Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />
logo <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> espantar-se com as <strong>de</strong>scrições impossíveis fornecidas pelos médiuns. Eles<br />
po<strong>de</strong>m ser perfeitamente honestos mas as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> paralaxe e a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
conseguirem um foco perfeito <strong>de</strong> visão são tão gran<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> natureza tão sutil que seria<br />
surpreen<strong>de</strong>nte se pu<strong>de</strong>ssem apresentar uma <strong>de</strong>scrição correta. Todos nós, na infância,<br />
tivemos que apren<strong>de</strong>r a ver, conforme po<strong>de</strong>mos comprovar observando um bebê: por ser<br />
totalmente incapaz <strong>de</strong> avaliar distâncias, ele tenta <strong>de</strong> igual modo alcançar objetos <strong>no</strong> outro<br />
lado da sala, na rua, ou na Lua. O cego que acaba <strong>de</strong> recuperar a visão, <strong>de</strong> início, muitas<br />
vezes, fecha os olhos para ir <strong>de</strong> um lugar a outro. E até que aprenda a usar seus olhos, é-lhe<br />
mais fácil guiar-se pelos outros sentidos do que pela visão. Da mesma forma aquele, cujos<br />
órgãos inter<strong>no</strong>s <strong>de</strong> percepção foram vivificados, <strong>de</strong>ve exercitar-se para usar com acerto a<br />
<strong>no</strong>va faculda<strong>de</strong>. A principio o neófito tentará aplicar ao Mundo do Desejo os<br />
conhecimentos <strong>de</strong>rivados da sua experiência <strong>no</strong> Mundo Físico. Isso por não ter aprendido<br />
ainda as leis do Mundo em que está penetrando, que é um manancial <strong>de</strong> toda espécie <strong>de</strong><br />
perturbações e perplexida<strong>de</strong>. Portanto, antes que possa enten<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>ve tornar-se como uma<br />
criança, que assimila o conhecimento sem preocupar-se com experiências anteriores.<br />
Para chegar-se à compreensão exata do Mundo do Desejo é preciso compreen<strong>de</strong>r-se<br />
que esse é o Mundo dos Sentimentos, Desejos e Emoções, que estão sob o domínio <strong>de</strong> duas<br />
gran<strong>de</strong>s forças - Atração e Repulsão. Estas forças atuam nas três regiões mais <strong>de</strong>nsas do<br />
Mundo do Desejo <strong>de</strong> modo diferente daquele em que agem nas três regiões mais sutis ou<br />
superiores. A Região Central po<strong>de</strong> ser chamada <strong>de</strong> neutra.<br />
Esta Região Central é a Região do Sentimento. Aqui o interesse ou a indiferença por<br />
alguma idéia ou objeto produz o <strong>de</strong>sequilíbrio em favor <strong>de</strong> uma ou outra das forças já<br />
mencionadas, relegando assim, o objeto ou idéia às três regiões superiores ou às três regiões<br />
inferiores do Mundo do Desejo, ou mesmo expulsando-as dali. Vejamos, agora, como isso<br />
se realiza.<br />
Na substância mais fina e sutil das três regiões superiores do Mundo do Desejo só a<br />
força <strong>de</strong> Atração atua, embora ela também se encontre presente em certo grau na matéria<br />
mais <strong>de</strong>nsa das três regiões inferiores, on<strong>de</strong> atua contra a força <strong>de</strong> Repulsão que ali domina.<br />
A <strong>de</strong>sintegrante Força <strong>de</strong> Repulsão <strong>de</strong>struiria, <strong>de</strong> imediato, qualquer forma que entrasse<br />
nessas três regiões inferiores, não fora a ação neutralizadora daquela. Na região mais <strong>de</strong>nsa<br />
e mais inferior, on<strong>de</strong> é mais po<strong>de</strong>rosa, a Força <strong>de</strong> Repulsão agita e dissolve violentamente<br />
as formas ali constituídas, ainda que não seja uma força vandálica. Nada é vandálico na<br />
Natureza. Tudo que assim parece trabalha apenas para o bem, o que suce<strong>de</strong> com essa força<br />
em sua ação na região mais inferior do Mundo do Desejo. As formas que ali se encontram<br />
são criações <strong>de</strong>moníacas, construídas pelas paixões e <strong>de</strong>sejos mais brutais dos animais e do<br />
homem.<br />
A tendência <strong>de</strong> todas as formas <strong>no</strong> Mundo do Desejo é atrair para si as <strong>de</strong> natureza<br />
semelhante, e consequentemente crescer. Se esta tendência para a atração fosse<br />
predominante nas regiões inferiores, o Mal cresceria como o joio, e a anarquia em vez da<br />
or<strong>de</strong>m predominaria <strong>no</strong> Cosmos. Isso é evitado pela prepon<strong>de</strong>rante Força <strong>de</strong> Repulsão<br />
nessa Região. Quando uma forma criada por um <strong>de</strong>sejo brutal é atraída para outra da<br />
mesma natureza, cada uma exerce sobre a semelhante um efeito <strong>de</strong>sintegrante, produto da<br />
<strong>de</strong>sarmonia existente nas respectivas vibrações. Assim, em vez <strong>de</strong> fundir-se mal com mal,<br />
mutuamente eles se <strong>de</strong>stroem, e <strong>de</strong>ste modo o mal <strong>no</strong> mundo conserva-se <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> limites<br />
razoáveis. Quando compreen<strong>de</strong>mos o efeito <strong>de</strong>stas duas forças gêmeas em ação, po<strong>de</strong>mos<br />
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