VOLUME 11 Número 2 - Faap

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Atualmente, bancos como Santander já possui a área de Risco Socioambiental ligada à área de Compliance para captação de clientes e manutenção de relacionamentos, até mesmo para concessão de créditos e empréstimos realizando diligências necessárias, incluindo visitas aos clientes, evitando que sejam envolvidas em projetos que apresentem grande potencial de envolvimento com problemas de degradação a natureza e a sociedade. Há também Comitês institucionais chamados de “Comitês Verdes” que realizam debates de projetos, concessões de créditos e empréstimos de grandes portes entre os diretores executivos para tomar a melhor decisão e também para aprovar novos produtos/serviços que possam ser oferecidas ao setor de agronegócios entre outros. São realizadas campanhas educativas e treinamentos dentro e fora das instituições com o intuito de aconselhar clientes e funcionários nas melhores práticas para que não incentivem ou tenham qualquer ação ou atitude, mesmo que sem intenção, que degradem ao meio ambiente ou a sociedade e, portanto não prejudiquem a imagem de boa conduta da instituição. É importante que as instituições tenham a preocupação com o fator sustentabilidade, pois é de interesse de todas continuarem tendo clientes durante anos e caso não haja este envolvimento mais tarde não haverá pessoas que tenham capital para investir, não haverá a intenção de poupança sem perspectiva de um futuro, não haverá terras férteis que se possam ser cultivadas e, portanto o mercado de commodities se tornará menos interessante, entre outros fatores que movimentam a economia. As instituições que adotaram estas práticas, também desenvolveram produtos para o incentivo de adesão das empresas ao Protocolo Verde e aos Princípios do Equador oferecendo menores taxas nas concessões de créditos e empréstimos, algumas até solicitando que as empresas tenham as certificações ambientais corretas como selos de qualidade. Estão disponíveis para o público e funcionários um canal de denúncias de empresas que tenham uma prática suspeita infringindo as leis e normas vigentes de prevenção à degradação do meio ambiente e da sociedade. Portanto se faz e fará cada vez mais necessária que as áreas de Compliance e de Risco Socioambiental trabalhem juntas na prevenção de fatores que provoquem a degradação do meio ambiente e da sociedade, e também, auxiliem na melhoria de processos e procedimentos já existentes. 66 Referências ABBI – Associação Brasileira dos Bancos Internacionais; Comitê de Compliance – Ata da Reunião, nov.2011. Estratégica, vol.11(02), dezembro.2011

ABBI – Associação Brasileira dos Bancos Internacionais; FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos Cartilha Função de Compliance, ago. 2003 e atualização jul.2009. Disponível em: . Acesso em: 22 maio 2012. ABBI – Associação Brasileira dos Bancos Internacionais; PWC – Price Water Coopers Cartilha Fórum ABBC Como a atuação integrada do Compliance e da Auditoria Interna pode se tornar estratégica na Governança Corporativa, maio 2011. AGENDA 21. Disponível em: . Acesso em: 22 mai. 2012. _______________. Disponível em: . Acesso em: 22 maio 2012. BANCO DO BRASIL, PROTOCOLO VERDE 2003. Disponível em: . Acesso em: 22 maio 2012. BRUNDTLAND, Gro Harlem. Nosso futuro comum: comissão mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991. CANDELORO, Ana P.P.; RIZZO, Maria B.M.; PINHO, Vinícius. Compliance 360° São Paulo: Trevisan, 2012. COIMBRA, Marcelo de Aguiar; MANZI, Vanessa A. Manual de Compliance São Paulo: Atlas, 2010. Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, RIO+20 Comitê Nacional de Organização, Rio de Janeiro de 13 a 22 de Junho de 2012. Disponível em: . Acesso em: 22 maio 2012. DEMAJOROVIC, Jaques. Sociedade de risco e responsabilidade socioambiental. São Paulo: Senac São Paulo, 2003. FEBRABAN, PROTOCOLO VERDE 2003. Disponível em: . Acesso em: 22 maio 2012. KONO, F.J.C. Responsabilidade Social Corporativa: motivações e benefícios do comportamento socioambiental responsável no setor bancário. 2006. 82 f. monografia (graduação em Administração) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006, Disponível em: . Acesso em: 01 abr. 2012. MACHADO, P.A.L. Financiamento – meio ambiente e desenvolvimento sustentável, Revista Econômica do Nordeste, v.27, n.2, p. 233-242, abr/jun 1996. PEDRO, Josias. Sociedade do Futuro. Revista Administradores, n. 14, ano 2, abril de 2012. O desenvolvimento sustentável e a gestão de compliance em instituições financeiras, Mauro Maia Laruccia e Karen Junko Yamada, p. 49-68 67

Atualmente, bancos como Santander já possui a área de Risco Socioambiental<br />

ligada à área de Compliance para captação de clientes e manutenção de relacionamentos,<br />

até mesmo para concessão de créditos e empréstimos realizando diligências<br />

necessárias, incluindo visitas aos clientes, evitando que sejam envolvidas em<br />

projetos que apresentem grande potencial de envolvimento com problemas de<br />

degradação a natureza e a sociedade.<br />

Há também Comitês institucionais chamados de “Comitês Verdes” que realizam<br />

debates de projetos, concessões de créditos e empréstimos de grandes portes entre<br />

os diretores executivos para tomar a melhor decisão e também para aprovar novos<br />

produtos/serviços que possam ser oferecidas ao setor de agronegócios entre outros.<br />

São realizadas campanhas educativas e treinamentos dentro e fora das instituições<br />

com o intuito de aconselhar clientes e funcionários nas melhores práticas<br />

para que não incentivem ou tenham qualquer ação ou atitude, mesmo que sem<br />

intenção, que degradem ao meio ambiente ou a sociedade e, portanto não prejudiquem<br />

a imagem de boa conduta da instituição.<br />

É importante que as instituições tenham a preocupação com o fator sustentabilidade,<br />

pois é de interesse de todas continuarem tendo clientes durante anos e caso<br />

não haja este envolvimento mais tarde não haverá pessoas que tenham capital para<br />

investir, não haverá a intenção de poupança sem perspectiva de um futuro, não haverá<br />

terras férteis que se possam ser cultivadas e, portanto o mercado de commodities<br />

se tornará menos interessante, entre outros fatores que movimentam a economia.<br />

As instituições que adotaram estas práticas, também desenvolveram produtos<br />

para o incentivo de adesão das empresas ao Protocolo Verde e aos Princípios do<br />

Equador oferecendo menores taxas nas concessões de créditos e empréstimos, algumas<br />

até solicitando que as empresas tenham as certificações ambientais corretas<br />

como selos de qualidade.<br />

Estão disponíveis para o público e funcionários um canal de denúncias de empresas<br />

que tenham uma prática suspeita infringindo as leis e normas vigentes de<br />

prevenção à degradação do meio ambiente e da sociedade.<br />

Portanto se faz e fará cada vez mais necessária que as áreas de Compliance e de<br />

Risco Socioambiental trabalhem juntas na prevenção de fatores que provoquem a<br />

degradação do meio ambiente e da sociedade, e também, auxiliem na melhoria de<br />

processos e procedimentos já existentes.<br />

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Referências<br />

ABBI – Associação Brasileira dos Bancos Internacionais; Comitê de Compliance – Ata da Reunião,<br />

nov.20<strong>11</strong>.<br />

Estratégica, vol.<strong>11</strong>(02), dezembro.20<strong>11</strong>

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