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a grande crise econômica do século xxi ea defasage - Faap

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Em 1988, o ComitÍ publicou um <strong>do</strong>cumento introduzin<strong>do</strong> o ìsistema de adequaÁ„o de<br />

capitalî que tratava <strong>do</strong> risco relativo de diversos ativos manti<strong>do</strong>s por bancos e estabelecia<br />

mÈto<strong>do</strong>s para determin·-lo. Nom<strong>ea</strong><strong>do</strong> de Acor<strong>do</strong> de Capital de BasilÈia ñ mas mais conheci<strong>do</strong><br />

como BasilÈia I ñ, este sistema determinou o montante de capital que os bancos deveriam<br />

dispor em relaÁ„o ao risco <strong>do</strong>s ativos manti<strong>do</strong>s por eles. Este Acor<strong>do</strong> recomendava que os<br />

riscos fossem diferencia<strong>do</strong>s entre as diferentes classes de ativos, e assim entender melhor o<br />

risco de possuir determina<strong>do</strong> ativo (MIHM e ROUBINI, 2010).<br />

O BasilÈia I tambÈm determinava, segun<strong>do</strong> Mihm e Roubini (2010), que os bancos<br />

que operassem internacionalmente reservassem capital mÌnimo de 8% sobre o valor de seus<br />

ativos j· pondera<strong>do</strong>s pelo risco. Apesar das recomendaÁıes n„o serem de cumprimento<br />

obrigatÛrio, a maioria <strong>do</strong>s paÌses a<strong>do</strong>taram a norma de regulaÁ„o.<br />

ìComo medida adicional, as normas especificaram a forma que este capital ou<br />

participaÁ„o poderia ter: aÁıes ordin·rias, aÁıes preferenciais e outros capitais de alta<br />

qualidade (que se chamou capital de 1 o nÌvel [Tier 1] e ent„o to<strong>do</strong> o restante (capital de 2 o<br />

nÌvel [Tier 2[)î (MIHM e ROUBINI, 2010: 224).<br />

Houve larga aceitaÁ„o das determinaÁıes impostas pelo BasilÈia I entre os paÌses <strong>do</strong><br />

G-10 ñ Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, Canad·, Reino Uni<strong>do</strong>, BÈlgica, FranÁa, Alemanha, It·lia, Jap„o,<br />

Holanda, SuÈcia e SuÌÁa ñ e em algumas economias emergentes, que a<strong>do</strong>taram as normas a<br />

partir de 1992. Com o tempo, esses padrıes acabaram prejudican<strong>do</strong> os merca<strong>do</strong>s emergentes<br />

ñ os padrıes que faziam senti<strong>do</strong> para as maiores economias <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> n„o faziam tanto<br />

senti<strong>do</strong> para os emergentes, ainda mais em tempos de <strong>crise</strong>. AlÈm desse obst·culo para o<br />

sucesso <strong>do</strong> BasilÈia I, os bancos passaram a buscar meios para encobrir os riscos que o acor<strong>do</strong><br />

n„o previa, como por exemplo, a securitizaÁ„o de ativos (Idem Ibidem, 2010).<br />

A percepÁ„o de lacunas deixadas pelo BasilÈia I motivou a formulaÁ„o <strong>do</strong> BasilÈia II:<br />

Como um relatÛrio <strong>do</strong> ComitÍ divulga<strong>do</strong> em 1997 assinalou: ìA fraqueza de<br />

um sistema banc·rio de um paÌs, seja em desenvolvimento, seja desenvolvi<strong>do</strong>, pode<br />

am<strong>ea</strong>Áar a estabilidade tanto no interior <strong>do</strong> paÌs como internacionalmente.î. Esse<br />

espÌrito norteou uma revis„o subseq¸ente <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> de Capital de BasilÈia, em 2006,<br />

conhecida como BasilÈia II. (MIHM&ROUBINI, 2010: 92)<br />

O novo acor<strong>do</strong> era mais extenso e complexo, estabelecia precisas normas tÈcnicas<br />

sobre maneiras adequadas de medir o risco relativo <strong>do</strong>s ativos e sugeria mÈto<strong>do</strong>s para r<strong>ea</strong>lizar<br />

os c·lculos, ampliava a definiÁ„o de risco, procurava abranger as omissıes de risco r<strong>ea</strong>lizadas<br />

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