquanto o espírito-grupo faz tudo isso sem ter<br />

sido ensinado?<br />

A resposta a tais perguntas está relacionada com a <strong>de</strong>scida do Espírito Universal na<br />

matéria <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> sempre crescente. Nos Mundos Superiores, on<strong>de</strong> os seus veículos são<br />

poucos e mais sutis, ele se acha em estreito contato com a Sabedoria Cósmica, que se revela<br />

<strong>de</strong> modo tão sublime <strong>no</strong> Mundo Físico, porém, conforme o espírito <strong>de</strong>sce, a luz da<br />

sabedoria torna-se temporariamente mais e mais empanada até quase <strong>de</strong>svanecer-se<br />

totalmente <strong>no</strong> mais <strong>de</strong>nso <strong>de</strong> todos os mundos.<br />

Uma ilustração tornará isto mais claro. A mão do homem é o seu servo mais<br />

valioso; sua <strong>de</strong>streza permite-lhe respon<strong>de</strong>r à mais ligeira or<strong>de</strong>m. Em algumas profissões,<br />

tais como a <strong>de</strong> caixa <strong>de</strong> bancos, o <strong>de</strong>licado tato das mãos torna-se tão sensível que ele é<br />

capaz <strong>de</strong> distinguir uma moeda falsa <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>ira. Isto se processa tão<br />

maravilhosamente que quase se po<strong>de</strong> pensar que a mão foi dotada <strong>de</strong> inteligência<br />

individual.<br />

Sua maior eficiência porém, revela-se talvez na reprodução da música, pois é capaz<br />

<strong>de</strong> reproduzir as mais formosas melodias que embevecem a alma. O tato <strong>de</strong>licado e<br />

acariciante da mão extrai do instrumento os mais suaves acor<strong>de</strong>s na linguagem da alma,<br />

dizendo suas tristezas, alegrias, esperanças, temores e anseios, <strong>de</strong> uma maneira que só a<br />

música po<strong>de</strong> fazê-lo. E a linguagem do mundo celeste, o verda<strong>de</strong>iro lar do espírito, e<br />

apresenta-se à chispa divina aprisionada na carne, como a mensagem <strong>de</strong> sua terra natal. A<br />

música impressiona a todos, sem levar em conta raça, credo ou qualquer outra distinção<br />

mundana. E quanto mais elevado e espiritual é o indivíduo, tanto mais claro ela lhe fala.<br />

Mesmo o indivíduo mais ru<strong>de</strong> não fica impassível ao ouvi-la.<br />

Imaginemos agora um mestre <strong>de</strong> música que vestis-se luvas muito finas e tentasse<br />

tocar seu violi<strong>no</strong>. Notaríamos logo que seu tato <strong>de</strong>licado tornar-se-ia me<strong>no</strong>s sutil. A alma da<br />

música ter-se-ia afastado. Se colocasse outro par <strong>de</strong> luvas mais grossas por cima do<br />

primeiro par, suas mãos ficariam tolhidas a tal ponto que provavelmente criariam uma<br />

<strong>de</strong>sarmonia ao invés da harmonia original dos acor<strong>de</strong>s. Se por último pusesse outro par <strong>de</strong><br />

luvas mais pesadas sobre os já postos, ele ficaria temporária e totalmente incapaz <strong>de</strong> tocar.<br />

Então aquele que não o tivesse ouvido anteriormente sem as luvas, diria por certo ser<br />

impossível que tal professor pu<strong>de</strong>sse tocar formosas melodias, especialmente se ig<strong>no</strong>rasse o<br />

empecilho nas mãos <strong>de</strong>le.<br />

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