Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />
<strong>de</strong>sta tendência na frequência com que são suspensas as sentenças e <strong>de</strong>ixados à prova<br />
prisioneiros convictos, e <strong>no</strong> espírito da humanida<strong>de</strong> que <strong>no</strong>s tempos atuais se usa para com<br />
os prisioneiros <strong>de</strong> guerra. É a vanguarda do sentimento <strong>de</strong> <strong>Fraternida<strong>de</strong></strong> Universal que está<br />
fazendo sentir sua influência, lenta mas seguramente.<br />
Embora o mundo esteja progredindo e, por exemplo, tenha sido fácil ao autor<br />
assegurar boa assistência às conferências feitas em diversas cida<strong>de</strong>s que visitou (havendo<br />
jornais que lhe <strong>de</strong>dicou páginas inteiras e até primeiras páginas) enquanto se limitou a falar<br />
dos mundos superiores e dos estados post-mortem, pô<strong>de</strong> comprovar que tão logo era<br />
abordado o tema da <strong>Fraternida<strong>de</strong></strong> Universal, seus artigos passavam sempre para o cesto <strong>de</strong><br />
papéis.<br />
Em geral, o mundo não gosta <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar coisas que julga “<strong>de</strong>masiado” altruístas.<br />
Deve haver uma razão para isso. Não consi<strong>de</strong>ra <strong>no</strong>rma <strong>de</strong> conduta natural a que não ofereça<br />
uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “conseguir alguma coisa dos seus semelhantes”. As empresas<br />
comerciais são planejadas e conduzidas segundo este princípio. Ante a mente <strong>de</strong>sses que<br />
estão escravizados ao <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> acumular riquezas inúteis, a idéia da <strong>Fraternida<strong>de</strong></strong><br />
Universal evoca as terríveis visões da abolição do capitalismo e sua inevitável<br />
consequência, a exploração dos <strong>de</strong>mais, e enfim, o fatal naufrágio dos “interesses <strong>de</strong><br />
negócios”. A palavra “escravizados” <strong>de</strong>screve exatamente a condição. De acordo com a<br />
Bíblia, o homem <strong>de</strong>veria ter domínio sobre o mundo mas, nas gran<strong>de</strong> maioria dos casos, o<br />
inverso é a verda<strong>de</strong>: o mundo é que tem domínio sobre o homem. Cada homem que tenha<br />
interesses próprios admitirá, em momentos <strong>de</strong> luci<strong>de</strong>z, que as posses constituem uma fonte<br />
inesgotável <strong>de</strong> aborrecimentos, que se vê constantemente obrigado a traçar pla<strong>no</strong>s para<br />
conservar seus bens, ou pelo me<strong>no</strong>s cuidar <strong>de</strong>les para evitar perdê-los, pois sabe “por dura<br />
experiência” que os outros estão sempre procurando tomá-los. O homem é escravo <strong>de</strong> tudo<br />
aquilo que, por inconsciente ironia, chama <strong>de</strong> “minhas posses” quando, em realida<strong>de</strong>, são<br />
elas que o possuem. Bem disse o Sábio <strong>de</strong> Concord: “São as coisas que vão montadas e<br />
cavalgam sobre a humanida<strong>de</strong>”.<br />
Este estado resulta das Religiões <strong>de</strong> Raça e seus sistemas <strong>de</strong> leis; por isso, todas elas<br />
assinalam “Aquele que <strong>de</strong>ve vir”. A Religião Cristã é a única que não espera Aquele que<br />
<strong>de</strong>ve vir, mas sim Aquele que <strong>de</strong>ve voltar. Sua volta se fará quando a Igreja se liberte do<br />
Estado. A Igreja, especialmente na Europa, está atrelada ao carro do Estado. Os ministros<br />
<strong>de</strong> Igreja encontram-se coibidos por consi<strong>de</strong>rações econômicas, não se atrevem a proclamar<br />
as verda<strong>de</strong>s que seus estudos lhes têm revelados.<br />
Recentemente, um viajante assistiu, em uma igreja <strong>de</strong> Copenhague (Dinamarca), a<br />
uma cerimônia <strong>de</strong> confirmação. Naquele país, a Igreja está sob o domínio do Estado e todos<br />
os seus ministros estão sob o po<strong>de</strong>r temporal. Os fiéis nada têm a dizer sobre o assunto.<br />
Po<strong>de</strong>m frequentar a igreja ou não, como queiram, mas são obrigados a pagar as taxas que<br />
sustentam a instituição.<br />
Além <strong>de</strong> efetuar os ofícios sob a direção do Estado, o pastor da igreja visitada era<br />
con<strong>de</strong>corado com várias or<strong>de</strong>ns conferidas pelo rei. O brilho das faixas oficiais era um<br />
silencioso mas eloquente testemunho da gran<strong>de</strong> escravidão a que está submetida a Igreja<br />
pelo Estado. Durante a cerimônia, o pastor rogou pelo rei e pelos legisladores, para que<br />
estes pu<strong>de</strong>ssem reger o país sabiamente.<br />
212