Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro
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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />
<strong>no</strong>sso. A Sabedoria foi-lhes concedida como uma dádiva, sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> laborioso<br />
pensamento através <strong>de</strong> um cérebro físico.<br />
O homem, ao cair na geração, teve que trabalhar para obter o conhecimento. Por<br />
meio <strong>de</strong> uma parte da força sexual dirigida para <strong>de</strong>ntro, o espírito construiu o cérebro, para<br />
ganhar o conhecimento do Mundo Físico. Essa mesma força continua a ser empregada para<br />
alimentar e construir o cérebro atual. A força é subvertida <strong>de</strong> seu próprio curso,<br />
consi<strong>de</strong>rando que <strong>de</strong>veria ser empregada para procriação. O homem a retém com propósitos<br />
egoístas. Os Anjos não experimentaram divisão alguma dos seus po<strong>de</strong>res anímicos e<br />
po<strong>de</strong>m, portanto, exteriorizar sua dual força anímica sem reservar nada agoisticamente.<br />
A força exterioriza com o propósito <strong>de</strong> criar outro ser é Amor. Os Anjos<br />
exteriorizam todo o seu amor, sem egoísmo nem <strong>de</strong>sejo e, em troca, a Sabedoria Cósmica<br />
flui neles.<br />
O homem exterioriza unicamente parte do seu amor; guarda o restante<br />
agoisticamente e emprega-o para construir seu órgãos inter<strong>no</strong>s <strong>de</strong> expressão, para melhorar<br />
a si mesmo; <strong>de</strong> sorte que o seu amor é egoísta e sensual. Com uma parte do po<strong>de</strong>r anímico<br />
criador ama egoisticamente a outro ser porque <strong>de</strong>seja a cooperação na propagação, e com a<br />
outra parte pensa (também por razões egoístas), porque <strong>de</strong>seja conhecimento.<br />
Os Anjos amam sem <strong>de</strong>sejo, mas o homem teve <strong>de</strong> passar pelo egoísmo. Deve<br />
<strong>de</strong>sejar e trabalhar para adquirir sabedoria egoisticamente, a fim <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r alcançá-la<br />
<strong>de</strong>sinteressadamente em estágio mais elevado.<br />
Os Anjos ajudaram-<strong>no</strong> a propagar-se ainda <strong>de</strong>pois da subversão <strong>de</strong> parte da força<br />
anímica. Ajudaram-<strong>no</strong> também a construir o cérebro físico, mas não tinham conhecimento<br />
algum que pu<strong>de</strong>sse ser transmitido por seu intermédio. Não sabendo como usar tal<br />
instrumento, não podiam falar diretamente a um ser com cérebro. Tudo o que eles podiam<br />
fazer era controlar a expressão física do amor do homem e guiá-lo, através das emoções, <strong>de</strong><br />
um modo amoroso e i<strong>no</strong>cente, para o salvarem da dor e do sofrimento <strong>de</strong>correntes do<br />
exercício incorreto das funções sexuais.<br />
Mas, se este regime tivesse permanecido, o homem continuaria sendo um autômato<br />
guiado por Deus, e nunca se teria convertido numa personalida<strong>de</strong>, num indivíduo.<br />
A conversão em indivíduo <strong>de</strong>ve-se a uma maléfica classe <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s angélicas,<br />
chamada Espíritos Lucíferos.<br />
OS ESPÍRITOS LUCÍFEROS<br />
Estes espíritos eram uma classe <strong>de</strong> atrasados da onda <strong>de</strong> vida dos Anjos. No Período<br />
Lunar estavam muito além da gran<strong>de</strong> massa que atualmente constitui a mais elevada<br />
humanida<strong>de</strong>. Não progrediram tanto como os Anjos, a humanida<strong>de</strong> adiantada do Período<br />
Lunar. Estando mais adiantados do que a humanida<strong>de</strong> atual, era-lhes impossível tomar um<br />
corpo <strong>de</strong>nso como nós fizemos, mas, por outro lado, não po<strong>de</strong>riam obter conhecimento sem<br />
um órgão inter<strong>no</strong>, um cérebro físico. Estavam, portanto numa situação estranha, por assim<br />
dizer a meio caminho entre o homem, que tem cérebro, e os Anjos que não necessitam <strong>de</strong>le.<br />
Em uma palavra, eram semi<strong>de</strong>uses mas encontravam-se numa condição muito séria. O<br />
único caminho que pu<strong>de</strong>ram encontrar para se expressarem e adquirir conhecimento foi o<br />
cérebro físico do homem. Através <strong>de</strong>le podiam fazer-se compreen<strong>de</strong>r por ser um ser físico,<br />
dotado <strong>de</strong> cérebro, o que os Anjos não podiam fazer.<br />
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