Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />
Mais tar<strong>de</strong> foi dado ao homem o livre arbítrio. Chegara o tempo <strong>de</strong> preparar-se para<br />
a individualização. A primitiva consciência “comum”, a clarividência involuntária, ou<br />
segunda vista, que constantemente mantinha ante os homens da tribo os acontecimentos das<br />
vidas dos seus antecessores e os fazia sentirem-se intimamente i<strong>de</strong>ntificados com sua tribo<br />
ou família, <strong>de</strong>via ser substituída por uma consciência estritamente individual, limitada ao<br />
mundo material, para <strong>de</strong>sfazer as nações em indivíduos, para que a <strong>Fraternida<strong>de</strong></strong> Humana<br />
pu<strong>de</strong>sse estabelecer-se sem ter em conta as circunstâncias exteriores. Comparativamente é o<br />
mesmo que preten<strong>de</strong>r construir um edifício muito maior a partir <strong>de</strong> certo número <strong>de</strong><br />
edifícios: seria necessário <strong>de</strong>rrubar aqueles, tijolo por tijolo, para construir o outro.<br />
Para realizar esta divisão <strong>de</strong> nações em indivíduos, ditaram-se leis que proibiam a<br />
endogamia, ou matrimônio em família. Daí para diante, os casamentos incestuosos<br />
começaram a ser olhados com horror. Assim foi se introduzindo sangue estranho nas<br />
famílias da Terra, o que impediu gradualmente a clarividência involuntária, restringiu o<br />
sentimento <strong>de</strong> família e dividiu a humanida<strong>de</strong> em grupos. Como resultado <strong>de</strong>ssa mescla <strong>de</strong><br />
sangue, a a<strong>de</strong>rência à família irá <strong>de</strong>saparecendo e o Altruísmo substituirá o patriotismo.<br />
A ciência <strong>de</strong>scobriu ultimamente que a hemólise resultante <strong>de</strong> i<strong>no</strong>culação do sangue<br />
<strong>de</strong> um indivíduo nas veias <strong>de</strong> outro <strong>de</strong> diferente espécie produz a morte do mais inferior dos<br />
dois. O animal <strong>no</strong> qual se i<strong>no</strong>cule sangue <strong>de</strong> um homem, morre. O sangue <strong>de</strong> um cachorro<br />
injetado nas veias <strong>de</strong> uma ave, mata-a, mas não haverá da<strong>no</strong> algum <strong>no</strong> cão que receba<br />
sangue <strong>de</strong> ave. A ciência limita-se a expor o fato, mas o ocultista-cientista explica-o. O<br />
sangue é o agente do Espírito, como já foi indicado. O Ego huma<strong>no</strong> age <strong>no</strong>s veículos por<br />
meio do calor do sangue; o Espírito <strong>de</strong> Raça, <strong>de</strong> Família, <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>, age <strong>no</strong> sangue<br />
por meio do ar que respiramos. Nos animais, o espírito separado <strong>de</strong> cada um e o Espíritogrupo<br />
da espécie a que pertencem estão presentes, mas o espírito do animal nem está<br />
individualizado nem trabalha conscientemente em seus veículos como o Ego. Está ainda<br />
dominado pelo Espírito-grupo que trabalha <strong>no</strong> sangue.<br />
O espírito <strong>no</strong> sangue do animal superior é mais forte do que o espírito do me<strong>no</strong>s<br />
<strong>de</strong>senvolvido. Por isso, quando se injeta sangue <strong>de</strong> um animal superior nas veias <strong>de</strong> outro<br />
<strong>de</strong> espécie inferior, aquele, procurando afirmar-se, mata a forma que o aprisiona e libertase.<br />
Pelo contrário, quando o sangue <strong>de</strong> um animal <strong>de</strong> espécie inferior é injetado nas veias <strong>de</strong><br />
um <strong>de</strong> espécie superior, o espírito <strong>de</strong>ste é capaz <strong>de</strong> expulsar o espírito me<strong>no</strong>s evoluído e<br />
assimila o sangue estranho para seus próprios propósitos, não se produzindo prejuízo algum<br />
visível.<br />
O Espirito-grupo sempre procura manter seu completo domínio sobre o sangue da<br />
espécie a que pertence. Tal como o Deus <strong>de</strong> Raça huma<strong>no</strong>, o Espírito-grupo se ressente<br />
quando seus súditos cruzam com outras espécies. Então, atira os pecados dos pais sobre os<br />
filhos, como vemos <strong>no</strong>s seres híbridos. Quando um cavalo e uma jumenta produzem uma<br />
mula, por exemplo, a mescla <strong>de</strong> sangue estranho <strong>de</strong>strói a faculda<strong>de</strong> propagadora, <strong>de</strong> modo<br />
que o híbrido não po<strong>de</strong> perpetuar-se. É uma abominação do ponto <strong>de</strong> vista do Espíritogrupo,<br />
pois a mula não está <strong>de</strong>finitivamente sob o domínio do espírito-grupo dos cavalos<br />
nem do dos jumentos, se bem que não esteja tão afastado <strong>de</strong> ambos que possa evitar sua<br />
influência. Se dois muares pu<strong>de</strong>ssem procriar, sua cria estaria ainda me<strong>no</strong>s influenciada<br />
pelo domínio <strong>de</strong>sses espíritos-grupo. Resultaria uma espécie <strong>no</strong>va, sem espírito-grupo, mas<br />
seria uma a<strong>no</strong>malia na Natureza, aliás, impossível enquanto os espíritos-animais não<br />
tiverem evoluído ao ponto <strong>de</strong> bastarem-se a si mesmos. Se tal espécie pu<strong>de</strong>sse produzir-se,<br />
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