Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />
pois tal movimento produziria necessariamente, a seu tempo, períodos tropicais e glaciais<br />
em todas as partes da Terra, correspon<strong>de</strong>ntes às mudanças <strong>de</strong> posição em relação ao Sol. O<br />
Sr. Sutcliffe enviou sua carta e as <strong>de</strong>monstrações a “Nature”, mas essa revista recusou-se a<br />
publicá-las. Quando o autor tor<strong>no</strong>u público sua <strong>de</strong>scoberta por meio <strong>de</strong> um folheto,<br />
levantou-se contra ele uma tremenda onda <strong>de</strong> protestos. Acontece que o Sr. Sutcliffe era um<br />
profundo e reconhecido estudante <strong>de</strong> “A Doutrina Secreta”. Isto explica a recepção hostil e<br />
as conseqüências inevitáveis, que teve a sua <strong>de</strong>scoberta.<br />
Mais tar<strong>de</strong>, todavia, um francês que não era astrô<strong>no</strong>mo mas sim mecânico, construiu<br />
um aparelho que <strong>de</strong>monstrava ampla possibilida<strong>de</strong> da existência <strong>de</strong> tal movimento. O<br />
aparelho foi exibido na “Louisiana Purchase Exhibition”, <strong>de</strong> Saint Louis, e foi aprovado<br />
calorosamente por M. Camille Flammarion como dig<strong>no</strong> <strong>de</strong> investigação. Aqui já se via algo<br />
“concreto”, algo mecânico, e o editor do “The Monist”, ainda que <strong>de</strong>screvesse o inventor<br />
como um homem que trabalhava sob “místicas ilusões” (por acreditar que os antigos<br />
egípcios conheciam esse terceiro movimento), esqueceu magnanimamente o fato e disse<br />
que isso não lhe tinha feito per<strong>de</strong>r a fé na teoria <strong>de</strong> M. Beziau. Publicou então um<br />
esclarecimento e um ensaio <strong>de</strong> M. Beziau, em que <strong>de</strong>screvia o movimento e seus efeitos<br />
sobre a superfície da Terra, em termos análogos aos empregados pela senhora Blavatsky e o<br />
Sr.Sutcliffe. Como M. Beziau não estava incluído categoricamente <strong>no</strong> rol dos ocultistas, sua<br />
<strong>de</strong>scoberta pô<strong>de</strong> ser aceita.<br />
Po<strong>de</strong>mos citar muitos exemplos <strong>de</strong> ensinamentos ocultos que mais tar<strong>de</strong> foram<br />
corroborados pela ciência. Um <strong>de</strong>les é a teoria atômica, <strong>de</strong>fendida nas filosofias gregas e<br />
<strong>de</strong>pois em “A Doutrina Secreta”, mas só “<strong>de</strong>scoberta” em 1897 pelo professor Thomson.<br />
Na inestimável obra <strong>de</strong> A. P. Sinnett - “'The Growth of the Soul” publicada em<br />
1896, o autor afirmava que há dois planetas além da órbita <strong>de</strong> Netu<strong>no</strong>, dos quais, acreditava<br />
ele, só um seria <strong>de</strong>scoberto pelos astrô<strong>no</strong>mos mo<strong>de</strong>r<strong>no</strong>s. Em “Nature” <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1906,<br />
Professor Barnard afirmava que, por meio <strong>de</strong> um refrator Lick <strong>de</strong> 36 polegadas, havia<br />
<strong>de</strong>scoberto dito planeta em 1892. Nada <strong>de</strong> mais nisso, entretanto ele esperou catorze a<strong>no</strong>s<br />
para anunciar sua <strong>de</strong>scoberta! Não preten<strong>de</strong>mos levantar nenhuma questão sobre o assunto.<br />
O importante é que o planeta existe, e que o livro do Sr. Sinnett anunciava-o <strong>de</strong>z a<strong>no</strong>s antes<br />
<strong>de</strong> o Professor Barnard reivindicar a priorida<strong>de</strong> da sua <strong>de</strong>scoberta. É provável que anunciar<br />
a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> um <strong>no</strong>vo planeta antes <strong>de</strong> 1906 pu<strong>de</strong>sse ter perturbado alguma teoria<br />
popularmente aceita!<br />
Há muitas teorias semelhantes. A teoria <strong>de</strong> Copérnico não é <strong>de</strong> todo exata, assim<br />
como há muitos fatos que a elogiada Teoria Nebular por si só não explica. Tycho Brahe, o<br />
famoso astrô<strong>no</strong>mo dinamarquês, recusou-se a aceitar a teoria <strong>de</strong> Copérnico. Tinha muito<br />
boas razões para ser fiel à teoria <strong>de</strong> Ptolomeu, pois, como dizia, através <strong>de</strong>sta os<br />
movimentos dos planetas são vistos corretamente, enquanto que pela teoria <strong>de</strong> Copérnico é<br />
necessário empregar-se uma tabela <strong>de</strong> correções. O sistema <strong>de</strong> Ptolomeu é correto do ponto<br />
<strong>de</strong> vista do Mundo do Desejo e tem aspectos que são necessários <strong>no</strong> Mundo Físico.<br />
Para muitos, as afirmações feitas nas páginas anteriores po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas<br />
fantásticas. Que seja assim. Tempo virá em que todos os homens possuirão os<br />
conhecimentos aqui oferecidos. Este livro <strong>de</strong>stina-se aos poucos que, tendo libertado suas<br />
mentes dos grilhões da ciência e da religião ortodoxa, estão prontos a aceitá-lo, até que<br />
provem estar ele errado.<br />
279