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Max Heindel - Fraternidade Rosacruz no Rio de Janeiro

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<strong>Max</strong> <strong>Hein<strong>de</strong>l</strong> – Conceito <strong>Rosacruz</strong> do Cosmos<br />

quando multiplicado por um milhão, sempre resulta em nada. Isto é tão certo em<br />

matemática como em qualquer outro assunto.<br />

Como já afirmamos, acatamos prontamente argumentos <strong>de</strong>sta natureza quando se<br />

referem a assuntos materiais, mas quando se discutem coisas acima do mundo dos sentidos,<br />

coisas sobre os mundos suprafísicos, ou quando se tem <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar as relações entre<br />

Deus e o homem, e explicar os mistérios mais íntimos da divina centelha imortal<br />

impropriamente chamada alma, todos esperam que suas opiniões sejam ouvidas, que se dê<br />

toda consi<strong>de</strong>ração às suas idéias sobre coisas espirituais. E que lhas conceda tanto valor<br />

como às emitidas pelo sábio o qual, mediante uma vida paciente e laboriosa investigação,<br />

adquiriu sabedoria <strong>de</strong> tão elevadas coisas.<br />

Ainda mais, muitos não se contentarão em pedir igual mérito às próprias opiniões,<br />

mas tentarão até escarnecer e ridicularizar as palavras do sábio, buscando impugnar o seu<br />

testemunho como fraudulento e, com a suprema confiança da mais profunda ig<strong>no</strong>rância,<br />

afirmarão que como eles nada sabem sobre tal assunto é também absolutamente impossível<br />

que qualquer outra pessoa o saiba.<br />

O homem que se conscientiza <strong>de</strong> sua ig<strong>no</strong>rância <strong>de</strong>u o primeiro passo na direção do<br />

conhecimento.<br />

O caminho para o conhecimento direto não é fácil. Nada realmente valioso se obtém<br />

sem esforço persistente. Nunca será <strong>de</strong>masiado repetir que não existem coisas tais como<br />

“dons” e “sorte”. Tudo o que somos ou possuímos é resultado <strong>de</strong> esforço. O que falta a um,<br />

em comparação com outro, está latente em si mesmo e po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senvolvido quando se<br />

empregam os meios apropriados.<br />

Se o leitor, que compreen<strong>de</strong>u bem esta idéia perguntar o que <strong>de</strong>ve fazer para obter o<br />

conhecimento direto, terá na seguinte história a idéia fundamental do ocultismo:<br />

Certo dia um jovem foi visitar um sábio, a quem perguntou: “Senhor, o que <strong>de</strong>vo<br />

fazer para tornar-me um sábio?” O sábio não se dig<strong>no</strong>u respon<strong>de</strong>r. Depois <strong>de</strong> repetir a<br />

pergunta certo número <strong>de</strong> vezes sem melhor resultado, o jovem foi embora, mas voltou <strong>no</strong><br />

dia seguinte com a mesma pergunta. Não obtendo resposta ainda, voltou pela terceira vez e<br />

<strong>no</strong>vamente fez a pergunta: “Senhor, o que <strong>de</strong>vo fazer para tornar-me um sábio?”<br />

Finalmente o sábio <strong>de</strong>u-lhe ouvidos, e então <strong>de</strong>sceu a um rio próximo. Entrou na<br />

água convidando o jovem e levando-o pela mão. Quando alcançaram certa profundida<strong>de</strong> o<br />

sábio, pondo todo seu peso sobre os ombros do rapaz, submergiu na água, apesar dos<br />

esforços que este fazia para livrar-se. Por fim o sábio largou-o, e quando o jovem recuperou<br />

alento perguntou-lhe:<br />

“Meu filho, quando estavas <strong>de</strong>baixo d'água o que mais <strong>de</strong>sejavas?”<br />

O jovem respon<strong>de</strong>u sem hesitar: “Ar, ar! eu queria ar!”<br />

“Não terias antes preferido riquezas, prazeres, po<strong>de</strong>r ou amor, meu filho? Não<br />

pensaste em nenhuma <strong>de</strong>ssas coisas?” indagou o sábio.<br />

“Não, senhor! Eu <strong>de</strong>sejava ar, só pensava <strong>no</strong> ar que me faltava”, foi a resposta<br />

imediata.<br />

“Então”, disse o sábio, “para te tornares sábio <strong>de</strong>ves <strong>de</strong>sejar a sabedoria com a<br />

mesma intensida<strong>de</strong> com que <strong>de</strong>sejavas o ar. Deves lutar por ela e excluir <strong>de</strong> tua vida<br />

qualquer outro objetivo. Essa e só essa <strong>de</strong>ve ser, dia e <strong>no</strong>ite, tua única aspiração. Se<br />

buscares a sabedoria com esse fervor, meu filho, certamente tornar-te-ás sábio.”<br />

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