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Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro

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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />

careceria do instinto guiador, o impulso que, em realida<strong>de</strong>, é do espírito-grupo. Encontrarse-ia<br />

em situação análoga à <strong>de</strong> uma ninhada <strong>de</strong> gatinhos arrancada da matriz antes do tempo<br />

<strong>no</strong>rmal do nascimento. Indubitavelmente, não po<strong>de</strong>riam bastar-se e morreriam.<br />

Portanto, quando se juntam dois animais <strong>de</strong> espécies muito diferentes, o espíritogrupo<br />

dos animais que os envia ao nascimento, impe<strong>de</strong> que o átomo-semente fertilizante<br />

possa fecundar. Porém, se nega a perpetuação dos híbridos, permite que alguns a seu cargo<br />

aproveitem uma oportunida<strong>de</strong> para encarnar-se quando se juntam dois animais <strong>de</strong> espécies<br />

análogas. Portanto, a infusão <strong>de</strong> sangue estranho <strong>de</strong>bilita a influência do espírito-grupo, e<br />

este, em consequência, <strong>de</strong>strói a forma, ou a faculda<strong>de</strong> procriadora, que está sob seu<br />

domínio.<br />

O espírito huma<strong>no</strong> está individualizado, é um Ego <strong>de</strong>senvolvendo vonta<strong>de</strong> livre e<br />

responsabilida<strong>de</strong>. Impelido a renascer pela irresistível Lei <strong>de</strong> Consequência, está além do<br />

po<strong>de</strong>r do Espírito <strong>de</strong> Raça, <strong>de</strong> Comunida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> Família mantê-lo afastado da encarnação,<br />

<strong>no</strong> grau atual do <strong>de</strong>senvolvimento huma<strong>no</strong>. Pela mistura <strong>de</strong> sangues obtida <strong>no</strong> matrimônio<br />

<strong>de</strong> indivíduos <strong>de</strong> diferentes tribos ou nações, os guias da humanida<strong>de</strong> vão ajudando o Ego a<br />

<strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r-se gradualmente dos Espíritos <strong>de</strong> Família, <strong>de</strong> Tribo ou <strong>de</strong> Nação. Retirados<br />

esses espíritos do sangue, com Eles vai também a clarividência involuntária.<br />

Consequentemente, apagam-se as tradições das famílias que estavam a seu cargo. A mescla<br />

<strong>de</strong> sangue <strong>de</strong>struiu uma faculda<strong>de</strong>. Todavia, tal perda foi uma vantagem. Concentrou as<br />

energias do homem <strong>no</strong> mundo material, on<strong>de</strong> apren<strong>de</strong> muito melhor suas lições do que<br />

apren<strong>de</strong>ria se continuasse distraído pela visão dos rei<strong>no</strong>s superiores.<br />

Quando o homem começa a emancipar-se, <strong>de</strong>ixa também <strong>de</strong> pensar em si como “a<br />

semente <strong>de</strong> Abraão”, ou como da “Família <strong>de</strong> Stewart”, ou “Bhramin” ou “Levita” e<br />

apren<strong>de</strong> a ver-se como um “Eu”. Quanto mais cultivar esse Eu mais libertará o sangue do<br />

Espírito <strong>de</strong> Família ou Nacional e mais se bastará como habitante do mundo. Muitas tolices<br />

e até coisas perigosas têm sido ditas a respeito <strong>de</strong> sacrificar o “eu” ao “não-eu”. Só quando<br />

tivermos cultivado um “eu” po<strong>de</strong>remos sacrificá-lo, dando-o ao todo. Enquanto amarmos<br />

somente a própria família ou nação, seremos incapazes <strong>de</strong> amar aos <strong>de</strong>mais. Rompamos os<br />

laços do sangue, ainda limitados pelos laços <strong>de</strong> parentesco e da pátria, afirmemo-<strong>no</strong>s e<br />

bastemo-<strong>no</strong>s, e po<strong>de</strong>remos converter-<strong>no</strong>s em servidores <strong>de</strong>sinteressados da humanida<strong>de</strong>.<br />

Quando o homem chega a tal cume, <strong>de</strong>scobre que, em vez <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r a própria família,<br />

obteve todas as famílias do mundo. Todos serão para ele seus irmãos, seus pais, suas mães,<br />

<strong>de</strong> quem <strong>de</strong>ve cuidar e a quem <strong>de</strong>ve ajudar.<br />

Então, voltará a adquirir a visão do mundo espiritual que per<strong>de</strong>u com a mescla <strong>de</strong><br />

sangues, porém acrescida <strong>de</strong> uma faculda<strong>de</strong> mais elevada, uma clarividência voluntária e<br />

inteligente, com a qual po<strong>de</strong>rá ver o que quiser. Ela substituirá a faculda<strong>de</strong> negativa que,<br />

impressa em seu sangue pelo espírito <strong>de</strong> família, a esta o prendia e excluía <strong>de</strong> todas as<br />

<strong>de</strong>mais famílias. Sua visão será universal e empregá-la-á para o bem <strong>de</strong> todos.<br />

Pelas razões atrás mencionadas, os matrimônios entre tribos e entre nações<br />

passaram a ser consi<strong>de</strong>rados preferíveis aos matrimônios entre parentes.<br />

Ao atravessar esses estados e per<strong>de</strong>r gradualmente o contato com os mundos<br />

inter<strong>no</strong>s, o homem lamentou a perda e <strong>de</strong>sejou a volta da visão “interna” mas,<br />

gradualmente, foi se esquecendo e o mundo material tor<strong>no</strong>u-se, antes seus olhos, a única<br />

coisa real. Tão real que chegou a formar idéia <strong>de</strong> que tais mundos inter<strong>no</strong>s não existiam, e a<br />

consi<strong>de</strong>rar a crença neles como uma estúpida superstição.<br />

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