28.08.2013 Views

a grande crise econômica do século xxi ea defasage - Faap

a grande crise econômica do século xxi ea defasage - Faap

a grande crise econômica do século xxi ea defasage - Faap

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

interbanc·rios cresciam, ilustran<strong>do</strong> uma sÈria <strong>crise</strong> de liquidez. O merca<strong>do</strong>, para Paulson<br />

(2010), precisava de mais liquidez. Para conter o problema da venda de ativos <strong>do</strong>s <strong>grande</strong>s<br />

bancos a preÁos de liquidaÁ„o, ent„o surgiram propostas de planos para que o governo<br />

auxiliasse nessa tarefa.<br />

reduzir a taxa pela qual o Fed emprestava diretamente aos bancos em meio<br />

ponto percentual e deixar que os bancos fizessem emprÈstimos de 30 dias em vez de<br />

um dia para o outro... A idÈia era lubrificar a economia [dar liquidez], e n„o injetar<br />

mais combustÌvel [crÈdito]. (WESSEL, 2009: 118).<br />

A <strong>crise</strong> de confianÁa tomou conta <strong>do</strong> cen·rio financeiro internacional e era pautada,<br />

segun<strong>do</strong> Luiz Carlos Bresser-Pereira (2009), na procura <strong>do</strong>s investi<strong>do</strong>res por liquidez e<br />

liquidaÁ„o de seus crÈditos, que estavam aplica<strong>do</strong>s em uma cadeia de hipotecas imobili·rias<br />

bas<strong>ea</strong>da em deve<strong>do</strong>res insolventes. A descrenÁa no pagamento destes deve<strong>do</strong>res levou a esta<br />

corrida por liquidez, que, em conseq¸Íncia, levou diversas empresas financeiras a falirem,<br />

mesmo aquelas que eram solventes. A <strong>crise</strong> de confianÁa foi agravada pela descrenÁa na<br />

economia norte-americana como um to<strong>do</strong>, que estava enfraquecida pela falta de regulaÁ„o das<br />

instituiÁıes financeiras e polÌticas irrespons·veis.<br />

… unanimidade entre os autores que tratam da <strong>crise</strong> financeira de 2008, que a falta de<br />

regulamentaÁ„o adequada contribuiu para a geraÁ„o e agravamento da <strong>crise</strong>. Henrique<br />

Meirelles (in PAULSON, 2010) retrata a expans„o de crÈdito e a falta de regulamentaÁ„o<br />

como problemas centrais da <strong>crise</strong>. David Wessel (2010) defende que as restriÁıes <strong>do</strong> sistema<br />

n„o foram suficientes para conter os ìexcessos e gan‚nciaî das empresas financeiras ou<br />

mudar a otimista cegueira <strong>do</strong>s investi<strong>do</strong>res. Mihm e Roubini (2010) defendem que os<br />

envolvi<strong>do</strong>s na <strong>crise</strong> n„o deram atenÁ„o aos alertas que soavam, pois acreditavam que os<br />

merca<strong>do</strong>s se autorregulavam e portanto eram confi·veis, sÛli<strong>do</strong>s e est·veis. Paulson (2010)<br />

divide a mesma opini„o <strong>do</strong>s outros autores, e versa sobre a contribuiÁ„o da regulaÁ„o<br />

defasada como elemento crucial para a quebra <strong>do</strong> sistema financeiro, lembran<strong>do</strong> ainda que,-<br />

as agÍncias regula<strong>do</strong>ras e as normas de regulaÁ„o n„o acompanharam as mudanÁas <strong>do</strong>s<br />

merca<strong>do</strong>s. As regras de retenÁ„o de capital poderiam ter si<strong>do</strong> freios na lucratividade <strong>do</strong>s<br />

bancos, assim as <strong>grande</strong>s instituiÁıes banc·rias passaram a controlar empresas externas aos<br />

bancos principais.<br />

10

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!