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VOLUME 11 Número 2 - Faap

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Os bancos são corresponsáveis pelas atividades econômicas que financiam e consequentemente<br />

podem ser responsabilizados por emprestar dinheiro a um cliente poluidor. Para<br />

evitar isso, as instituições financeiras passaram a adotar a variável ambiental como uma vantagem<br />

competitiva na avaliação da concessão de crédito.<br />

A inserção da variável ambiental e o reconhecimento da corresponsabilidade no setor financeiro<br />

surgiram gradualmente com ações pontuais e posteriores, globais. (RABELO, 2008, p. 9).<br />

Depois que decisões judiciais responsabilizaram bancos pela reparação de danos<br />

ambientais causados pelos destinatários de seus créditos, entidades do setor<br />

financeiro dos Estados Unidos e países da Europa incorporam como medidas de<br />

prevenção, na concessão de crédito, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório<br />

de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA).<br />

Considerações Finais<br />

A preocupação com os riscos socioambientais são cada vez mais aparentes principalmente<br />

nas instituições financeiras devido aos serviços prestados como empréstimos<br />

e créditos que financiem a degradação do meio ambiente e da sociedade.<br />

O risco socioambiental não é mensurável e sim preventivo para as instituições<br />

financeiras, pois é difícil quantificar quantos clientes foram atraídos pelo fator da<br />

preocupação com sustentabilidade que a instituição possui e também informar<br />

quantos processos e exposições negativas à mídia foram evitadas.<br />

A atenção com o risco socioambiental também previne que as instituições<br />

financeiras sofram prejuízos por inadimplência de seus clientes devido a multas<br />

elevadas pelos órgãos responsáveis ao atendimento e melhores práticas das leis e<br />

normas de prevenção ao meio ambiente e da sociedade.<br />

Outro risco que a instituição estará se prevenindo será o risco de imagem e<br />

integridade, pois durante muito tempo elas se empenham em tornar suas marcas<br />

sólidas no mercado transformando em confiáveis na visão do público. Porém pode<br />

ser destruída facilmente com notícias negativas na mídia expondo a instituição informando<br />

que a mesma foi corresponsável devido a queimadas nas matas, desmatamento,<br />

poluição de rios e lagos, vazamentos de produtos químicos, incentivando<br />

o trabalho escravo e infantil, com os empréstimos, financiamentos e créditos<br />

concedidos as empresas que efetivamente realizaram o trabalho.<br />

Como uma das responsabilidades da área de Compliance em uma instituição<br />

financeira é de mantê-la sempre em conformidade com as leis e normas vigentes<br />

prezando pela imagem e integridade de seus serviços, envolvendo a ética adotada<br />

pela empresa, a tendência é de que na estrutura da instituição seja criada uma área<br />

de risco socioambiental ou departamento ligado direta ou indiretamente com a<br />

de Compliance, pois na essência as duas áreas possuem as mesmas preocupações.<br />

O desenvolvimento sustentável e a gestão de compliance em instituições financeiras, Mauro Maia Laruccia e Karen Junko Yamada, p. 49-68<br />

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