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Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro

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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />

O espírito animal em sua <strong>de</strong>scida alcançou somente o Mundo do Desejo. Não se<br />

<strong>de</strong>senvolveu ainda até o ponto <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r “entrar” em um Corpo Denso. Portanto, o animal<br />

não tem espírito inter<strong>no</strong> individual, mas um Espírito-Grupo que o dirige <strong>de</strong> fora. O animal<br />

tem o Corpo Denso, o Corpo Vital e o Corpo <strong>de</strong> Desejos, mas o Espírito-Grupo que o dirige<br />

encontra-se fora. O Corpo Vital e o Corpo <strong>de</strong> Desejos do animal não estão completamente<br />

<strong>de</strong>ntro do Corpo Denso, especialmente <strong>no</strong> que concerne à cabeça. Por exemplo, a cabeça<br />

etérica <strong>de</strong> um cavalo sobressai muito além e acima da cabeça <strong>de</strong>nsa. Quando, em raros<br />

casos, acontece <strong>de</strong> a cabeça etérica <strong>de</strong> um cavalo penetrar na cabeça do seu Corpo Denso,<br />

esse cavalo po<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a ler, a contar e a executar operações elementares <strong>de</strong> aritmética.<br />

Devido a esta peculiarida<strong>de</strong> os cavalos, os cães, os gatos e outros animais domésticos<br />

percebem o Mundo do Desejo, ainda que nem sempre distingam a diferença entre este e o<br />

Mundo Físico. Um cavalo po<strong>de</strong> se espantar ante uma figura invisível para o cavaleiro. Um<br />

gato po<strong>de</strong> tentar se esfregar em pernas invisíveis pois, ainda que veja o fantasma, não<br />

percebe que as pernas não são <strong>de</strong>nsas, nas quais se po<strong>de</strong>ria esfregar. O cão, mais sábio que<br />

o cavalo e o gato, sente muitas vezes existir algo que não compreen<strong>de</strong> quando vê surgir seu<br />

do<strong>no</strong> já falecido e não po<strong>de</strong> lamber-lhe as mãos. Uiva então lugubremente, indo <strong>de</strong>itar-se a<br />

um canto com o rabo entre as pernas. A seguinte ilustração talvez possa mostrar a diferença<br />

entre o homem, com seu espírito individual inter<strong>no</strong>, e o animal com seu Espírito-Grupo.<br />

Imaginemos um quarto dividido ao meio por uma cortina, um lado representando o<br />

Mundo do Desejo e o outro o Mundo Físico. Dois homens, um em cada divisão, não po<strong>de</strong>m<br />

ver-se mutuamente. Mas na cortina há <strong>de</strong>z furos peque<strong>no</strong>s e o homem que se encontra na<br />

divisão que representa o Mundo do Desejo po<strong>de</strong> meter seus <strong>de</strong>z <strong>de</strong>dos por esses furos para<br />

o outro lado que representa o Mundo Físico. Isto po<strong>de</strong> dar uma excelente representação do<br />

espírito-grupo que está <strong>no</strong> Mundo do Desejo. Os <strong>de</strong>dos representam os animais<br />

pertencentes a uma espécie. Po<strong>de</strong> movê-los a seu gosto, mas não po<strong>de</strong> empregá-los tão livre<br />

e tão inteligentemente quanto o homem que se encontra na divisão física po<strong>de</strong> mover seu<br />

corpo. Este último vê os <strong>de</strong>dos que atravessam a cortina e observa que todos se movem,<br />

mas não po<strong>de</strong> ver a relação que existe entre eles. Para ele todos parecem separados e<br />

distintos uns dos outros. Não po<strong>de</strong> ver que são os <strong>de</strong>dos do homem que, atrás da cortina,<br />

governa seus movimentos com sua inteligência. Se fere um <strong>de</strong>stes <strong>de</strong>dos, não é ferido<br />

somente o <strong>de</strong>do, mas principalmente o homem que está por trás da cortina. Se um animal é<br />

ferido este sofre, mas não tanto quanto o Espírito-Grupo. O <strong>de</strong>do, não tendo consciência<br />

individualizada, move-se conforme a vonta<strong>de</strong> do homem, assim como os animais se movem<br />

sob os ditames do espírito-grupo. Ouve-se falar <strong>de</strong> “instinto animal” e <strong>de</strong> “instinto cego”.<br />

Não existe essa coisa in<strong>de</strong>finida e vaga como instinto “cego”. Não há nada “cego” na<br />

maneira como o espírito-grupo guia seus membros, mas há, isto sim, Sabedoria escrita com<br />

maiúscula. O clarivi<strong>de</strong>nte treinado, quando funciona <strong>no</strong> Mundo do Desejo, po<strong>de</strong><br />

comunicar-se com esses espíritos-grupo das espécies animais e constatar que são muito<br />

mais inteligentes do que uma gran<strong>de</strong> porcentagem <strong>de</strong> seres huma<strong>no</strong>s. Po<strong>de</strong> observar o<br />

maravilhoso ti<strong>no</strong> que <strong>de</strong>monstram ao dirigir os animais, que são os seus corpos físicos.<br />

E o espírito-grupo que reúne os bandos <strong>de</strong> aves <strong>no</strong> outo<strong>no</strong> e os impele a emigrar<br />

para o sul, nem <strong>de</strong>masiado cedo nem <strong>de</strong>masiado tar<strong>de</strong>, para escapar ao sopro gelado do<br />

inver<strong>no</strong>. E é ele ainda quem os dirige <strong>de</strong> volta, na primavera, fazendo-os voar à altura<br />

a<strong>de</strong>quada, altura que difere segundo as diferentes espécies.<br />

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