a grande crise econômica do século xxi ea defasage - Faap
a grande crise econômica do século xxi ea defasage - Faap
a grande crise econômica do século xxi ea defasage - Faap
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
depÛsitos <strong>do</strong>s bancos, ou seja, garantir que os depositantes receberiam o capital aplica<strong>do</strong> nos<br />
bancos de volta no momento em que precisassem, o que em muitos casos como o da Isl‚ndia<br />
fez com que o preÁo da moeda desabasse. Na Alemanha, Dinamarca, Portugal e Espanha esta<br />
medida j· havia si<strong>do</strong> tomada antes <strong>do</strong> dia 6 de outubro. Em 07 de outubro de 2008, a Uni„o<br />
EuropÈia definiu regras de socorro, e a partir deste dia os paÌses comeÁaram a aplicar medidas<br />
de salvamento para suas economias.<br />
As perdas das economias, em decorrÍncia <strong>do</strong>s acontecimentos da <strong>crise</strong> no sistema<br />
financeiro, tomaram proporÁıes catastrÛficas e os efeitos foram senti<strong>do</strong>s ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />
A queda da liquidez <strong>do</strong>s sistemas financeiros norte-americano e europeu foi estron<strong>do</strong>sa: os<br />
bancos centrais tiveram que socorrer as instituiÁıes financeiras. Visan<strong>do</strong> aumentar a liquidez,<br />
a taxa de juros <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s teve uma reduÁ„o abrupta e o dÛlar americano sofreu uma<br />
<strong>grande</strong> desvalorizaÁ„o frente ao Euro. Os bancos norte-americanos e europeus, atÈ mesmo<br />
bancos <strong>grande</strong>s e sÛli<strong>do</strong>s como Merril Lynch, Citigroup e UBS viram os preÁos de suas aÁıes<br />
reduzi<strong>do</strong>s (PAULSON, 2010; WESSEL, 2010).<br />
Esta <strong>crise</strong> proporcionou, aos formula<strong>do</strong>res de polÌticas financeiras internacionais e aos<br />
estudiosos <strong>do</strong> assunto, sÈrias d˙vidas sobre a Arquitetura Financeira Internacional. A <strong>crise</strong><br />
financeira, que se tornou uma <strong>crise</strong> sistÍmica apÛs a quebra <strong>do</strong> banco Lehman Brothers,<br />
salientou as limitaÁıes da arquitetura internacional <strong>do</strong> sistema financeiro, principalmente com<br />
relaÁ„o aos sistemas de regulaÁ„o e supervis„o banc·ria e financeira, e a existÍncia de um<br />
perfil de instituiÁıes financeiras que assumiam <strong>grande</strong>s riscos (CINTRA et al., 2008).<br />
Cintra et al. (2008) defendem que uma <strong>crise</strong> que originou-se no sistema de crÈdito<br />
teria si<strong>do</strong> apenas uma <strong>crise</strong> de crÈdito cl·ssica se instituiÁıes financeiras e banc·ria n„o<br />
tivessem se envolvi<strong>do</strong> t„o a fun<strong>do</strong> na quest„o das hipotecas imobili·rias. O sistema de<br />
securitizaÁ„o supracita<strong>do</strong> gerou uma sÈrie de produtos lastr<strong>ea</strong><strong>do</strong>s em crÈdito imobili·rio que<br />
replicaram e potencializaram os prejuÌzos, distribuin<strong>do</strong>-os globalmente.<br />
A <strong>crise</strong> financeira internacional, originada em m<strong>ea</strong><strong>do</strong>s de 2007 no merca<strong>do</strong><br />
norte americano de hipotecas de alto risco (subprime), adquiriu proporÁıes tais que<br />
acabou por se transformar, apÛs a falÍncia <strong>do</strong> banco de investimentos Lehman<br />
Brothers, numa <strong>crise</strong> sistÍmica. O desenrolar da <strong>crise</strong> colocou em xeque a arquitetura<br />
financeira internacional. (Idem Ibidem: 23).<br />
Os <strong>do</strong>is <strong>grande</strong>s problemas da antiga arquitetura internacional <strong>do</strong> sistema financeiro<br />
eram a supervis„o e regulaÁ„o das instituiÁıes, e a forte interaÁ„o <strong>do</strong>s bancos universais com<br />
13