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VOLUME 11 Número 2 - Faap

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lização da nova lei foi atribuir responsabilidades e punições aos dirigentes de companhias<br />

de capital aberto.<br />

A evolução dos mercados de capitais, por sua vez, deu origem aos conflitos de<br />

agência, conflito que resulta da separação da propriedade e gestão, passando a<br />

gestão das companhias dos acionistas para gestores profissionais. O problema começa<br />

quando acionistas e gestores objetivavam buscar resultados máximos, mas<br />

fundamentados em propósitos diferentes. Andrade e Rossetti (2004, p. 100) dizem<br />

que dois tipos de decisões podem ser tomadas: as que maximizam a riqueza dos<br />

acionistas ou as que maximizam a riqueza dos gestores.<br />

Logo, existem dois tipos de conflitos: o gestor oportunista e o acionista oportunista.<br />

Segundo Andrade e Rossetti (2004, p. 31), o Gestor Oportunista se refere<br />

ao grande problema de agência visto como o conflito entre administradores e<br />

acionistas. A boa governança empresarial significaria a adoção de mecanismos<br />

que forcem os administradores a proteger os interesses dos acionistas. O conflito<br />

do Acionista Oportunista existe quando a propriedade é concentrada nas mãos<br />

de poucos acionistas majoritários. Segundo Andrade e Rossetti (2004, p. 31), os<br />

acionistas minoritários começam a ver seus direitos e retornos serem engolidos<br />

pelos majoritários. Este conflito ocorre mais em países onde a propriedade do<br />

mundo corporativo é concentrada e o mercado de capitais é imaturo, como por<br />

exemplo, no Brasil.<br />

1.2 Governança Corporativa no Brasil<br />

Segundo Ventura (2006, p. 237) o primeiro marco importante no sistema brasileiro,<br />

referente à Governança Corporativa (GC) foi no ano de 1976, quando se introduziu<br />

a primeira Lei das S.A. pela CVM, cujo objetivo foi regulamentar a estrutura<br />

básica que as empresas deveriam seguir.<br />

O início dos anos 1990 foi marcado por muita instabilidade, crescente globalização,<br />

abertura de mercados, fusões e aquisições, que fizeram com que as empresas<br />

brasileiras começassem a repensar o seu modo de estrutura de propriedade e controle,<br />

mudando assim a configuração do mercado e os padrões da GC.<br />

Em 1995 foi criado o Instituto Brasileiro de Conselhos de Administração (IBCA),<br />

cujo principal objetivo era discutir as melhores práticas para os Conselhos de Administração.<br />

Em 1999 o IBCA mudou seu nome para IBGC (Instituto Brasileiro de<br />

Governança Corporativa), com o objetivo principal de contribuir para melhores<br />

práticas de GC no Brasil.<br />

Em 1997, a Lei das S.A. (BRASIL, 1976) sofreu uma reforma, passando a ter como<br />

principal objetivo o de favorecer a transparência e proteção de acionistas minoritários<br />

no mercado.<br />

Governança corporativa nas empresas: estudo de caso do Magazine Luiza, Marcela L. Bonisen e Tharcisio B. de Souza Santos, p. 69-84<br />

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