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Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro

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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />

olhos, tinham percepção da luz, e a luz começou a construir os olhos, como resposta àquela<br />

exigência.<br />

A linguagem era <strong>de</strong> sons análogos aos da Natureza. O murmúrio do vento <strong>no</strong>s<br />

bosques imensos, que cresciam luxuriantes naquele clima supertropical, o ulular da<br />

tempesta<strong>de</strong>, o ruído das cataratas, o rugido dos vulcões, todos esses sons eram para o<br />

homem <strong>de</strong> então, como vozes dos Deuses, <strong>de</strong> quem sabia ter <strong>de</strong>scendido.<br />

Do nascimento do seu corpo nada sabia. Não podia vê-lo, nem ver outras coisas,<br />

mas percebia os seus semelhantes. Era uma percepção interna, um tanto semelhante a<br />

quando em sonhos percebemos pessoas ou coisas, todavia, com uma diferença<br />

importantíssima: estas percepções internas eram claras e racionais.<br />

Nada conhecia, portanto, sobre o corpo e nem sequer sabia que tinha um corpo, do<br />

mesmo modo que não sentimos que temos estômago quando em boa saú<strong>de</strong>. Só <strong>no</strong>s<br />

lembramos da sua existência quando os abusos provocam dores. Em condições <strong>no</strong>rmais,<br />

não <strong>no</strong>s lembramos do estômago e somos completamente inconscientes dos seus processos.<br />

O mesmo se dava com os lemuria<strong>no</strong>s: os corpo prestavam-lhes excelentes serviços, embora<br />

inconscientes da sua existência. Foi a dor o meio <strong>de</strong> fazer-lhes sentir o corpo e o mundo<br />

exter<strong>no</strong>.<br />

Tudo quanto se relacionava com a propagação da raça e com o nascimento era<br />

executado sob a direção dos Anjos, por sua vez guiados por Jeová, o Regente da Lua. A<br />

função procriadora era exercitada em <strong>de</strong>terminadas épocas do a<strong>no</strong>, quando as linhas <strong>de</strong><br />

força <strong>de</strong> planetas para planeta formavam ângulo apropriado. Como a força criadora não<br />

encontrava obstáculo algum, o parto realizava-se sem dor. O homem era inconsciente do<br />

nascimento, porque sua inconsciência do Mundo Físico era análoga à <strong>no</strong>ssa, agora, durante<br />

o so<strong>no</strong>. Só mediante o íntimo contato das relações sexuais o espírito sentiu a carne, e o<br />

homem “conheceu” sua esposa. A isto se referem várias passagens da Bíblia, por exemplo:<br />

“Adão conheceu Eva e ela concebeu Seth”; “Elkanah conheceu Hanah e ela concebeu<br />

Samuel”; e a pergunta <strong>de</strong> Maria: “Como po<strong>de</strong>ria conceber se não conheço homem algum”?<br />

Está aqui, também, a chave para o significado da “Árvore do Conhecimento”, o fruto, que<br />

abriu os olhos <strong>de</strong> Adão e Eva, a fim <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem conhecer o Bem e o Mal. Anteriormente,<br />

conheciam somente o bem, mas, quando começaram a exercer a função criadora<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente, sem o conhecimento das influências estelares, como tem sido<br />

característica dos seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, conheceram o sofrimento e o mal. A suposta maldição<br />

<strong>de</strong> Jeová não foi maldição, <strong>de</strong> maneira alguma. Foi uma clara indicação do efeito que<br />

inevitavelmente produziria a força criadora quando empregada na geração <strong>de</strong> um <strong>no</strong>vo ser,<br />

sem tomar em conta as <strong>de</strong>terminantes estelares.<br />

O emprego ig<strong>no</strong>rante da força geradora origina a dor, a enfermida<strong>de</strong> e a tristeza.<br />

O lemuria<strong>no</strong> não conhecia a morte porque, <strong>no</strong> transcurso <strong>de</strong> largas ida<strong>de</strong>s, quando<br />

se inutilizava o corpo, entrava <strong>no</strong>utro, completamente inconsciente da mudança. Como a<br />

consciência não estava enfocada <strong>no</strong> mundo físico, abandonar seu corpo para tomar outro<br />

corpo era para ele como a queda <strong>de</strong> uma folha seca <strong>de</strong> árvore, logo substituída por <strong>no</strong>vo<br />

broto.<br />

A linguagem era algo santo, não, como a <strong>no</strong>ssa, uma linguagem morta, um simples<br />

arranjo <strong>de</strong> sons. Cada som emitido pelos lemuria<strong>no</strong>s tinha po<strong>de</strong>r sobre os semelhantes,<br />

sobre os animais e sobre a Natureza circundante. O po<strong>de</strong>r da linguagem foi empregado com<br />

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