Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />
prestígio, <strong>de</strong> sus proezas cinergéticas. É muito difícil compreen<strong>de</strong>r como certas pessoas que<br />
parecem sãs e carinhosas possam durante um momento, abandonar seus sentimentos<br />
humanitários e saciar uma selvagem se<strong>de</strong> <strong>de</strong> sangue, matando para satisfazer sua luxúria<br />
sanguinária e gozar da <strong>de</strong>struição. Certamente, isto é um retrocesso aos instintos mais<br />
inferiores e selvagens. Não po<strong>de</strong> nunca dignificar um homem e muito me<strong>no</strong>s dar-lhe foros<br />
<strong>de</strong> “superior”, ainda que tal prática seja <strong>de</strong>fendida pelas nações mais po<strong>de</strong>rosas e, em outros<br />
sentidos, humanas.<br />
Não seria mais belo o homem assumir seu papel <strong>de</strong> amigo e protetor do fraco? A<br />
quem não agrada visitar o Central Park <strong>de</strong> Nova York, acariciar e dar <strong>de</strong> comer às centenas<br />
<strong>de</strong> esquilos que correm <strong>de</strong> um a outro lado, na certeza <strong>de</strong> que não serão molestados? Quem<br />
não se alegra ao ver o letreiro que diz: “Serão mortos os cães que forem apanhados caçando<br />
esquilos”? Isto é duro para os cães, sem dúvida, mas evi<strong>de</strong>ncia o crescente sentimento<br />
favorecedor e protetor do débil contra a força irracional e egoísta do forte. Nada diz o<br />
letreiro dos prejuízos que os homens pu<strong>de</strong>ssem causar aos esquilos, o que seria<br />
inadmissível. Tão gran<strong>de</strong> é a confiança dos pequeni<strong>no</strong>s e alegres animaizinhos na bonda<strong>de</strong><br />
do homem que este não a violaria.<br />
A ORAÇÃO DO SENHOR<br />
Voltamos a consi<strong>de</strong>rar as ajudas espirituais <strong>no</strong> progresso huma<strong>no</strong>, po<strong>de</strong>mos<br />
comparar a Oração do Senhor (Pai Nosso) como uma fórmula abstrata ao melhoramento e<br />
purificação <strong>de</strong> todos os veículos do homem. O cuidado a prestar ao corpo <strong>de</strong>nso está<br />
expresso nas palavras: “o pão <strong>no</strong>sso <strong>de</strong> cada dia dai-<strong>no</strong>s hoje”.<br />
A oração que se refere às necessida<strong>de</strong>s do corpo vital é: “perdoai as <strong>no</strong>ssas dívidas,<br />
assim como nós perdoamos aos <strong>no</strong>ssos <strong>de</strong>vedores”.<br />
O corpo vital é a se<strong>de</strong> da memória. Nele estão arquivadas subconscientemente as<br />
lembranças <strong>de</strong> todos os acontecimentos passados, bons ou maus, isto é, tanto a injúria como<br />
os benefícios feitos ou recebidos. Lembremos que, ao morrer, as recordações da vida são<br />
tomadas <strong>de</strong>sses arquivos imediatamente <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> abandonar-se o corpo <strong>de</strong>nso e que todos<br />
os sofrimentos da existência “post mortem” são resultado dos acontecimentos aí registrados<br />
como imagens.<br />
Se pela oração contínua obtemos o perdão ou esquecimento das injúrias que<br />
tenhamos praticado e procuramos prestar toda compensação possível, purificamos <strong>no</strong>ssos<br />
corpos vitais. Esquecer e perdoar àqueles que agiram mal contra nós elimina todos os maus<br />
sentimentos e salva-<strong>no</strong>s dos sofrimentos “post mortem”. Além disso, prepara o caminho<br />
para a <strong>Fraternida<strong>de</strong></strong> Universal, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> mui especialmente da vitória do corpo vital<br />
sobre o corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejos. As idéias <strong>de</strong> vingança são impressas pelo corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejos, em<br />
forma <strong>de</strong> memória, sobre o corpo vital. A vitória sobre isso é indicada por um<br />
temperamento equânime em meio dos incômodos e sofrimentos da vida. O aspirante <strong>de</strong>ve<br />
cultivar o domínio próprio, porque tem ação benéfica sobre os dois corpos. A Oração do<br />
Senhor exerce o mesmo efeito porque ao fazer-<strong>no</strong>s ver que estamos injuriando os outros<br />
voltamo-<strong>no</strong>s para nós mesmos e resolvemo-<strong>no</strong>s a <strong>de</strong>scobrir as causas. Uma <strong>de</strong>ssas causas é<br />
a perda do domínio próprio, originada <strong>no</strong> corpo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejos.<br />
Ao <strong>de</strong>sencarnar, a maioria dos homens <strong>de</strong>ixa a vida física com o mesmo<br />
temperamento que trouxe ao nascer. O aspirante <strong>de</strong>ve conquistar, sistematicamente, todos<br />
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