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Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro

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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />

como se a Bíblia tivesse sido escrita originalmente em inglês e a versão do Rei Jaime fosse<br />

uma cópia fi<strong>de</strong>digna do manuscrito original. Assim, os erros subsistem apesar dos esforços<br />

que se têm feito para eliminá-los.<br />

Os que originalmente escreveram a Bíblia, <strong>de</strong>ve-se também <strong>no</strong>tar, não preten<strong>de</strong>ram<br />

dar a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira a po<strong>de</strong>r tê-la quem quisesse. Nada estava mais distante <strong>de</strong> sua<br />

mente do que a idéia <strong>de</strong> escrever “um livro aberto <strong>de</strong> Deus”. Os gran<strong>de</strong>s ocultistas que<br />

escreveram o Zohar são muito categóricos nesse ponto. Os segredos do Thorah não po<strong>de</strong>m<br />

ser compreendidos por todos, como provará a citação seguinte:<br />

“Ai do homem que vê <strong>no</strong> Thorah (a lei) só um simples recitativo <strong>de</strong> palavras<br />

comuns! Porque, em verda<strong>de</strong>, se fosse só isso, po<strong>de</strong>ríamos escrever ainda hoje um Thorah<br />

muito mais dig<strong>no</strong> <strong>de</strong> admiração. Mas não é assim. Cada palavra do Thorah tem um elevado<br />

significado e um mistério sublime... Os versos do Thorah são como as vestes do Thorah. Ai<br />

daquele que toma essas vestes do Thorah pelo próprio Thorah! Os simples só <strong>no</strong>tam os<br />

ornamentos e os versos do Thorah. Nada mais percebem. Não vêem o que está encerrado<br />

nessas vestiduras. O homem mais esclarecido não presta atenção alguma às vestes, mas<br />

sim ao corpo que encerram”.<br />

As palavras anteriores dão a enten<strong>de</strong>r claramente a significação alegórica. Paulo<br />

também diz inequivocamente que a lenda <strong>de</strong> Abraão e dos dois filhos (<strong>de</strong> Sara e Hagar) são<br />

puramente alegóricos (Gal. 4: 22-26). Muitas passagens estão veladas; outras <strong>de</strong>vem ser<br />

entendida ao pé da letra; e ninguém, que não possua a chave oculta, po<strong>de</strong> <strong>de</strong>cifrar as<br />

profundas verda<strong>de</strong>s encobertas em coisas que amiú<strong>de</strong> aparentam feíssimas vestiduras.<br />

Nas práticas <strong>de</strong> Cristo está também patente o segredo relacionado a essas matérias<br />

profundas e o invariável uso <strong>de</strong> alegorias que permitiam às massas porem-se em contato<br />

com verda<strong>de</strong>s ocultas. Sempre se dirigiu às multidões em parábolas e <strong>de</strong>pois explicava<br />

reservadamente aos discípulos o profundo significado nelas contido. Em várias ocasiões Ele<br />

impôs segredo sobre esses ensi<strong>no</strong>s reservados.<br />

Os métodos <strong>de</strong> Paulo também se harmonizam com isso, ao dar leite, os<br />

ensinamentos mais elementares, às crianças na fé, reservando a carne, os ensinamentos<br />

mais profundos, para os fortes, isto é, para aqueles que se capacitaram para compreendê-los<br />

e recebê-los (I Cor, 3: 1-3).<br />

Originalmente, a Bíblia Judaica foi escrita em hebraico, mas não possuímos nem<br />

uma só linha da escritura original. No a<strong>no</strong> 280 antes <strong>de</strong> Cristo fez-se uma tradução para o<br />

grego, a “Septuaginta”. Ainda em tempos <strong>de</strong> Cristo, havia já uma confusão tremenda e<br />

diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> opiniões relativas ao que se <strong>de</strong>via admitir como original e ao que tinha sido<br />

interpolado.<br />

Só <strong>de</strong>pois da volta do seterro <strong>de</strong> Babilônia, começaram os escribas a compendiar as<br />

diferentes escrituras. Pelo a<strong>no</strong> 500 D.C. apareceu o Talmud, com o primeiro texto<br />

semelhante ao atual. Em vista dos fatos mencionados, não po<strong>de</strong> ser perfeito.<br />

O Talmud esteve em mãos da escola Massorética que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o a<strong>no</strong> 590 até 800<br />

D.C., permaneceu principalmente em Tibería<strong>de</strong>. Depois <strong>de</strong> e<strong>no</strong>rme e pacientíssimo<br />

trabalho, escreveu-se um Antigo Testamento Hebreu, o mais próximo ao original que temos<br />

atualmente.<br />

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